Os fatos e acontecimentos com os quais temos contacto e, tratados por nossa Afetividade, serão chamados de Vivências. Assim sendo, as Vivências terão sempre o caráter individual e particular para cada um de nós e de acordo com as particularidades de nossos traços afetivos.
Embora os fatos da realidade possam ser os mesmos para pessoas diferentes, como por exemplo, a demissão do emprego, a Vivência entretanto, será sempre diferente.
As Vivências devem ser sempre capazes de determinar uma resposta emocional na pessoa, tal como alérgeno é capaz de determinar uma resposta imunológica. A este sentimento produzido pela Vivência podemos chamar de Reação Vivencial, tal como chamaríamos de reação alérgica as manifestações determinadas pelo embate alérgeno-imunidade.
O tema “Reações Vivenciais” é de fundamental importância para entendermos as neuroses.
Kurt Schneider coloca as Reações Vivenciais Anormais, ou seja, aquelas desproporcionais e inadequadas, como MANEIRAS NEURÓTICAS de responder às vivências.
Portanto, Reações Vivenciais que aparecem sem uma causa desencadeante, que determinem sentimentos desproporcionais às causas ou que não tenham relação temporal com a causa seriam Reações Vivenciais Anormais.
Também Henri Ey se refere às Reações Neuróticas como maneiras anormais de se responder às vivências, como uma desproporção entre causas e efeitos.
Kolb trata as neuroses com a denominação de REAÇÕES NEURÓTICAS, cuja descrição se encaixa bem nas Reações Vivenciais Anormais. Para ele, seriam as Reações Ansiosas, Reações Histéricas, e assim por diante, sinônimos de Neurose de Ansiedade, Neurose Histérica, etc.