Cannabis é um termo genérico usado para referir os vários preparados do cânhamo ou maconha (Cannabis sativa). Isso inclui a folha de maconha ou diamba (com variada sinonímia de gíria), o cânhamo-da-índia ou haxixe (derivado da resina dos extremos floridos da planta) e o óleo de haxixe.
Na Convenção Única de Narcóticos e Drogas de 1961, a cannabis foi definida como “as extremidades floridas ou frutificadas da planta de cannabis (excluindo as sementes e as folhas sem aquelas extremidades) das quais a resina não foi extraída“, enquanto que a resina da cannabis é “a resina bruta ou purificada, extraída da planta da cannabis“.
As definições são baseadas na terminologia tradicional indiana como ganja (= cannabis) e charas (= resina). Um terceiro termo indiano, o bhang se refere às folhas.
O óleo de cannabis (óleo de haxixe, cannabis líquida ou haxixe líquido) é um concentrado de cannabis obtido pela extração geralmente através de um óleo vegetal. O termo marijuana é de origem mexicana. Originalmente um termo usado para o tabaco barato, ocasionalmente misturado com cannabis. tornou-se um termo genérico para as folhas de cannabis ou a cannabis, em geral, em muitos países. O haxixe, inicialmente um termo utilizado para a cannabis nas áreas do Mediterrâneo oriental, é hoje utilizada para a resina da cannabis.
A cannabis contém pelo menos 60 canabinóides, muitos dos quais biologicamente ativos. O componente mais ativo é o delta 9-tetrahidrocanabinol (THC), o qual, bem como seus metabólitos, pode ser detectado na urina várias semanas após seu uso (geralmente após ter sido fumado).
A intoxicação pela cannabis produz sensação de euforia, leveza dos membros e geralmente retração social. Prejudica a capacidade de dirigir veículos, bem como de outras atividades complexas que requerem habilidade; prejudica a memória imediata, a capacidade de concentração, os reflexos, a capacidade de aprendizado, a coordenação motora, a percepção de profundidade, a visão periférica, a percepção do tempo (a pessoa geralmente tem a sensação de lentificação do tempo) e a detecção de sinais.
Outros sinais de intoxicação podem incluir ansiedade excessiva, desconfiança ou idéias paranoides em alguns e euforia ou apatia em outros, juízo crítico prejudicado, irritação conjuntival, aumento de apetite, boca seca e taquicardia. A cannabis às vezes é consumida com álcool, o que aumenta os efeitos psicomotores.
Há registros de que o uso da cannabis pode precipitar recaídas em casos de esquizofrenia. Estados de ansiedade e pânico agudos, e estados delirantes foram também relatados na intoxicação por cannabis; estes geralmente regridem em alguns dias. Os canabinoides são às vezes usados terapeuticamente para glaucoma e para as náuseas em tratamentos quimioterápicos do câncer