Sobre a Mentira

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Todos mentem de uma forma ou outra e, assim sendo, a dificuldade da psiquiatria está em descobrir qual é a mentira patológica e qual é a mentira, por assim dizer, fisiológica.

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Em algumas ocasiões parece haver certa vontade social de envolver a psiquiatria na questão da mentira, notadamente quando alguma pessoa mente descaradamente, imotivadamente, compulsivamente e, principalmente, quando sua atitude mentirosa causa frustrações ou aborrecimentos em outros que não “merecem” tais mentiras. “– Doutor, além de tudo, essa pessoa mente descaradamente...”, costumam se queixar os familiares que acompanham essas pessoas mentirosas ao psiquiatra.

De acordo com o dicionário Howaiss, mentira significa “dizer, afirmar ser verdadeiro aquilo que se sabe ser falso; dar informação falsa a alguém a fim de induzir ao erro…” Assim sendo, havendo necessidade de se definir o que é mentir, diríamos que MENTIRA É DIZER SER VERDADE AQUILO QUE É FALSO A FIM DE INDUZIR O OUTRO AO ERRO.

Mas a psiquiatria não se baseia na análise isolada das atitudes. Para a psiquiatria importa a circunstância  na qual acontece a mentira, interessa sim os sentimentos, pensamentos e propósitos que acompanham as atitudes de quem mente. Dessa forma, por si só, a mentira não é suficiente para pensar em diagnósticos.

Pesquisas mostram que todos mentem de uma forma ou outra e, assim sendo, a dificuldade da psiquiatria está em descobrir qual é a mentira patológica e qual é a mentira, por assim dizer, fisiológica. O importante é saber que todos mentem. Existem mentiras em várias áreas da atividade humana; a mentira religiosa, política, econômica, conjugal… A mentira institucional é aquela dos políticos, dos programas de governo, de instituições. São mentiras mais ou menos aguardadas e socialmente tidas e sabidas como mentiras e mesmo assim com peso de verdade.

“– Nosso programa de desenvolvimento ecológico pretende, até o final do ano, controlar totalmente as queimadas…
“– Senhores passageiros, a aeronave deve voltar ao aeroporto de partida por um pequeno problema na ventilação, estamos circulando o aeroporto para esgotar todo combustível antes do pouso” 
“– Toda corrupção será apurada…”.

Pelas curiosidades em torno desse tema, talvez seja importante estudarmos um pouco a mentira em si, como fenômeno de falseamento voluntário da verdade, de oposição intencional à veracidade, como mecanismo de conveniência e convivência social, de estratégia de sucesso, como ferramenta do político, enfim, como habilidades de sobrevivência do ser humano (e parece não ser monopólio do ser humano).

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A Mentira Branca
O termo mentira branca faz referência às mentiras que a maioria das pessoas conta para melhorar o relacionamento social, para evitar conflitos e ofensas.  Trata-se da mentira socialmente aceita, inocente e destinada a manter a harmonia dos relacionamentos. Seria aquela mentira boa e socialmente aceita.

A mentira branca é fisiológica, demagógica e universal. É o elogio generoso do tipo – “ora, você está sempre igual, parece não envelhecer…”. Até certo ponto a mentira fisiológica serve também para a elaboração das mais esfarrapadas desculpas “– não pude comparecer ao enterro porque uma tia minha teve que ser internada…” E o interessante é que o outro, igualmente mentiroso fisiológico, também mente, fingindo acreditar.

Devido à frequência praticamente unânime da mentira branca, há uma tendência em banalizá-la ou, inocentemente, denominar essa mentirazinha cotidiana de mentira positiva, aquela que além de não prejudicar pode até ajudar pessoas: “– …o senhor me parece mais saudável hoje do que ontem”, ou “– conheci seu filho, um jovem magnífico”.

Enfim, a mentira fisiológica, positiva ou branca pode até facilitar a integração social, é tão protocolar que as pessoas com inata dificuldade para essas mentirinhas corriqueiras são tidas como ingênuas, pouco habilidosas socialmente, sem jeito ou sem “jogo de cintura”.

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Porque as Pessoas Mentem é um artigo interessantíssimo. Veja o trecho transcrito aqui:
Há uma área de pesquisa em psicologia que se ocupa da “correspondência entre o fazer e o dizer”, que investiga as variáveis relacionadas ao que se pode chamar de “dizer a verdade” ou “contar mentira”. Estudos (Paniagua, 1989; Lima, 2004) têm investigado situações geradoras da apresentação de relato coerente (verdade) ou relato incoerente (mentira). Os parágrafos a seguir são baseados numa interpretação dos achados desses autores.

Pode-se dizer que há uma dicotomia, que seria falar a verdade, ou seja, descrever de forma coerente fatos acontecimentos, comportamentos ou contar mentira, que seria apresentar uma afirmação pouco adequada ou incompatível com o que, de fato, ocorreu.

Tanto falar a verdade quanto contar uma mentira, são comportamentos verbais aprendidos e mantidos pelas consequências que produzem, em primeiro lugar, para aquele que fala. Assim, se alguém é beneficiado por contar uma mentira, tal comportamento pode ser aprendido.

Se mentir mais vezes trouxer “vantagens”, ou seja, resultar em reforço positivo, ele será mantido em alta freqência. É importante, ainda, considerar que o comportamento de mentir pode afastar ou adiar consequências desagradáveis, como no exemplo do marido infiel que insiste em dizer à sua mulher que não cometeu traição. Assim sendo, mentir também seria aprendido e mantido.

As crianças mentem com frequência para seus pais quando estes costumam repreendê-las pelo que fazem, quando punem deliberadamente seus relatos sobre o que consideram ser errado ou quando limitam muito as possibilidades sobre o que as crianças podem fazer. Então, elas mentiriam para ter a oportunidade de brincar com um coleguinha que não é benquisto pela sua família, mentiriam sobre ter realizado a tarefa de casa para assistir ao seu desenho favorito.

É necessário diferenciar o comportamento de mentir enquanto relato em desacordo com acontecimentos/ fatos do relato impreciso sobre algo pela falta de habilidade em descrever. Na mentira, uma pessoa tem consciência de que (sabe que) sua descrição não é coerente com o que fez.

Por outro lado, algumas vezes não houve mentira, mas sim um engano. Uma secretária pode relatar (incoerentemente) ao chefe que entrou na primeira sala à direita do corredor da empresa e não atendeu à solicitação dele porque a sala estava fechada. Ela apresenta este relato (que não é verdadeiro) por não ter aprendido a diferença entre esquerda e direita. de Fábio Augusto Caló[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

A Mentira
A mentira não deve ser entendida apenas como uma espécie de contrário da verdade. Moralmente a mentira está muito mais relacionada à intenção de enganar do que à deturpação da verdade e, eticamente, a mentira está relacionada ao dolo ou prejuízo que causa a outra pessoa.

A mentira não é apenas invenção deliberada, uma ficção, pois nem toda ficção ou fábula é sinônimo de mentira. Não pode ser mentira a literatura, a arte ou mesmo os estados confusionais, as demências (sintoma da confabulação). Como foi dito, a intencionalidade, assim como o dano ou prejuízo é que define a mentira.

Também não mente quem acredita naquilo que diz, mesmo que o que diz seja falso. Santo Agostinho declara que “Quem enuncia um fato que lhe parece digno de crença ou acerca do qual forma opinião de que é verdadeiro, não mente, mesmo que o fato seja falso”.

Não é correto considerar todas as mentiras da mesma forma e com a mesma culpa. Erra (e está mentindo) quem diz que não interessa o “tamanho” da mentira, interessa saber que é mentira. Existe a mentira convencional, como por exemplo, dizer Bom Dia às pessoas, sem que se esteja desejando que essa pessoa tenha realmente um bom dia.

Existe também a mentira humanitária, a qual consola o moribundo, ou a mentira carinhosa que elogia aquele penteado novo, existe o Papai Noel, para alegria das crianças e muitas outras. Além das mentiras ativas existem as mentiras por omissão, seja ela médica, política ou policial, enfim, todas essas maneiras de dissimular a verdade com propósito de atender as regras sociais ou confortar o próximo fazem parte da atividade humana gregária.
É claro que não tem o mesmo peso social e ético a mentira que se diz para os anfitriões sobre o sabor da comida e aquela dita pelo ladrão “não roubei”. Por isso, a intencionalidade e o propósito definirão a mentira. Mentir é dirigir a outro um enunciado falso, do qual o mentiroso sabe a falsidade, mas o faz com objetivo de enganar, de levar esse outro a crer naquilo que é dito, dando a entender que diz a verdade.

Os casos onde se exclui o aspecto intencional da mentira, pode ser muito difícil avaliar se uma verdade é mais ou menos verdadeira, nascendo daí a expressão “a verdade de cada um”. Isso é bem comentado quando estudamos as maneiras pessoais de representar a realidade e o significado do termo procepção.

Por que mentimos
Algumas pessoas são levadas, por insegurança de aceitação de serem como são, à tentação de enriquecer suas imagens e enaltecer suas habilidades de forma a causar uma impressão mais favorável em outras pessoas. Trata-se de uma espécie de mecanismo de defesa contra um sentimento de inferioridade. Nesses casos, é possível imaginar o grau do sentimento de inferioridade pela constância e tamanho das mentiras.

As mentiras sobre si mesmo conseguem sucesso enquanto não são desmentidas, pois nem sempre se pode aceitar a verdade sem algum tipo de sanção quando o demérito prevalece. Em geral, quando o relato de alguém sobre o que fez ou como agiu diante de uma situação passa a ser criticado, julgado negativamente, é provável que relatos assim não ocorram mais ou que sejam devidamente maquiados por algo diferente do que ocorreu. Isso vale para qualquer relação interpessoal. Um amigo continuará dizendo a verdade sobre o que pensa sobre você se ele for ouvido com isenção de ânimo. Pessoas falam na terapia coisas que nunca confidenciariam a ninguém por causa da atitude eticamente imparcial do terapeuta.

O mesmo ladrão que negou ter roubado diante do juiz, atribui-se mais roubos do que realmente tenha cometido para melhorar sua imagem diante dos companheiros de cadeia. É assim que o jovem se vangloria de proezas sexuais muito além do que tenha feito, superando a insegurança de sentir-se pouco viril, ou que a mãe aumenta um pouco o desempenho escolar de seu filho, tentando compensar o sentimento de inferioridade diante de outras mães satisfeitas com o rendimento dos filhos delas…

Além da mentira atender direta e imediatamente aspirações próprias, ela satisfaz também interesses de forma indireta. É o caso, por exemplo, de nossos falsos julgamentos que diminuem, comprometem e execram pessoas as quais, de uma forma ou outra, ameaçam nosso bem estar emocional, nossos adversários competentes. Mentir é um recurso fácil de recorrer, sem necessidade de se passar por esforços ou penúrias, ainda que haja o permanente risco de ser descoberto.

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O Mentiroso
As pessoas aprendem desde cedo as vantagens da mentira. As crianças mentem com freqüência para seus pais em função da repreensão ou aprovação. Precocemente as crianças aprendem a mentir quando uma das avós pergunta de qual avó ela, a criança, gosta mais. E como o resultado dessas mentiras infantis é bom (não são punidas, ganham aprovação, satisfazem expectativas…), elas continuam com esta prática devido ao reforço positivo.

Tem ainda a questão das crianças serem estimuladas a mentir pelos próprios pais. É comum a mãe, não querendo atender ao telefone, pedir para a criança dizer que ela não está. Ou, mais grave ainda, conseguir um atestado médico para a criança não fazer ginástica, faltar às provas, viajar e abonar as faltas, etc.

Mas o mentiroso também passa por dificuldades e quanto mais cai na tentação de mentir, tanto mais difícil vai ficado controlar a abundante base de dados das versões de suas mentiras, mais difícil vai ficando garantir a coerência das estórias, mais necessidade de novas mentiras para encobrir as antigas…. a farsa cresce em progressão geométrica.

Uma das razões interiores mais comuns para mentir é a insegurança ou baixa auto-estima. Como dissemos, a mentira passa ao outro uma imagem de nós próprios muito melhor do que de fato acreditamos ser.

Mente-se também por razões externas, de acordo com as  pressões para sucesso na vida em sociedade, por razões políticas ou até econômicas, quando o prejudicado for o fisco.

Finalmente há mentiras por razões patológicas, desde aquelas determinadas por uma personalidade problemática, até as outras, produzidas por neuroses francamente histriônicas, como é a Síndrome de Münchhausen e de Ganser.

Mentirosos contumazes, de dinâmica psíquica rica em conflitos e complexos, que representam personagens tal como fazem os atores, e refletem aquilo que gostariam de ser.

Ao  perderem o controle  sobre o impulso de mentir o personagem criado suplanta o ego e a personalidade toda é tomada por um falso e inaltêntico ego.

Mentira como sintoma de Patologias
Síndrome de Münchhausen

O hábito arraigado de mentir fantasticamente pode refletir um Transtorno da Personalidade que alguns autores chamam de “pseudologia fantástica”, que seria caracterizado por uma compulsão a fantasiar uma vida fictícia para causar grande mobilização e perplexidade em outras pessoas (Catalán, 2006), outros autores denominam de Síndrome de Münchhausen.

Nesta síndrome a pessoa não suporta a idéia dela ser comum, normal, trivial, igual aos outros… Não. Ela tem que ser super especial, tem que ter peculiaridades completamente excepcionais e fantásticas. 

Essa inclinação impulsiva para a mentira reflete uma grande vontade em ser admirado, de ser digno de amor e consideração pelos demais, conseqüentemente reflete uma grande insatisfação com a real e medíocre condição existencial.

A Síndrome de Münchhausen é relativamente rara, de difícil diagnóstico, e caracterizada pela fabricação intencional ou simulação de sintomas e sinais físicos ou psicológicos sempre de natureza fantástica em um filho ou em si próprio, levando a procedimentos diagnósticos desnecessários e potencialmente danosos. Há sempre uma fraude intencional nessa síndrome.

Em 1951, Asher idealizou o termo Síndrome de Münchhausen para descrever os pacientes que produziam e apresentavam intencionalmente sintomas físicos para receber tratamento médico e hospitalar freqüente.

Uma das características associadas mais freqüente era a mentira patológica, juntamente com uma vasta história de atendimentos médicos e internações hospitalares.

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Menosprezando a Realidade
Obviamente, nem todas as vezes que a realidade é falseada, distorcida, recriada ou substituída se constituirá uma mentira. Na Demência, por exemplo, a cognição é de tal forma comprometida que a pessoa relata aos outros um mundo profundamente modificado e no qual acredita, sem a intenção de ludibriar.

O mesmo acontece no Delírio, seja do psicótico esquizofrênico, do delirante crônico ou do deprimido grave com sintomas psicóticos.

Aliás, desde crianças aprendemos a abstrair a realidade através dos devaneios, fantasias, fábulas. A própria literatura pode nos conduzir a um mundo apaixonante “de mentirinha”.

Como a concepção da mentira se embasa na intencionalidade, esta pode ser singela e acanhada, como é o caso de uma mentira tosca e pueril da pessoa que namora mas afirma o contrário, com o propósito de facilitar uma conquista amorosa, até uma mentira de proporções inimagináveis, como por exemplo, o falso relatório sobre a existência de um arsenal de armas de destruição em massa no Iraque, como justificativa para uma guerra igualmente de destruição em massa.

Há a mentira institucional. Hannah Arendt, lembrando que “As mentiras sempre foram consideradas instrumentos necessários e legítimos, não somente do ofício do político ou do demagogo, mas também do estadista” (in. Derrida, 1996).

Mas não é intenção deste trabalho discorrer sobre espécies de mentiras dissimuladas em regras de convivência e sucesso social, como por exemplo, garantir que se usando tal creme cosmético haverá pronto desaparecimento de rugas, ou que esse plano de saúde realmente é melhor que os outros… Não seria adequado, aqui, atribuir ao marketing o exercício da má fé.

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Depressão Grave
Alguns casos de depressão grave também podem ser acompanhados de mentiras patológicas. Nessa situação a pessoa se coloca em um verdadeiro emaranhado de estórias, desculpas e relatos que vão cada vez complicando mais a sustentação da mentira.

As mentiras iniciais na depressão têm, normalmente, o propósito de ocultar algum acontecimento que deixaria outra pessoa triste, aborrecida, decepcionada. Daí em diante, há contínua necessidade de novas mentiras para completar a primeira. Percebe-se que, consoante a preocupação do deprimido com o sentimento do outro, ele mente para poupar maiores sofrimentos desse outro, mas o resultado é sempre desastroso. Na depressão as mentiras, ao contrário da sociopatia, são acompanhadas de importante sentimento de culpa e arrependimento.

Transtornos do Controle dos Impulsos
No Jogo Patológico, na Cleptomania, na Bulimia, na Dependência Química e outros Transtornos do Controle dos Impulsos existem muitas mentiras, cujo objetivo é ocultar um comportamento sabidamente reprovado socialmente.

Personalidade Anti-Social
O quadro mais grave onde a mentira aparece como sintoma importante é o Transtorno Anti-Social da Personalidade, ou Personalidade Psicopática.

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Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.

O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, muitas vezes mente sem nenhuma justificativa ou motivo.

Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc. Essa mentira não tem culpa.

A personalidade do psicopata é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, à seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”1_3,2_3″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″][et_pb_column type=”1_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][/et_pb_column][et_pb_column type=”2_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

para referir:
Ballone GJ – Sobre a Mentira – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.net, revisto em 2020.

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