Síndrome de Burnout

[et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”4_4″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional e se caracteriza por exaustão emocional,

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” column_structure=”3_5,2_5″][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”3_5″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das consequências mais marcantes do estresse profissional e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos. Às vezes esta insensibilidade afetiva para com os outros funciona até como defesa emocional. Enfim, a Síndrome de Burnout representa o quadro que se traduz, no mínimo, por “não aguento mais”.

O termo Burnout é uma composição de burn = queima e out = exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo, explosivo e irritadiço. A expressão burnout em inglês, entretanto, significa aquilo que deixou de funcionar por completa falta de energia, por ter sua energia totalmente esgotada, metaforicamente, aquilo que chegou ao seu limite máximo .

No Brasil, segundo o decreto 3.048 de 6 de maio de 1999, que fala sobre agentes patogênicos causadores de doenças ocupacionais, a Síndrome de Burnout está classificada junto aos Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho, manifestando-se com a sensação de estar acabado. Neste caso a Síndrome de Burnout aparece como sinônimo de Síndrome de Esgotamento Profissional.

Refletindo mais realisticamente sobre alguns preceitos culturais que envolvem o trabalho, tais como “o trabalho enobrece… etc.”, Dejours (1992) já afirmava que nem sempre o trabalho possibilita a realização profissional. Algumas vezes o trabalho pode causar desde insatisfação ou frustração, até a exaustão emocional.

Freudenberg foi um dos primeiros a descrever essa síndrome em 1974, inicialmente constatando-a apenas em funcionários das equipes de saúde mental. Observava que, com o passar do tempo, alguns desses funcionários apresentavam uma síndrome composta por exaustão emocional e adaptativa, desilusão ou frustração e vontade de isolamento social.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”2_5″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]
Doctors working on patient in the emergency room
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” column_structure=”2_5,3_5″][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”2_5″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Pessoas com a síndrome apresentam sintomas como fadiga, cansaço constante, distúrbios do sono, dores musculares e de cabeça, irritabilidade, alterações de humor e de memória, dificuldade de concentração, falta de apetite, depressão e perda de iniciativa.

Essa soma de mal-estares pode levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo ao suicídio. No dia-a-dia, a pessoa fica ainda arredia, isolada, passa a ser irônica, cínica e a produtividade cai. Muitas vezes, o profissional acredita que a melhor opção seja tirar férias; entretanto, quando volta, descansado, retoma a postura anterior.

Fonte: Einstein Saúde

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”3_5″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Epidemiologia incerta
A prevalência da Síndrome de Burnout ainda é incerta, embora os dados sugiram que acomete um número muito expressivo de pessoas. A epidemiologia da Síndrome de Burnout tem aspectos bastante curiosos, como mostrou o detalhado trabalho de Martinez, onde os primeiros anos da carreira profissional resultaram os mais vulneráveis ao desenvolvimento da síndrome.

Também parece haver uma preponderância do transtorno nas mulheres, possivelmente devido à dupla carga de trabalho que concilia a prática profissional e a tarefa familiar. Com relação ao estado civil, tem-se associado a síndrome mais com as pessoas sem parceiro estável. Com muita freqüência este quadro está associado a outros transtornos emocionais, geralmente como a depressão e/ou ansiedade.

Esse transtorno tem importância na medida em que afeta a vida pessoal, seja através das repercussões físicas do estresse psíquico, seja no comprometimento profissional quanto a eficiência e desempenho, seja ainda no desempenho social na desarmonia dos relacionamentos interpessoais.

De fato, esta síndrome foi observada originalmente em profissionais predominantemente relacionados a um atendimento mais tenso e exigente, tais como médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros.

As pessoas propensas à Síndrome de Burnout são exatamente aquelas mais ativas e, possivelmente, as mais ansiosas. Os trabalhos apontam como características da personalidade das pessoas que mais apresentara a Síndrome de Burnout o seguinte: pessoas que se envolvem intensamente em tudo o que fazem, acreditam possuir domínio da situação, encaram as situações adversas com otimismo, responsabilizam-se exclusivamente e fortemente pelo sucesso (ou insucesso).

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” column_structure=”3_5,2_5″][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”3_5″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Fisiopatologia
Alguns autores julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. De fato, o quadro de apatia extrema e desinteresse, não combina com a descrição de algum tipo de estresse, mas como uma de suas consequências bastante sérias.

Como síndrome, o Burnout seria o resultado da combinação entre as características individuais do paciente com as condições do ambiente ou do trabalho, o qual geraria excessivos e prolongados momentos de estresse. Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda ou atendimento (médicos, enfermeiros, professores).

A Síndrome de Burnout seria uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.

Se fosse possível relacionar alguns fatores ocupacionais com o surgimento da Síndrome de Burnout, estes diriam respeito à pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe. As dificuldades para se estabelecer causas está exatamente neste aspecto multifatorial.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”2_5″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Caracterizada por ser o ponto máximo do estresse profissional, a Síndrome de Burnout pode ser encontrada em qualquer profissão, mas em especial nos trabalhos em que há impacto direto na vida de outras pessoas. É o que acontece, por exemplo, com profissionais da saúde em geral, jornalistas, advogados, professores e até mesmo voluntários.

Fonte: Einstein Saúde

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” column_structure=”1_2,1_2″][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”1_2″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Sintomas
Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho.

Os sintomas básicos dessa síndrome são, inicialmente, uma exaustão emocional onde a pessoa sente que não pode mais dar nada de si. Em seguida desenvolve sentimentos e atitudes muito negativas, como por exemplo, um certo cinismo na relação com as pessoas do seu trabalho e aparente insensibilidade afetiva.

Finalmente o paciente manifesta apatia, desinteresse e sentimentos de falta de realização pessoal no trabalho, afetando sobremaneira a eficiência e habilidade para realização de tarefas e de adequar-se à organização e irritabilidade.

Esta síndrome é o resultado do estresse emocional na interação com outras pessoas através do trabalho. Algo diferente do estresse genérico, a Síndrome de Burnout geralmente incorpora sentimentos de insatisfação, pouca tolerância, frustração, fracasso, irritabilidade e insensibilidade afetiva. Seus principais indicadores são: cansaço emocional, despersonalização e falta de realização pessoal.

O sintoma da despersonalização se caracteriza por um sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio. Esse quadro é intimamente relacionada com a ansiedade e é desencadeado pela vivência de uma situação traumática, de natureza física ou psicológica, acidentes, desastres. Na Síndrome de Burnout a estafa com o trabalho funciona como a situação traumática necessária para sentimentos de despersonalização.

O sintoma descrito como exaustão emocional se refere a um conjunto de ocorrências, tais como sentimentos de desesperança e de solidão, um misto de depressão e raiva, impaciência e irritabilidade, tensão e ansiedade, diminuição da empatia, sensação de baixa energia, aumento das preocupações, suscetibilidade para doenças físicas, tensão muscular, dores lombares ou cervicais e distúrbios do sono.

Considera-se a Síndrome Burnout como provável responsável pela desmotivação que sofrem os profissionais da saúde atualmente. Isso sugere a possibilidade de que esta síndrome esteja implicada nas elevadas taxas de absenteísmo ocupacional que apresentam esses profissionais.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”1_2″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Quadro Clínico da Síndrome de Burnout

 

1. Esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais

2. Despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado.

3. Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal estar geral.

4. Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima.

5. É freqüente irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e para com a própria família.

6. Manifestações físicas: Como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em Transtornos Psicossomáticos. Estes, normalmente se referem à fadiga crônica, freqüentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, etc.

7. Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento constante, atitude cínica, impaciência e irritabilidade, sentimento de onipotência, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” column_structure=”1_2,1_2″][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”1_2″][/et_pb_column][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”1_2″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]
Características da personalidade (Fatores Individuais) associadas a altos índices de Burnout*
Padrão de Personalidade Pessoas competitivas, esforçadas, impacientes, com excesso de necessidade em ter o controle da situação, dificuldade de tolerância das frustrações.
Envolvimento Pessoas empáticas e agradáveis, sensíveis e humanos, com alta dedicação profissional, altruístas, obsessivos, entusiasmados.
Pessimismo Costumam destacar aspectos negativos, suspeitam sempre do insucesso, sofrem por antecipação
Perfeccionismo Pessoas muito exigentes com si mesmas e com os outros, intolerância aos erros, insatisfeitas com os resultados.
Grande expectativa profissional Pessoas com grande chance de se decepcionarem
Centralizadores Pessoas com dificuldade em delegar tarefas ou para trabalhar em grupo
Passividade Pessoas sempre defensivas, tendem à evitação diante das dificuldades
Nível educacional São mais propensas pessoas com maior nível educacional
Estado civil As pessoas solteiras, viúvas ou divorciadas são mais propensas ao Burnout
*Trigo TR, Teng CT, Hallak JEC, Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos, Rev. Psiq Clinica, vol.34, no.5, 2007.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” column_structure=”2_3,1_3″][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”2_3″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

para referir:
Ballone GJ – Síndrome de Burnout – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2015.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” type=”1_3″][et_pb_text _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Referências
– Dejours, C – A loucura do trabalho. Ed. Cortes-Obore, SP, 1992
– Freudemberg H – Staff burnout, Journal of Social Issues, 30:159-165, 1974.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]