[et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
Em todos quadros onde há dificuldade no controle dos impulsos as pessoas acabam desenvolvendo comportamentos compulsivos, repetitivos, com o objetivo de aliviar pensamentos obsessivos desconfortáveis.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”3_5,2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”]Comportamentos Compulsivos
Comportamentos Compulsivos são também chamados de Comportamentos Aditivos. São hábitos aprendidos e seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade ou de angústia. São hábitos mal adaptativos que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente.
Diz-se que esses Comportamentos Compulsivos são mal adaptativos porque, apesar do objetivo de proporcionar algum alívio de tensões emocionais momentâneas, normalmente não se adaptam ao bem estar mental geral, ao conforto físico e à adaptação global. Eles se caracterizam por serem repetitivos e por se apresentarem de forma frequente e excessiva.
A gratificação que segue ao ato, seja ela o prazer ou alívio do desprazer, reforça a pessoa a repeti-lo, mas com tempo, depois desse alívio imediato, segue-se uma sensação negativa, um arrependimento por não ter resistido ao impulso de realizá-lo. Mesmo assim a gratificação inicial (ou reforço positivo) permanece mais forte e levando a repetição.
Exemplos:
1 – Se a pessoa é acometida pela ideia, contra sua vontade, de que está se contaminando através de alguma sujeita ou germes nas mãos, terá pronto alívio ao lavar as mãos. Entretanto, se tiver que lavar as mãos 40 vezes por dia, ao invés de facilitar a adaptação, tal atitude acaba por levar a um esgotamento.
2 – Se a pessoa é acometida pela ideia de que seus pais sofrerão algum acidente fatal, conseguirá alívio da angústia gerada por esses pensamentos se, por exemplo, bater 3 vezes na madeira… Mas se tiver que bater na madeira 40 vezes por dia, ao invés de aliviar, tal atitude acaba por constranger e frustrar.
3 – Se a pessoa tem um pensamento incômodo de que aquilo que acabou de comer poderá engordá-la, terá alívio dessa sensação provocando o vômito, ou tomando laxantes…. e assim por diante
O Transtorno Obsessivo-compulsivo – TOC – está dentro dos Comportamentos Compulsivos?
Atualmente há uma tendência em se agrupar os transtornos emocionais que tenham em comum o comprometimento do controle da vontade (volição) ou, consequentemente, o controle dos impulsos. Dessa forma, algumas síndromes em psiquiatria podem, a partir de grupos de sintomas afins, ser classificadas como doenças com características neurobiológicas e genéticas semelhantes.
A ideia de comportamentos repetitivos, bem sistematizada por Eric Hollander, é de que os transtornos que acometem predominantemente a área da vontade (volição) ou controle dos impulsos e se manifestam por comportamentos compulsivos e impulsivos, podem ser agrupadas em um mesmo tronco patológico. Seriam os Transtornos do Espectro Impulsivo-Compulsivo.
Dentro dos comportamentos compulsivos teríamos, além do Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC), aqueles relacionados ao Transtorno do Esquema Corporal, ou Transtorno Dismórfico Corporal, como por exemplo a Anorexia Nervosa, a Bulimia, Vigorexia e a Hipocondria. Pessoas com esses transtornos teriam uma falsa imagem do próprio corpo, algumas achando que estão gordas (Anorexia e Bulimia), outras achando que não são fortes e perfeitos o suficiente (vigorexia) e outros ainda achando que parte de seu corpo adoece (hipocondria).
Por que ocorrem Comportamentos Compulsivos?
Não há uma causa bem estabelecida para os Comportamentos Compulsivos. Pode-se falar em vulnerabilidades e predisposições, seja de elementos familiares, tais como os hábitos consequentes à extrema insegurança e aprendidos no seio familiar, seja por razões individuais e relacionados às vivências do passado e a ao dinamismo psicológico pessoal, ou seja ainda por razões biológicas, de acordo com o funcionamento orgânico e mental.
Assim, Comportamentos Compulsivos ou Aditivos podem ser entendidos como atitudes (mal-adaptadas) de enfrentamento da ansiedade ou angústia com consequências físicas, psicológicas e sociais graves. Algumas pessoas apresentam comportamentos com caráter compulsivo, que levam a consequências negativas em suas vidas, como por exemplo, recorrer ao uso abusivo do álcool, das drogas, à fuga do convívio social, ao hábito intempestivo do vômito e às mais variadas atitudes.
Essas pessoas podem ainda comprar compulsivamente, sem levar em conta o saldo bancário, comer compulsivamente, mesmo quando não se tem fome, jogar, praticar atividades físicas em excesso, etc.
Quais as complicações dos Comportamentos Compulsivos?
Normalmente nesse tipo de problema, considerados como Transtornos do Espectro Impulsivo-Compulsivo, a pessoa acaba se tornando dependente dessas atitudes, as quais ocupam um espaço importante em seu cotidiano. Em alguns casos ocorrem danos físicos, como na Vigorexia, que precisa malhar (exageradamente) todos os dias e por longas horas, ou lesões na pele das mãos devido aos rituais de se lavar continuadamente, ou auto-escoriações, ou calvície devido à tricotilomania, ou desnutrição quando a compulsão é por vômitos (Bulimia) e assim por diante.
Normalmente essas pessoas sentem desconforto emocional se não realizarem tais comportamentos compulsivos. Socialmente a ocorrência de tais comportamentos pode resultar em prejuízo no trabalho, na conclusão de tarefas, na liberdade em sair de casa ou na vergonha diante de outras pessoas, etc.
A repetição desses comportamentos e o aumento gradual da frequência deles acabam caracterizando um verdadeiro processo de dependência ou submissão total às compulsões. É assim que se busca alívio da angústia e ansiedade decorrentes de pensamentos incômodos através da realização de comportamentos compulsivos.
Didaticamente, pode existir uma grande semelhança entre Comportamentos Compulsivos e dependência química. Há importante semelhança entre a angústia provocada pela falta, tanto dos Comportamentos Compulsivos, quanto das substância de dependência. Há semelhanças dos sintomas da abstinência de ambas, tais como tremores, sudorese, taquicardia, etc. É assim que, por exemplo, o comportamento do jogo compulsivo (ou patológico) tem praticamente a mesma motivação que o uso da droga, ou do álcool, da cocaína e outras substâncias psicoativas.
Quando os Comportamentos Compulsivos precisam de tratamento?
Normalmente os Comportamentos Compulsivos precisam de tratamento quando trazem, como consequências, prejuízos significativos à vida da pessoa ou ao seu entorno sociofamiliar.
Compulsões ou Comportamentos Compulsivos
As compulsões são verdadeiros rituais, ou seja, são comportamentos repetitivos ou atitudes mentais ruminantes que a pessoa se sente compelida a executar para diminuir ou eliminar a ansiedade ou aliviar os pensamentos obsessivos. Normalmente esses comportamentos compulsivos devem obedecer certas regras que devem ser seguidas rigidamente (DSM V).
As compulsões mais comuns são: lavar as mãos repetidas vezes para proteger-se de germes; verificar repetidamente, por exemplo a porta, as janelas, gás, fogão; alinhar simetricamente os objetos; acumular ou armazenar objetos sem utilidade; repetições diversas, como tocar, olhar fixamente, bater de leve, pisar com pé direito, etc.
As compulsões também podem ser atitudes mentais, como por exemplo, contar, rezar, repetir palavras ou frases mentalmente, repassar argumentos mentalmente, substituir imagens ou pensamentos “ruins” por imagens ou pensamentos “bons”. As compulsões mentais são executadas com a finalidade de afastar uma ameaça, eliminar a ansiedade, medo ou desconforto.
As compulsões podem fazer parte também de outros transtornos psiquiátricos, como comer compulsivo, transtornos do controle de impulsos, outros impulsos como arrancar cabelos, roer unhas, escoriar-se, compulsões por comprar, adição a drogas ou álcool, jogo patológico. Nesses casos não são executadas em razão de medos ou para afastar uma ameaça, mas para obter prazer ou satisfação.
Colecionismo ou Acumulação. O hábito de juntar tranqueiras
Chama-se colecionismo a grande dificuldade ou incapacidade de descartar objetos usados e/ou inúteis, mesmo se não tiverem valor sentimental. Trata-se de uma atitude compulsiva, portanto, intimamente relacionada aos transtornos do espectro obsessivo-compulsivo. O estudo neurofisiológico desse comportamento favorece hipóteses sobre neurocircuitos dopaminérgicos especificamente relacionados ao colecionismo
Além dos transtornos obsessivos o colecionismo pode estar presente também em outras patologias, como por exemplo, na Demência, onde os pacientes têm extrema dificuldade para descartar objetos. Alguns pesquisadores defendem a ideia de que, em casos específicos, o colecionismo deveria ser considerado uma patologia própria e não um sintoma – seria o chamado colecionismo patológico.
Compulsão por internet
Também chamada de adição de internet. As pessoas com isso passam quase todas as horas em que estão acordadas diante do computador. Seus padrões de uso são repetitivos e constantes e elas são incapazes de resistir ao forte ímpeto de usar o computador ou “navegar na rede”. Aditos de internet podem se dirigir a certos sites que preencham necessidades específicas, como p.ex., compras, sexo, jogos interativos, entre outros.
No DSM-5, há uma condição proposta para estudos mais aprofundados chamada de Transtorno do Jogo pela Internet que se refere às pessoas que usam a internet continuamente para jogar, de um modo que interfira em suas relações sociais e seu desempenho no trabalho. O transtorno não precisa se limitar a jogos e outras atividades podem estar envolvidas.
Uso e abuso de internet. Websites e organizações oferecem oportunidades para pessoas com interesses semelhantes de se encontrarem e iniciarem relacionamentos. A internet tem sido útil para a formação de casais, com milhões de inscritos em serviços de namoro.
As pessoas encontram-se na internet, apaixonam-se e muitas até se casam. Durante esse processo, certa falsificação dos fatos não é incomum. Em Second Life e jogos semelhantes, espera-se certa invenção criativa das identidades. Isso pode se tornar problemático, podendo ser chamado de “abuso” de diversas maneiras.
Algumas pessoa se tornam vítimas da internet. O suicídio de um adolescente após ler inverdades digitadas pela mãe maliciosa de um colega (cyber- bullying) inspirou leis para criminalizar tal comportamento. O roubo de identidade na internet também está ocorrendo em grandes proporções. Um problema pouco relatado, mas em franca expansão, é o roubo de identidade médica, mais difícil de detectar e remediar, com frequência exigindo a correção minuciosa dos registros.
.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
Comprar compulsivo
Quando a compulsão por comprar se apresenta de forma severa, ela se torna uma doença psicológica chamada Oniomania. O transtorno deste descontrole dos impulsos atinge cerca de 3% da população.
Os portadores da Oniomania ou compradores compulsivos frequentemente não conseguem resistir à tentação de comprar. Chegam a não pagar contas essenciais para gastar com supérfluos.
Entre os comportamentos mais comuns dos portadores de comprar compulsivo (shopaholic) estão: esconder as compras da família ou do parceiro; mentir sobre a quantidade verdadeira de dinheiro gasto em compras; gastar em resposta a sentimentos negativos como depressão ou tédio; sentir euforia ou ansiedade durante a realização das compras; culpa, vergonha ou rebaixamento da autoestima devido às compras excessivas; se dedicar muito tempo fazendo “malabarismos” com as contas ou com as dívidas para acomodar os gastos; atração incontrolável por cartões de créditos e cheques especiais.
Uma pessoa só é considerada um consumidor compulsivo se é incapaz de controlar o desejo de comprar e quando os gastos frequentes e excessivos interferirem de modo importante em vários aspectos de sua vida. Antes de do ato de comprar e do qual não tem controle, é comum o compulsivo apresentar ansiedade. Já durante a execução do ato, experimenta sensações de prazer e gratificação.
Por outro lado, quando esses pacientes são impedidos de comprar costumam relatar sensações de angústia, frustração e irritabilidade.
A maioria apresenta culpa, vergonha ou algum tipo de remorso ao término do ato. As compras compulsivas podem levar a sérios problemas psicológicos, ocupacionais, financeiros e familiares que incluem a depressão, enormes dívidas e graves problemas nas relações amorosas.
O comprador compulsivo consome pelo prazer de consumir e não pela real necessidade do objeto. O descontrole é sem limites. Pode-se comparar as compulsões por compras e as dependências químicas.
Compulsão por celulares
Algumas pessoas usam celulares compulsivamente. Elas justificam sua necessidade de entrar em contato dando razões plausíveis para a ligação, mas conflitos subjacentes podem ser expressos no comportamento, como medo de ficar sozinho, desinformado, necessidade de participar de tudo o que esteja ocorrendo com seus pares, satisfazer um desejo em direção a outra pessoa, como p. ex., “eu só quero saber se está tudo bem com você”.
Tipos de Comportamentos Compulsivos
1 – Jogar Compulsivo (ou Patológico)
A característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento mal adaptativo de jogo, recorrente e persistente que perturba os empreendimentos pessoais, familiares e/ou ocupacionais. A pessoa com esse transtorno pode manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a próxima jogada ou pensar em modos de obter dinheiro para jogar.
A maioria das pessoas com Jogo Patológico afirma que está mais em busca de ação do que de dinheiro e, por causa dessa busca de ação, apostas ou riscos cada vez maiores podem ser necessários para continuar produzindo o nível de excitação desejado. Os indivíduos com Jogo Patológico continuam jogando, apesar de repetidos esforços no sentido de controlar, reduzir ou cessar o comportamento.
Através do reforço emocional intermitente, onde ganhar é um reforço positivo imediato e perder é “apenas” uma circunstância aleatória, o indivíduo apresenta o comportamento compulsivo de jogar.
Está sempre na expectativa de ganhar, como pode ter acontecido anteriormente. Existe ainda uma sensação especial no comportamento de risco, o que ocupa a mente do jogador fazendo que passe a repetir o comportamento (dependência).
O jogo pode tornar-se uma grande fonte de prazer, ou a única forma de prazer para algumas pessoas. O jogador compulsivo costuma se tornar inconsequente, gastando aquilo que não tem, perdendo a noção de realidade. A síndrome de abstinência pode estar presente.
2 – Atividade Física Compulsiva (Vigorexia)
As pessoas das sociedades ditas civilizadas se submetem aos padrões de beleza naturalmente, sem nenhum problema. Entretanto, quando a pessoa se escraviza obsessivamente em busca do corpo perfeito, da saúde perfeita pode ser indício de um Comportamento Compulsivo.
É cultural que o ser humano moderno esteja preocupado com seu corpo, porém, é saudável que esta preocupação não se converta em uma obsessão. Concomitante, essa dinâmica em busca do corpo perfeito pode gerar alguns complexos, como por exemplo, de ser feio ou estar em desacordo com os padrões desejáveis. A observância obsessiva de medidas, detalhes, gordurinhas e afins pode determinar verdadeiras compulsão pelo comportamento ideal, quase ficcioso. É a chamada vigorexia.
Inicialmente, em nível normal, a atividade física pode proporcionar prazer, relaxar, fazer com que a pessoa se sinta mais saudável e bonita. Este comportamento libera substâncias em nosso cérebro responsáveis pelo prazer e bem-estar (serotonina, prostaglandinas, endorfinas).
Quando isso se transforma em Comportamento Compulsivo, exercitar-se em excesso poderá resultar em prejuízo físico, atingindo as articulações, aparelho respiratório e o coração. O Comportamento Compulsivo pode ainda comprometer a realização satisfatória de outras atividades na vida da pessoa.A Atividade Física Compulsiva deve ser considerada um transtorno do espectro obsessivo-compulsivo, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela flagrante distorção do esquema corporal que essas pessoas podem experimentar.
3 – Comprar Compulsivo (Shopaholic)
Assim como os demais Comportamentos Compulsivos ou aditivos, o comprador compulsivo é, praticamente, um dependente do comportamento de comprar, precisando fazê-lo sem limites para se sentir bem, pelo menos sentir-se bem naquele momento. Geralmente depois da compra compulsiva a pessoa pode arrepender-se.
O(a) comprador(a) compulsivo(a) acaba por consumir coisas pelo simples fato de consumir e não mais pela necessidade do objeto que é consumido. Ir ao shopping sem realizar algumas compras parece tornar-se quase impossível. Muitas vezes sente-se culpado, porém, como em qualquer comportamento aditivo, o mais comum é perder o controle da situação.
É fundamental fazer a diferença entre o simples hábito pelas compras do Comportamento Compulsivo às compras. “Os hábitos de consumo são mais emocionais que racionais“. O professor esclarece que comprar por impulso, mas não por compulsão, é adquirir um bem por sentir uma atração instantânea pelo produto, seja por causa da embalagem, do preço ou do apelo publicitário.
Essas pessoas impulsivas pelas compras cometem as pequenas loucuras que se cometem ao passar pelas gôndolas de supermercados. Já o compulsivo vai às compras como um viciado que sai de casa para jogar ou em busca das drogas, e a compulsão acaba sendo uma atitude que exclui logo o prazer pela aquisição do novo produto.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”3_5,2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”]4 – Trabalhar Compulsivo (Workaholic)
Com o objetivo de vencer profissionalmente, ganhar dinheiro, sobressair-se socialmente, tem sido fortemente recomendado e validado pelo sistema cultural que a pessoa procure dar o melhor de si trabalhando. O trabalho pode ser utilizado como uma ocupação mental capaz de tomar o espaço de outros sentimentos ou pensamentos mais difíceis de serem vivenciados. Algumas vezes a ocupação compulsiva funciona como uma forma de esconder-se, fugir ou não ter que sentir ou pensar em outros problemas, enfim, quando alivia a angústia da vida de relação, trabalhar pode tornar-se compulsivo, constante, enfim aditivo.
Neste caso, o trabalho perde sua característica natural e desejável, passando a ser prejudicial ao bem estar físico, familiar, psicológico e social da pessoa. Na compulsão pelo trabalho a pessoa vai de casa para o trabalho, do trabalho para a casa, excluindo de sua vida as opções do lazer, as pausas nos finais de semana, o convívio descontraído com a família, etc.
A pessoa com compulsão pelo trabalho frequentemente exige dos outros o mesmo ritmo que tem para si, costuma ser muito critica acerca dos demais, exige de todos perfeição, dedicação e devoção ao trabalho, tal como elas próprias fariam. Nem sempre a pessoa compulsiva para o Trabalho sofre com sua situação. Trata-se de uma situação egosintônica.
Normalmente essas pessoas são severas, isoladas, inflexíveis, perfeccionistas, amargas e exageradamente realistas. Por causa dessas características os workaholics racionalizam tudo na vida, ocultam seus próprios sentimentos, têm um contato mínimo com eles próprios e mantêm abafados seus conflitos íntimos.
Para essas pessoas o trabalho é seu escudo protetor e, melhor que isso, uma atitude fortemente enaltecida pelos valores sociais. Mas, na realidade, embora o workaholic defenda sua maneira de ser como absolutamente correta, ele pode ser insatisfeito consigo mesmo. Na verdade, toda essa voracidade para o trabalho pode estar aliviando sentimentos de angústia por se acreditar um pai omisso ou uma mãe ausente, um companheiro fugidio, etc.
5 – Transtornos Alimentares; Comer Compulsivo (Binge-Eating)
Os Transtornos Alimentares constituem uma verdadeira “epidemia” que assola sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Vivemos em uma sociedade na qual existe o culto da magreza, muitas vezes tida como “corpo perfeito”. Assim, comer, um comportamento considerado universalmente prazeroso, torna-se alvo de restrição e preocupação quase fóbica de muitas pessoas. Como usufruir deste prazer sem sentir-se fora dos padrões sociais de saúde e beleza?
Quais serão os sintomas dessa epidemia emocional? De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas portadoras dessas patologias se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo. Na realidade, trata-se de uma “epidemia de culto ao corpo“. Essa “epidemia” se multiplica numa população patologicamente preocupada com a perfeição do corpo e que está sendo afetada por alterações psíquicas caracterizadas por distúrbios na representação pessoal do esquema corporal. Os Transtornos Alimentares são cada vez mais frequente e já alarma especialistas médicos, sociólogos, autoridades sanitárias.
Essa busca obsessiva da perfeição do corpo tem várias formas de se manifestar e, algumas delas, diferem notavelmente entre si. Os Transtornos Alimentares mais tradicionais são a Anorexia e Bulimia nervosas mas, não obstante, existem outros que se estimulam e desenvolvem na denominada “cultura do esbelto”.
Os Transtornos Alimentares compartilham alguns sintomas em comum, tais como, desejar uma imagem corporal perfeita e favorecer uma distorção da realidade diante do espelho. Ser fisicamente perfeito tem sido um dos objetivos principais (e estupidamente frívolos) das sociedades desenvolvidas nas últimas décadas. É uma meta imposta por modelos de vida nos quais o aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de sucesso, felicidade e, inclusive, saúde.
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]
Orientações que poderiam ajudar a quem tem TOC – este material consta da página de ASTOC
Muitas pessoas da família se sentem frustradas e confusas perante os sintomas do TOC. Não sabem como ajudar. Se você tem alguém na família, ou um amigo com TOC, a sua tarefa primeira e mais importante é aprender o máximo possível sobre o transtorno, suas causas, seu tratamento. Ao mesmo tempo, deve se certificar que a pessoa com o TOC tem acesso às informações sobre a doença.
Ajudar o doente a compreender que existem tratamentos úteis já é um grande passo em direção à sua recuperação. Quando uma pessoa com TOC se recusa a receber tratamento a família se vê em dificuldades. Continue oferecendo material educativo. Em alguns casos, pode ser útil fazer uma reunião de família e discutir o problema, como se faz quando existe um problema de alcoolismo e a pessoa não quer se tratar.
Os problemas familiares não provocam TOC, mas a maneira das famílias reagirem aos sintomas poderá afetar o curso da doença, assim como os sintomas podem provocar grandes perturbações e problemas na família. Os rituais de TOC podem acorrentar sem piedade os membros da família, e às vezes é necessário que todos acompanhem o paciente na psicoterapia.
O terapeuta pode ajudar os membros da família a aprenderem como se desvencilhar dos rituais, passo a passo e com o consentimento do paciente. Uma interrupção abrupta da participação nos rituais do TOC, sem o consentimento do paciente, rara vez ajuda, uma vez que nem o paciente nem a família sabem como lidar com a angústia decorrente do fato.
A recusa em participar dos rituais não ajuda os que apresentam sintomas ocultos e, o que é mais importante, não ajuda o paciente a aprender uma estratégia de vida, para lidar com seus sintomas de TOC a longo prazo.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”1_3,2_3″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”1_3″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][/et_pb_column][et_pb_column type=”2_3″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]para referir:
Ballone GJ – Compulsões. in. PsiqWeb, Internet – disponível em http://www.psiqweb.net, 2020