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Doenças podem explicar parte do mito
O mito do Homem-Lobo se registra desde a Idade Média até nossos dias. Na Idade Média eram cometidos muitos crimes sexuais e com notável sadismo. Estes acabavam sempre sendo atribuídos a seres sobrenaturais, devido à superstição e ao medo das pessoas.
Alguns trabalhos curiosos comparam esses delitos sobrenaturais antigos com os crimes sexuais seriais executados por criminosos contemporâneos, identificando as violações e os assassinatos atribuídos aos temidos homens-lobo com as barbaridades e sevícias levados a cabo pelos assassinos de hoje.
Em psiquiatria, a Licantropia aparece como uma enfermidade mental com tendência canibal, onde o doente imagina ter se transformado em lobo e, inclusive, imitando seus grunhidos. Em alguns casos graves esses pacientes se negam a comer outro alimento que não seja carne crua e bem sanguinolenta.
Isoladamente, tanto as tendências eminentemente sociológicas, quanto as psicológicas e orgânicas fracassaram na explicação do quadro. Hoje em dia fala-se no elemento biopsicosocial como a natureza causal das patologias mentais. Volta a tomar força os estudos de endocrinologia, que associam a agressividade do delinquente à testosterona ou os estudos de genética ao tentar identificar no genoma humano um possível “gene da criminalidade” e outras considerações mais orgânicas.
Esses transtornos, normalmente diagnosticados como severas psicoses, apresentam concomitantemente um alto grau de histerismo, cursando com ideias delirantes ou episódios de mudança total da pessoalidade e, como outras psicoses, situações cognitivas onde não é possível separar a realidade do imaginado.
Antigamente, sendo as psicoses de difícil tratamento, proliferavam psicóticos esquizofrênicos e outros doentes mentais, como os sádicos, necrófilos e psicopatas em geral, os quais ocorriam à Licantropia como via de saída para seus delírios ou seus instintos mórbidos.
Estes doentes se inspiravam, como ainda hoje, nos personagens da cultura e do folclore para solidificar a crença em poder transformar-se em lobo, e que, nas noites de lua cheia, seu corpo se cobria de pelo, seus dentes se tornavam pontiagudos e suas unhas cresciam até converter-se em garras. Possuídos por tais delírios, os doentes vagavam pelas ruas assediando suas vítimas, atacando, mordendo e, em algumas ocasiões, esquartejando e comendo partes de seu corpo.
Hoje em dia a medicina conhece outros tipos de doenças que poderiam explicar parte do mito da Licantropia, como por exemplo a Porfiria Congênita. Esta doença se caracteriza por problemas cutâneos, foto-sensibilidade e depósitos de porfirina, um pigmento dos glóbulos vermelhos que escurece os dentes e a urina, dando a impressão que o paciente esteve bebendo sangue.
Outras doenças, como por exemplo a Hipertricose ou Hirsutismo, as quais provocam o crescimento exagerado de pelos por todo o corpo, incluindo a face, eram interpretadas, antigamente, como qualidades sobrenaturais onde os pacientes podiam converter-se em bestas. Mas, por outro lado, ao longo da historia tem surgido alguns criminosos considerados “homens-lobo” devido aos seus métodos canibais de matar a vítima.
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A lenda do lobisomem
Diz a lenda ser o lobisomem parte homem e parte lobo. Teria sido amaldiçoado com a licantropia (ato de transformar-se em lobo). Aquele que é amaldiçoado, transforma-se no lobisomem nas noites de lua cheia. Algumas variações da lenda falam que a licantropia foi resultado de um pacto de um homem com o diabo.
Uma vez transformado em lobisomem, a pessoa parte freneticamente à procura de vítimas para matá-las. A cultura popular moderna alastrou a ideia de que o lobisomem é vulnerável à bala de prata ou a objetos cortantes, feitos também de prata.
A cultura popular moderna também diz que a maldição do lobisomem pode ser transmitida hereditariamente, isto é, de pai para filho e aqueles mordidos por ele, se sobreviverem, transformam-se também em lobisomens pouco tempo depois.
Porfiria Congênita
O que pode ser verdade, medicamente falando, é a Porfiria Congênita. Essa doença acaba dando ao paciente um aspecto bastante curioso, como o paciente da foto acima, talvez daí originando a lenda do Lobisomen.
Com esse aspecto descrito ao lado, cria-se o lobisomem, tal qual descrito pelo mito do Homem-Lobo. Na metade do século XIV, a possibilidade de se encontrar em meio de una noite escura – já que eles não podiam com a luz do dia – era bastante convincente tratar-se de um lobisomem de fato.
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A Maldição
A natureza genética das porfirias, juntamente com alguns costumes endogâmicos (casamento entre membros de uma mesma família) em alguns grupos étnicos da Europa Oriental e entre a nobreza européia em geral, poderia ter desencadeado a doença em pessoas geneticamente ligadas. Pode vir daí a lenda da maldição familiar dos Lobisomens e/ou de ser Lobisomem o sexto ou sétimo filho do casal ou coisas assim.
Acima, dentes com depósito de porfirina em pacientes portadores de Porffiria Congênita.
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O Monstro
Os sintomas das Porfirias são os seguintes:
Fotosensibilidade, que se apresenta em todos tipos de Porfirias, menos na chamada Forma Aguda Intermitente. Esta fotosensibilidade é o resultado do acúmulo de porfirinas livres de metal na pele produzindo o seguinte:
a – Hirsutismo. Para o organismo proteger-se da luz o pelo cresce exageradamente e em lugares não habituais, tais como no vão dos dedos e dorso das mãos, nas bochechas, no nariz, enfim, nos lugares mais expostos à luz. Evidentemente esses pacientes devem sair de casa quase que exclusivamente à noite.
b – Pigmentação. A pele pode apresentar também zonas de pigmentação ou de despigmentação e os dentes podem ser vermelhos fazendo que o aspecto do doente se afaste cada vez mais do ser humano normal e se aproxime da ideia de um monstro.
c – Evitam o Sol. As porfirinas acumuladas na pele, podem absorver luz do sol em qualquer longitude, tanto no espectro ultravioleta, como no espectro visível e logo transferir sua energia ao oxigênio que provêm da respiração. O oxigênio normalmente não é tóxico, mas com o excesso de energia transferido pelas porfirinas, o oxigênio se libera sob a forma de oxigênio altamente reativo.
d – Orelhas pontudas e mãos em garra. O oxigênio altamente reativo produz destruição dos tecidos, predominantemente os mais distais e mais expostos, como é o caso das pontas dos dedos, orelhas e o nariz, etc., oxidando essas áreas de forma violenta, com severa inflamação em forma de queimação.
Assim sendo, quando esses pacientes se expõem à luz, suas mãos se convertem em garras e sua face, peluda em sua totalidade, mostra uma boca permanentemente aberta por lesões repetitivas dos lábios. Estando os dentes descobertos, adquirem aparência maior, sugerindo presas. As narinas, pelos mesmos motivos das lesões, se apresentam voltadas mais para cima e como orifícios tétricos e escuros.
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O Alho, Vampiros e Lobisomens
Há uma crença folclórica sobre o poder do alho para afugentar vampiros. Quais seriam os fundamentos dessa crença?
Existe no fígado uma enzima chamada de Citocromo P450, cuja função seria, junto com outras enzimas, remover do organismo substâncias não solúveis em água produzindo produtos xenobióticos hidrossolúveis, cumprindo assim uma das funções desintoxicantes do fígado.
Como acontece com a hemoglobina, o Citocromo P450 possui o grupo Heme que, neste caso, cumpre uma tarefa diferente. Quando o Citocromo P450 hepático está metabolizando uma amplia variedade de drogas e outros compostos orgânicos, seu grupo Heme pode ser destruído.
Muitas drogas e compostos orgânicos que destroem o grupo Heme do Citocromo P450 hepático, têm muito em comum com um dos principais componentes do alho, o dialquilsulfito, que além de tudo é volátil. Isso sugere que a ingestão ou aspiração de alho aumenta a severidade de um ataque de porfiria, pois o complexo Heme, modificado pela destruição do Citocromo P450 hepático, é um potente inibidor da enzima ferroquelatase, portanto o alho não só destrói o grupo Heme, mas também decompõe o aparato biosintético do mesmo.
Assim sendo, se o Heme não é sintetizado no organismo, não poderá inibir o excesso de síntese de porfirinas por retroalimentação negativa (feed-back) e essa ruptura do equilíbrio é o que agrava o ataque de porfiria. Essa sequência química faz com que o alho seja extremamente danoso aos portadores de porfiria.
O Sangue da vítima
As Porfirias são doenças genéticas e sem cura, atualmente. Mesmo que alguns dos sintomas não possam ser aliviados, atualmente o principal tratamento para algumas porfirias, é a injeção de concentrados de glóbulos vermelhos (hemácias) ou soluções deGrupo Heme. Além disso, recomenda-se ao doente o uso continuado de filtros solares.
Mas, na Idade Media, a injeção do pigmento Heme ainda não era possível, e nem havia sido descoberto. Podemos das asas à imaginação e supor que, em algum momento, algum paciente mais desesperado tenha sido induzido ou orientado por algum curandeiro a comer ferro ou carne crua, senão a beber sangue. A própria carência de Heme ou ferro pode desenvolver essa inclinação alimentar.
Na realidade não se sabe como, mas não é difícil imaginar a pulsão que algum porfírico deve ter sentido em beber grandes quantidades de sangue e melhorar seus sintomas com isso. Nascia assim, não apenas o Lobisomem, como também o Vampiro. As descrições literárias e folclóricas da época (e até hoje) se incumbiram em oferecer um conteúdo cultural suficientemente denso para compor o cenário do delírio licântropo de muitos doentes mentais.
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Beber sangue
Em 1985 o bioquímico David Dolphin propôs uma ligação entre a porfiria e o folclore vampírico. Reparando que essa condição é tratada com hemo intravenoso, Dolphin sugeriu que o consumo de grandes quantidades de sangue poderia resultar de alguma maneira no transporte do hemo através da parede do estômago e para a corrente sanguínea.
Desta maneira, os vampiros eram meros indivíduos sofredores de porfiria que procuravam substituir o hemo e aliviar os sintomas Esta teoria tem sido desmontada pelo meio médico, uma vez que as sugestões sobre os afectados por porfiria desejarem a ingestão do hemo no sangue humano, ou que o consumo de sangue possa atenuar os sintomas da doença, são baseados numa compreensão errada da doença.
Adicionalmente, constatou-se que Dolphin confundira os vampiros fictícios (sugadores de sangue) com os do folclore, muitos dos quais não eram conhecidos por beberem sangue. Do mesmo modo, foi estabelecido um paralelo com a sensibilidade à luz do Sol por parte dos afectados por porfiria, quando esta condição está associada aos vampiros fictícios, e não aos da tradição popular.
Em todo o caso, Dolphin não chegou a dar mais divulgação aos seus trabalhos. Embora tenha sido posto de parte pelos peritos, a ligação entre vampirismo e porfiria conseguiu a atenção dos média, e entrou ela própria no folclore da moderna. Fonte: Wikipedia
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CASO HAIGH
Johm George Haigh, mais conhecido como “o vampiro de Londres”, nasceu no seio de uma família conservadora e de fortes convicções religiosas de Yorkshire (Inglaterra).
Devido à estrita educação recebida foi um menino muito religioso, chegando, inclusive, a cantar no coral de sua igreja.
À medida que crescia começou a se relacionar cada vez mais com gangues de bairro, para as quais realizava pequenos trabalhos.
Esteve várias vezes preso até 1943, ano em que entrou pela última vez na cadeia, antes de começar a cometer seus terríveis assassinatos.
Pouco depois de sair da cadeia matou a sua primeira vítima; um jovem chamado Donald Mcswann.
Haigh roubou tudo o que a vítima levava, em seguida bebeu seu sangue e dissolveu seu corpo em ácido sulfúrico, supostamente acreditando que não havia deixado nenhuma pista que o pudesse denunciar.
Essa macabra forma de matar seria sua rotina pelos próximos 5 anos. Em todo esse tempo mataria e beberia o sangue dos pais de Mcswanm, além de mais outras 3 pessoas, igualmente dissolvendo todos os corpos em ácido.
A última vítima de Haigh foi uma mulher chamada Mrs. Durand-Deacon. Haigh seduziu-a para levá-la à sua casa, onde lhe deu um tiro na nuca.
Em seguida foi à seu carro de onde trouxe um vaso e uma lâmina, com a qual cortou o pescoço da mulher para colher seu sangue no vaso. Depois dissolveu também o corpo.
Em 1949, Johm George Haigh seria preso por seus terríveis crimes. Em 28 de fevereiro de 1949, confessou ter matado 6 pessoas.
Segundo suas palavras, fazia uma incisão com a lâmina na garganta, enchia o vaso de sangue e depois bebia. Grande parte de suas declarações jamais pode ser comprovada.
Em juízo contou histórias sobre entranhas alucinações e delírios que tinha e nos quais apareciam determinados símbolos relacionados com o vampirismo.
Dizia ter pesadelos nos quais apareciam crucifixos cheios de sangue, e estanhos seres que bebiam este líquido.
Nunca se soube, com segurança, se todos esses delírios eram verdadeiros ou se eram simplesmente uma farsa para conseguir que o declarassem louco, livrando-o da pena de morte.
Entretanto, acreditando ou não em Haigh, depois de receber a pena de morte foi enterrado em um ataúde especial para que seu corpo se putrificasse mais rápido que o normal, talvez pelo temor de que o morto pudesse escapar de sua tumba.
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A CONDESSA SANGRENTA (VAMPIRESA)
Mais conhecida como “A Condessa Sangrenta“, devido aos macabros e depravados crimes que cometeu,Elizabeth Bathory foi uma aristocrata húngara pertencente a uma das mais ilustres famílias da Europa. De fato desta mesma família também foram Estevam e Sigmund Bathory, que ocuparam os tronos da Polônia e da Transilvânia, respectivamente. Além disso, também vieram dessa mesma família vários dignitários do clero e alguns ministros da Hungria.
Acreditavam que madame Bathory matava jovens donzelas para banhar-se em seu sangue, uma vez que acreditava que, assim fazendo, se manteria sempre jovem e bela. Dizem que chegou a assassinar perto de 650 pessoas com este propósito.
Atualmente e depois das investigações, não se sabe se o propósito era realmente este, mas de qualquer forma, pode-se assegurar que cometeu realmente uma grande quantidade de crimes de extrema crueldade.
A historia de Elizabeth começa em 1560. Seu castelo se encontrava em Cachtice,cidade situada na Slovakia. Também passou parte de sua vida em Viena, onde tinha uma mansão próxima do palácio real, no centro da cidade. Ali Elizabethfez construir uma jaula de ferro, dentro da qual torturava as jovens donzelas.
Grande parte dos investigadores atribui os maus instintos da condessa à alguma degeneração genética, devidos aos casamentos consangüíneos de sua família. De fato Elizabeth era muito propensa a ataques de epilepsia e, entre seus familiares havia numerosos antecedentes de práticas de magia negra e satanismo. Aliás seu irmão Stephem e sua tia, ambos de marcada tendência homossexual, foram conhecidos libertinos, além disso, deve-se citar o caso de sua antepassada Cara Báthoryque, apesar de praticar todo tipo de aberrações sexuais, envenenou seu próprio marido.
Aos onze anos, como era costume entre algumas famílias, Elizabeth foi prometida para Ferenc Nadasdy, filho de outra família aristocrática húngara. Foi viver com a família de Ferenc, no sombrio castelo de Csejthe. Ali gostava de manter intimidades com outros moços, chegando a engravidar de um deles. Devido a este incidente aos 13 anos, teve o filho em segredo e este lhe foi tomado, casando-se dois anos depoisFerenc Nadasdy.
Ferenc, posteriormente conhecido como “O Cavaleiro Negro” por suas proezas como general no campo de batalha, era tão cruel como sua mulher. Esteve a maior parte de seu matrimônio lutando contra os turcos e quando voltava para casa, distraia-se torturando os prisioneiros.
De fato Ferenc ensinou várias técnicas de tortura a Elizabeth. Uma das técnicas de tortura preferidas por Elizabeth era introduzir finas agulhas sob as unhas de suas servas, ou simplesmente, cravá-las em sua pele. Também diziam que se divertia dando chaves ou moedas aquecidas ao fogo para queimar as mãos dessas moças, ou as atirava nuas na neve para, depois, encharcá-las com água fria até morrerem congeladas. Conta-se que Ferenc ensinou a Elizabethcomo manter a disciplina de suas donzelas às custas dessas torturas.
Por Ferenc estar sempre fora de casa,Elizabeth buscou o consolo de numerosos amantes, e de ambos os sexos. Aborrecia-se facilmente com todos e vivia buscando novos divertimentos.
Depois da morte de seu marido em 1604, iniciou obsessivamente certas práticas de bruxaria. Esta prática deu à Elizabethliberdade e criatividade para desenvolver suas próprias perversões sexuais. Segundo registros da justiça de 1611, Elisabeth foi presa por atear fogo aos pelos púbicos de uma de suas criadas.
A origem da história sobre sua utilização de sangue para fins cosméticos, foi um dia em que, depois de dar uma violenta bofetada numa criada que a estava penteando, esta começou a sangrar e seu sangue salpicou na mão da condessa. Convenceu-se de que a pele onde havia caído o sangue rejuvenesceu e, a partir daí, começou a tomar banhos de sangue humano para manter sua juventude e beleza eternamente.
Depois dessa macabra experiência cosmética começou uma orgia desenfreada de assassinatos que se prolongou por dez anos, durante os quais seus criados saiam à caça de jovens virgens da região, quando não era ela mesma que as atraia ao castelo com a promessa de emprego.
Citam mais de seiscentos e cinqüenta assassinatos durante esse período. No castelo as moças eram encarceradas nas masmorras à espera de serem degoladas para que seu sangue enchesse a banheira da cruel condessa.
Um dia em que a condessa esteve doente de cama, mandou que lhe trouxessem uma jovem donzela para fazer-lhe companhia, mas quando a moça se aproximou a condessa avançou sobre ela cravando-lhe os dentes no pescoço e no tronco arrancando-lhe pedaços de carne.
Chegou um momento em que guardar tal número de corpos vitimados pela condessa no castelo era um grande problema. Inicialmente a condessa queria que os corpos fossem deixados sob as camas, mas o cheiro era tão insuportável que alguns empregados tomaram a iniciativa de levar esses corpos para um campo nas imediações da cidade. E foi exatamente esse esparramo de corpos sem sangue que levaram as pessoas a acreditarem na existência de vampiros.
Madame Bathory era mais rica que o próprio rei Mathias II. Por causa disso, quanto chegaram notícias do que estava ocorrendo no castelo da condessa, o rei decidiu atuar de imediato, motivado até por razões econômicas (ou despeito). Consideraram Bathory culpada de bruxaria e todas suas posses passariam diretamente ao rei.
Entretanto, o conde Thurzo, encarregado do processo contra a condessa, era um grande amigo da família Bathory e acabou fazendo um trato com ela, condenando à morte com terríveis torturas seus cúmplices e ela própria acabou sendo condenada à prisão perpétua no castelo de Esei. Morreu aos 54 anos.
Inúmeros documentos demonstram a união entre a família Bathory e a família de Vade Tepes, “O Conde Drácula“. De fato, um membro da família Bathory, Stephem Bathory, encabeçou o movimento que devolveu à “Drácula” o trono em 1476.
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Ballone GJ – Lobisomem e Vampirismo – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.net, revisto em 2019.
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