[et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
Durante muitos anos acreditou-se que os adolescentes, assim como as crianças, não eram afetados pela Depressão, já que, supostamente, esse grupo etário “não tinha problemas vivenciais”. Como se acreditava até então que a Depressão era exclusivamente uma resposta emocional à problemática existencial, então quem não tinha problemas existenciais não deveria ter Depressão.
Atualmente sabemos que os adolescentes são tão susceptíveis à Depressão quanto os adultos, mostrando assim que esse transtorno deve ser encarado seriamente em todas as faixas etárias. A Depressão pode interferir de maneira significativa na vida diária, nas relações sociais e no bem-estar geral do adolescente, podendo até levar ao suicídio como sua consequência mais séria.
Quase todas as pessoas, sejam jovens ou idosas, experimentam sentimentos temporários de tristeza em algum momento de suas vidas. Estes sentimentos fazem parte da vida e tendem a desaparecer sem tratamento. Isso não é Depressão, isso é tristeza.
Quando se fala em Depressão, fala-se de uma doença com sintomas específicos, com duração e gravidade suficiente para comprometer seriamente a capacidade de uma pessoa levar uma vida normal. Em crianças e adolescentes os transtornos emocionais mais comuns são aqueles relativos a depressão.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]
Conflitos da Adolescência
O conflito surge quando o adolescente se percebe diante de posições contraditórias: ele não sabe porque não ter as prerrogativas de adulto de vez, já que é capaz de assumir determinadas responsabilidades acadêmicas, ser cobrado para um bom desempenho no esporte, desenvolver habilidades em outro idioma, planejar seu futuro e outras incumbências mais maduras. Por outro lado, não sabe porque não pode gozar do descompromisso pueril, uma vez que ainda vibra dentro deles a paixão pelos apetrechos da vida infantil, a irreverência natural às normas e regras e outras descontrações das da criança Enfim, não é nem adulto e nem criança.
Os adolescentes se encontram imersos num mundo de ambiguidades e contradições. Entre as pulsões para “abraçar o mundo”, passando por cima de tudo e de todos, e momentos de frustração e apatia amotivacional, o adolescente se ressente da falta de liberdade e autonomia tal como teria um adulto, ao mesmo tempo, não pode usufruir da irresponsabilidade da infância.
Além disso, a fase inicial das mudanças no aspecto físico que acontece durante a puberdade, geralmente não atende aos modelos de estética ideais do jovem. A garota gostaria de já se ver com silhueta de mulher formosa, sedutora, desejada pelos meninos e invejada pelas meninas, enquanto o menino deseja ter a musculatura definida, barba, etc. Essa distonia entre o corpo real e a aspiração do corpo desejado pode desencadear sérias dificuldades de adaptação, baixa autoestima, falta de aceitação pessoal, problemas depressivos, anoréxicos, obsessivo-compulsivos.
As novas relações sociais do adolescente, notadamente com os pais e com o grupo de iguais também podem ser forte fonte de ansiedade, confusão e sentir que ninguém o entende. Paralelamente, sobrevém a angústia de estar só e de ser incapaz de decidir corretamente seu futuro.
Os conflitos tendem a agravar-se muito mais se este jovem estiver inserido numa família que também está em crise, seja por separação dos pais, por violência doméstica, alcoolismo de um dos pais, sérias dificuldades econômicas, doença física ou morte.
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
A Depressão é uma doença, seja em adultos, idosos, crianças ou adolescentes.
A Depressão é uma doença como tantas outras da medicina, com diagnóstico médico especificamente delimitado, com tratamento universalmente estabelecido pela medicina, tal como se faz faz com a asma, gastrite, hipertensão, etc. Essa doença afeta pessoas de todas as idades, de todas as nacionalidades, em todas as fases da vida e faixas sociais. Estima-se que cerca de 5% da população mundial sofra de Depressão e que cerca de 10% a 25% das pessoas possam apresentar um episódio depressivo em algum momento de sua vida.
Entre aqueles que já sofreram um Episódio Depressivo, há maior probabilidade de terem outros episódios depressivos ao longo de suas vidas, embora esta probabilidade varia muito de pessoa para pessoa.
Muitas pessoas apresentam uma primeira crise de Depressão durante a adolescência, apesar de nem sempre essa crise ser assim reconhecida. Segundo os especialistas, a Depressão comumente aparece pela primeira vez em pessoas com idade entre 15 e 19 anos.
Há muitas tentativas de se definir adolescência, embora nem todas as sociedades possuam este conceito.
Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas diferentes idades para definir este período. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente define esta fase como característica dos 13 aos 18 anos de idade.
Adolescência lembra a puberdade. A puberdade tem um aspecto biológico e universal, caracterizada que é pelas modificações visíveis, como por exemplo, o crescimento de pelos pubianos, auxiliares ou torácicos, o aumento da massa corporal, desenvolvimento das mamas, evolução do pênis, menstruação, etc. Estas mudanças físicas costumam caracterizar a puberdade, que neste caso seria um ato biológico.
Tem havido nas últimas décadas um grande aumento no número de casos de Depressão com início na adolescência e na infância. Algumas pesquisas também mostram que cerca de 20% dos estudantes do 2º grau sentem-se profundamente infelizes ou têm algum tipo de problema emocional.
Talvez seja porque o mundo moderno esteja cada vez mais complexo, competitivo, exigente, e muitos adolescentes têm dificuldades para lidar com as necessidades de adaptação que se exige deles diariamente.
Embora as tensões da vida cotidiana do adolescente sejam importantes variáveis para o aparecimento da Depressão, muitos jovens passam por acontecimentos desagradáveis sem desenvolver Depressão. Como ocorre com qualquer outra doença, algumas pessoas são mais suscetíveis que outras. Os traços afetivos da personalidade talvez sejam as condições capazes de explicar a razão pela qual alguns adolescentes se tornam deprimidos enquanto outros não.
A tristeza, comum nos momentos de reflexão da adolescência, é uma experiência normal que geralmente não progride para Depressão se a pessoa não tiver outros requisitos emocionais propícios ao desenvolvimento do transtorno afetivo.
Alguns adolescentes, entretanto, são mais sensíveis e sentimentais, e podem desenvolver quadros francamente depressivos com notáveis sintomas de descontentamento, confusão, solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia. Esse quadro pode indicar Depressão, comumente atípica nesta idade e sem necessariamente os esperados sentimentos de tristeza que afetam os adultos deprimidos.
De modo geral os adolescentes se deparam com várias situações novas e características, com pressões sociais próprias da situação existencial e com labilidade emocional peculiar da biologia nesta fase da vida que acabam resultando em contundentes flutuações do humor e mudanças expressivas no comportamento.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” text_font_size=”13px”]
Principais sinais de advertência para o risco de suicídio são: |
1. Mudanças acentuadas na personalidade 2. Mudanças acentuadas na aparência, 3. Alterações nos padrões de sono 4. Alterações nos hábitos alimentares 5. Prejuízo no rendimento escolar. 6. Falar sobre morte ou suicídio 7. Provocar ferimentos em si próprio 8. Pânico ou ansiedade crônicos 9. Distribuir objetos pessoais |
Segundo pesquisa, o suicídio e suas tentativas são a segunda causa de internações na população de 10 a 19 anos do sexo feminino na rede SUS. Os resultados apontaram que o risco a ser abordado é a tristeza, uma vez que o suicídio foi considerado pelos pesquisados uma consequência deste sentimento. Briga dos pais, solidão e traição de amigos, de namorado(a) foram apontados como fatores de risco para tristeza entre adolescentes. O fator de proteção apresentado foi “alguém confiável para conversar”.
Sabe-se, que o suicídio exitoso predomina em homens, geralmente idosos ou de meia idade, enquanto que as tentativas de suicídio são mais comuns em mulheres jovens. As maiores taxas de suicídio encontram-se nos Estados Unidos, com 24,1 casos para cada 100.000 habitantes, enquanto no Canadá, são 25,2 casos para cada 100.000 habitantes. No Sri-Lanka, 61 e na Hungria, 71 casos para cada 100.000 habitantes. No entanto, Dutra (2001) afirma que o suicídio entre jovens de 15 a 19 anos vem aumentando em todo o mundo (Benincasa M, Rezende MM. Tristeza e suicídio entre adolescentes: fatores de risco e proteção. Bol. psicol. 2006, vol.56, n.124, pp. 93-110.)
Ideias, gestos e tentativas de suicídio são frequentemente (embora nem sempre) associados a transtornos depressivos. Relatos indicam que até 50% das pessoas suicidas expressam intenções de suicídio a amigo ou parente em período de 24 horas antes de praticar o ato.
A ideação suicida ocorre em todas as faixas etárias e com maior frequência em crianças e adolescentes com transtornos graves do humor
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
O Risco de Suicídio
Atualmente, a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos de idade é o suicídio. A primeira causa são os acidentes, principalmente com automóveis. O índice de suicídio entre pessoas jovens triplicou nos últimos 30 anos.
Quando uma pessoa fala a respeito de cometer suicídio, ao contrário do que pensam muitos, a coisa mais importante a fazer é levá-la a sério. As pessoas que falam em suicídio podem estar, de fato, pensando em praticá-lo e, sendo jovens ou não, a maioria dos que tentam o suicídio sempre dão uma espécie de “aviso” sobre suas intenções.
Entre adolescentes com alto risco de suicídio, muitos tomam a trágica decisão após uma situação de grande tensão, como por exemplo o rompimento de um relacionamento, um fracasso escolar ou profissional ou uma briga importante com os pais. A incidência de êxito entre adolescentes que realmente tentam por fim à própria vida é maior entre o sexo masculino do que entre o sexo feminino.
A Depressão neste grupo pode ser particularmente difícil de detectar, uma vez que estes jovens tendem a negar quaisquer sentimentos de Depressão. Esta é uma situação particularmente perigosa porque este é o tipo de adolescente que mais provavelmente será bem sucedido em sua tentativa de cometer suicídio.
Grosso modo, podemos dividir os adolescentes vulneráveis ao suicídio em três grupos:
– Adolescentes com sintomas clássicos de Depressão, tais como tristeza e desesperança.
– Perfeccionistas que estabelecem para si mesmos padrões muito alto de desempenho.
– Garotos que expressam sua Depressão com comportamentos agressivos ou atitudes de se expor a situações de risco, uso de drogas e confrontos com autoridades.
Sintomas atípicos
O adolescente possui tendência natural para comunicar-se através da ação em detrimento da palavra. Por isso, na busca de uma solução para seus conflitos, os jovens podem recorrer ação, algumas bastante perigosas, como as drogas, o álcool ou a sexualidade precoce ou promíscua. Tudo isso na tentativa de aliviar a angústia ou reencontrar a harmonia desejada.
Angustiados e confusos, podem adotar comportamentos agressivos e destrutivos. Por isso tem sido comum observarmos o adolescente manifestar sua Depressão através de uma série de atos antissociais, distúrbios de conduta, e comportamentos hostis e agressivos.
Entre adolescentes a Depressão também pode ser “mascarada” por problemas físicos e queixas somáticas que parecem, falsamente, não ter relação com as emoções. Estes problemas podem incluir alterações de apetite ou distúrbios de alimentação, tais como anorexia nervosa ou bulimia. Alguns adolescentes deprimidos podem se sentir extremamente cansados e sonolentos o tempo todo, podem estar exaustos mesmo depois de terem dormido por várias horas.
Embora a Depressão Atípica seja a norma entre crianças e adolescentes, a Depressão franca ou típica também pode ser comum. O jovem deprimido confia pouco em si mesmo, tem autoestima baixa, experimenta alterações no apetite e no sono, se auto-acusa e tem lentidão dos pensamentos. A baixa autoestima faz com que veja a si mesmo como pessoa sem valor, feio, desinteressante e cheio de falhas pessoais. Estes sentimentos angustiantes e depressivos levam, invariavelmente, a prejuízo na saúde física, na escola, no relacionamento familiar e social.
Durante um Episódio Depressivo o jovem costuma sentir-se inquieto ou irritado, isolar-se de amigos ou familiares, ter dificuldade de se concentrar nas tarefas, perder o interesse ou o prazer em atividades que antes gostava de realizar, sentir-se desesperançado e ter sentimentos de culpa e perda do prazer em viver. Pode também ter alterações do sono, por exemplo, ir dormir mais tarde do que costumava fazer, acordar cedo demais, ter sonolência durante o dia; e do apetite, que o leva a ganhar ou perder peso.
Algumas vezes o adolescente deprimido pode tentar suicídio. Faz isso de forma franca ou velada. De forma velada age de maneira inconsciente, envolvendo-se em atitudes completamente imprudentes, acidentes automobilísticos, uso progressivo de drogas e álcool, ingestão de comprimidos perigosos, uso de armas de fogo, etc.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” custom_margin=”||-14px||false|false”][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” custom_margin=”||-9px||false|false”]
DESTAQUES IMPORTANTES
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”1_3,1_3,1_3″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” custom_margin=”-1px||||false|false” custom_padding=”||0px||false|false”][et_pb_column type=”1_3″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” text_font_size=”13px”]
Crianças que desenvolvem transtornos depressivos em meio a estressores familiares podem melhorar quando os estressores diminuem.
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_3″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” text_font_size=”13px”]
Jovens gravemente deprimidos com frequência têm ideias suicidas, e o sui- cídio é o maior risco da depressão maior. Mesmo assim, muitos outros jovens deprimidos jamais têm ideias suicidas, e o inverso é verdadeiro, ou seja, muitas crianças e adolescentes que se envolvem em comportamentos suicidas não apresentam transtorno depressivo. Existem evidências epidemiológicas sugerindo que jovens deprimidos com ideas suicidas recorrentes, incluindo planos e que realizaram tentativas anteriores, têm risco maior de completar o ato, em comparação àqueles que apenas expressam ideias suicidas passivas.
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_3″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” text_font_size=”13px”]
O reconhecimento cada vez mais de transtornos depressivos em pré-escolares estimulou pesquisadores a desenvolverem intervenções psicossociais, como o Parent-Child Interaction Therapy Emotion Development (PCIT- ED), que busca o tratamento especificamente para essa faixa etária. A expressão de humor perturbado e deprimido parece variar conforme a idade de desenvolvimento. Crianças muito pequenas com depressão costumam ser vistas como tristes, ou apáticas, apesar de poderem não articular esses sentimentos de forma verbal. Talvez seja surpreendente, mas não são raras alucinações auditivas congruentes com humor em crianças pequenas com depressão.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”2_3,1_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
Quem é mais vulnerável à Depressão?
Algumas pessoas são mais suscetíveis à Depressão que outras, tal como ocorre com qualquer outra doença. Além disso, a Depressão resulta de uma combinação de múltiplos fatores e não de apenas uma causa.
De modo geral, as tensões da vida cotidiana agravadas pelo panorama existencial próprio da adolescência, são importantes fatores que contribuem para o aparecimento da Depressão nos jovens. O medo do fracasso, a discriminação da faixa etária e a pressão para realizar inúmeras tarefas podem contribuir para o aparecimento da Depressão.
Os fatores genéticos têm importante papel no desenvolvimento de Depressão. A ocorrência de Depressão é muito mais freqüente nas pessoas que têm familiares também com transtornos depressivos. Além disso, atualmente as pesquisas concentram-se principalmente na área bioquímica da Depressão.
Além da situação existencial favorecedora da Depressão nos adolescentes, acredita-se também que os transtornos afetivos possam ser causados por um desequilíbrio de substâncias químicas cerebrais denominadas neurotransmissores, notadamente três deles; a noradrenalina, dopamina e, principalmente, a serotonina. Além disso, os neuroreceptores também desempenham importante papel no estado depressivo.
Muitos jovens deprimidos podem se beneficiar de um programa de tratamento adequado. O primeiro passo, evidentemente, é procurar a experiência de um profissional capacitado para diagnóstico, aconselhamento, tratamento e ajuda. Juntamente com o adolescente, os familiares e o médico podem chegar a uma decisão sobre o tipo mais adequado tratamento para o paciente.
Para alguns adolescentes, o aconselhamento pode ser a única terapia necessária. Muitas vezes o tratamento medicamentoso é indispensável mas, mesmo com ele, o aconselhamento que envolve o adolescente e sua família é bastante benéfico. Existem vários antidepressivos eficazes que podem ser utilizados no tratamento da Depressão na adolescência, especialmente nos casos mais graves.
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” text_font_size=”13px”]
A adolescência, pode ser um período particularmente rico em possibilidades desestabilizadoras, momentos de indefinições diversas no campo sexual, profissional, familiar.
Entre tantos conflitos e incertezas o adolescente se depara com questões que não tem condição de responder positivamente.
Esse período de dúvidas no campo ético, motal, social, sexual, pessoal acabam determinando sofrimento psíquico e a eclosão de quadros psicopatológicos. Além da depressão é bastante comum o TOC.
A tarefa inerente ao homem moderno de apresentar-se como um sujeito singular se inicia na juventude, quando o adolescente é compelido a assumir suas opções frente às diversas exigências próprias à sua inclusão no mundo adulto.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
Fatores de Riscos
Algumas situações, entre outras não listadas aqui, podem ser destacadas como agravantes dos riscos quanto à manutenção da saúde mental dos adolescentes:
– doenças crônicas que atinjam seu desenvolvimento físico e/ou mental, principalmente quando conduzem a longos períodos de hospitalização;
– gravidez precoce e não planejada;
– pais com severos transtornos mentais, incluindo alcoolismo e depressão de longa duração, além de transtornos psicóticos;
– um transtorno do humor na adolescência pode ser complicado pelo uso de álcool ou de drogas. Um estudo relatou que em até 17% dos jovens com transtorno depressivo havia abuso de substância.
– convivência com situação de violência, doméstica ou comunitária, como vítimas diretas de abusos ou maus-tratos, ou como testemunhas freqüentes de ocorrências violentas;
– situação de ruptura ou de enfraquecimento de vínculos familiares que os conduzam a viver constantemente nas vias públicas sem os cuidados de adultos idôneos;
– envolvimento precoce e/ou abusivo com álcool, tabaco ou outras drogas psicoativas, lícitas ou ilícitas;
– agravos produzidos por trabalho precoce e/ou nocivo ao seu desenvolvimento psicossocial;
– envolvimento em situações ilícitas e/ou violentas resultantes de associação com grupos criminosos.
Adolescentes que dormem tarde têm maior risco de depressão
Recente pesquisa realizada em Nova Iorque mostrou que o fato de ir para cama mais cedo protege os adolescentes contra a depressão e pensamentos suicidas. Dos 15.500 adolescentes com idade entre 12 e 18 anos estudados, aqueles que costumavam ir para a cama depois da meia noite mostraram chances de ter depressão 24% maiores que os adolescentes que foram dormir por volta das 22 horas. Os adolescentes que dormiam menos de cinco horas por noite têm um risco de depressão 71% maior do que aqueles que dormiam oito horas.
Estima-se que 80.000 crianças e jovens do Reino Unido tenham depressão. EmNova York, pesquisadores da Columbia University Medical Center analisaram dados de 15.500 adolescentes selecionados em 1990. Um em cada 15 dessas pessoas estudadas preencheu critérios para depressão.
Em relação aos pensamentos suicidas aqueles que iam para a cama depois da meia-noite tinham 20% mais propensão à essas idéias do que aqueles cujo horário de dormir era 22 horas ou antes. Aqueles que tinham menos de cinco horas de sono por noite tinham um risco 48% maior de pensamentos suicidas em comparação com quem tinha oito horas de sono.
O chefe do estudo, James Gangwisch, disse ainda ser possível que jovens com depressão lutassem mais contra a idéia de dormir. Isso pode sugerir uma idéia contraria, ou seja, não apenas o dormir pouco favorece a depressão como a depressão proporciona a falta de sono. Como uma espécie de círculo vicioso, ele disse que a falta de sono pode afetar as respostas emocionais do cérebro e levar ao mau humor, prejudicando a capacidade de lidar com o estresse diário.
Este mau humor pode afetar ainda o julgamento, a concentração e o controle de impulsos. O exercício físico regular e a adequada qualidade do sono poderia ser uma medida preventiva contra a depressão das crianças e adolescentes, juntamente com um tratamento específico para a depressão dos casos com diagnóstico formado, acrescentou.
Sarah Brennan, executivo-chefe doYoung Minds, uma entidade assistencial em saúde mental, disse que dormir o suficiente, boa alimentação e exercícios físicos regulares são essenciais para ficar emocionalmente saudável. Fornecer os pais informações sobre essas questões podem ajudar muito os adolescente evitarem graves condições de saúde mental. Fonte:BBC .
Ballone GJ – Depressão na Adolescência – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.net, revisto em 2018.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]