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Muita coisa evoluiu na área da oncologia, porém, o comportamento social continua o mesmo: a doença é vista como algo quase pecaminoso e que deve ser escondido. Essa atitude deve mudar e o medo paralisante da doença deve dar lugar a uma postura correta de prevenção e tratamento precoce.
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É difícil alguém estar realmente preparado para o diagnóstico de câncer e quando isso acontece a primeira atitude é de negação. Normalmente as pessoas custam muito a acreditar que este diagnóstico, culturalmente temido, esteja acontecendo exatamente com elas. Muitos pacientes duvidam que estejam lhes dizendo a verdade e essa situação é um momento de grande angústia, sensação de vazio e abandono, onde a introspecção proporciona uma revisão da escala de valores e da vida em geral.
Posteriormente surge o medo, medo de morrer, medo de deixar pessoas queridas, de abandonar projetos futuros. Há uma forte angústia diante da possibilidade da dependência dos outros e do sofrimento futuro, quer pela doença, quer pelas consequências do tratamento. Mas todos esses sentimentos devem ser reavaliados ou orientados por profissionais de forma a minimizar os efeitos das crenças e preconceitos.
Em geral as pessoas acreditam que câncer é sinônimo de sofrimento e morte. Dessa forma, o câncer e seus tratamentos constituem uma fonte de estresse capaz de desencadear desordens de ajustamento emocional, problemas somáticos e sociais. Há trabalhos sobre o desenvolvimento de sintomas somáticos associados às preocupações emocionais e sociais relacionados à idéia do câncer, mais do que sintomas devidos ao câncer propriamente dito.
No entando, estudos sobre os aspectos clínicos e terapêuticas referentes a 895 casos de câncer de língua tratados no Hospital do Câncer A.C. Camargo, mostram que as chances de cura para os pacientes atendidos na década de 1980 foram 40% maiores do que as dos pacientes tratados nas décadas de 50 e 60. Isto significa que atualmente, décadas depois desse estudo, os pacientes podem esperar possibilidades de cura muito maiores, principalmente em função dos significativos progressos científicos e tecnológicos que ocorreram nas áreas de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
A experiência clínica comprova frequentemente que as manifestações iniciais do câncer permanecem latentes ou estacionárias por longo tempo antes de manifestar-se morbidamente. Felizmente isso dá oportunidade à intervenção terapêutica precoce, pois, as atuais possibilidades da medicina permitem afirmar que o câncer é curável se tratado no início.
Por conta do prognóstico progressivamente mais otimista os médicos devem se preocupar sempre em identificar e estimular condições que facilitem a adaptação de seus pacientes, tais como o tratamento psicológico, o qual será, pelo menos, em alguma extensão sempre benéfico. Em se tratando do diagnóstico de câncer é muito importante deixar claro os significados dos termos Pesar e Pena. Essas expressões estarão presentes de forma variada nos familiares de pacientes com câncer e são termos usados frequentemente com diferentes intenções (Rando).
Mesmo atualmente, com perspectivas cada vez mais otimistas, o impacto do diagnóstico de câncer é sempre chocante, assim como o é qualquer outra notícia ruim, mas a informação criteriosa e adequada dada pelo médico especialista pode facilitar muito a aceitação pelo paciente, além de diminui a desconfiança, as idéias distorcidas ou o que é pior, informações obtidas a partir de pessoas leigas que, via de regra, viram ou ouviram falar de casos assim e assados, bem ou mal sucedidos.
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Decisões no Câncer
Os cuidados à uma pessoa com câncer começam depois do diagnóstico e depois dos sintomas se manifestarem . Esses cuidados continuam até que o paciente se cure, que a doença entre em remissão ou, infelizmente, que venha o óbito. As decisões que afetam a etapa final da vida devem ser tomadas com antecedência, antes mesmo de serem necessárias e antes também que o paciente não tenha mais condições de opinar sobre elas.
Essas questões não são nem um pouco agradáveis ou fáceis de se lidar, mas são absolutamente necessárias. As reflexões sobre apoio e cuidado aos pacientes com câncer podem esbarrar em alguma consideração filosófica, moral, religioso ou espiritual do paciente e de sua família.
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Câncer e medo de ter câncer: o que é pior?
O câncer e seus tratamentos constituem sempre uma significativa fonte de estresse e isso pode desencadear desordens de ajustamento emocional nos pacientes. As queixas de sintomas físicos dos pacientes com câncer são quase sempre associadas à seus transtornos emocionais, geralmente muito mais do que ao seu estado geral de saúde.
A equipe responsável pelo paciente oncológico deve compreender a dinâmica envolvida no binômio família-paciente, bem como conhecer a influência dos fatores psicossociais.
O prejuízo no suporte psicossocial da família priva os pacientes do conforto, do amor, do suporte e companheirismo que eles precisarão através do curso da sua doença. Os médicos devem ser capazes de identificar e estimular circunstâncias que facilitem o processo de adaptação de seus pacientes.
A questão dinâmica envolvida no câncer pode tornar-se um perigoso círculo vicioso. O diagnóstico e o medo da doença proporcionam estresse e transtornos emocionais e estes, por sua vez, podem comprometer significativamente a imunidade e evolução da doença.
As chances de cura para os pacientes com câncer atualmente são muito maiores do que aquelas dos pacientes tratados há 5 ou 6 décadas. O prognóstico para essa doença cada vez mais otimista deve-se aos significativos progressos científicos e tecnológicos que ocorreram nas áreas de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
O panorama atual deve mudar as perspectivas relacionadas ao câncer, o qual deve ser visto como uma doença grave, mas para a qual existe tratamento e que quanto mais precoce for realizado, maiores chances de cura trará.
A atitude evitativa e de verdadeira negação da doença deve mudar com o tempo. O medo descomunal da doença deve dar lugar a uma atitude correta de prevenção.
Muitas vezes o pavor paralisante associado à doença impede o paciente de procurar atendimento profissional adequado e precoce. Ao mesmo tempo, tal medo não faz com que o paciente modifique imediatamente o hábito de vida eventualmente relacionado ao câncer, como fumo, álcool, falta de exames preventivos de rotina, etc.
A prevenção do câncer é perfeitamente possível, mas exige ação, tanto dos pacientes, como dos profissionais, para não falar do governo.
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Pesar
Pesar é o sentimento que surge como reação ao fato de ter sofrido uma perda. Este sentimento identifica a situação específica da pessoa que tenha experimentado uma determinada perda (Corr), portanto, o Pesar é uma reação emocional específica a este determinado “objeto”.
A percepção da perda desencadeia uma quantidade de emoções, experiências e mudanças na vida psíquica da pessoa. A duração desse estado depende da intensidade da relação afetiva com o objeto perdido, nesse caso com a pessoa que morreu. É bom sublinhar que o Pesar tem também um aspecto antecipatório, ou seja, supõe o aparecimento de emoções e sentimentos antecipadamente à perda (vai morrer) ou diante da perspectiva de vir acontecer.
Pena
A Pena é o processo normal de reação emocional à percepção ou forte indício de uma perda. As reações de Pena podem ser vistas nas respostas às perdas básicas ou tangíveis, como por exemplo a morte, ou a perdas abstratas e psicossociais, como por exemplo o divórcio, o emprego, etc.
Cada tipo de perda implica experimentar algum tipo de falta ou privação. Durante o processo que atravessa uma família que vivencia o câncer, se experimentam várias perdas e cada uma gera sua própria reação. As reações de Pena podem ser psicológicas, físicas, sociais e conflitos emocionais.
As reações psicológicas diante da pena podem incluir a raiva, mágoa, culpa, ansiedade e tristeza. As reações físicas incluem dificuldade para dormir, mudanças no apetite, queixas ou doenças somáticas, enfim, sinais e sintomas relacionados ao Transtorno de Adaptação e Ajustamento.
As reações sociais incluem os sentimentos experimentados ao ter que cuidar de outros membros da família, o desejo de ver ou não a determinados amigos ou familiares (isolamento), ou o desejo de regressar rapidamente ao trabalho. Este processo depende do tipo de relação que se teve com a pessoa que morreu. Lindenmam faz notar cinco características para essas reações:
1. – aflição somática,
2. – preocupação com a imagem de morta,
3. – culpa,
4. – reações hostis, e
5. – perda da conduta normal.
O conflito emocional, seja ele consciente o inconsciente, pode ser relacionado também à resposta cultural à perda. O processo de incorporar a perda na vida afetiva contrapõe aquilo que queremos com aquilo que devemos e aquilo que conseguimos de fato. O conflito é, por exemplo, a contraposição entre o fato de sabermos que a morte deve ser inevitável como decorrência normal de quem vive, mas mesmo assim não queremos que ela ocorra e, finalmente, nem conseguimos que a realidade dos fatos atenda essa condição desejada. Muitos outros conflitos, mais complexos que esse do exemplo, podem estar presentes diante da perda de um ente querido.
No chamado Processo da Pena se incluem três tarefas necessárias para que a pessoa volte a reintegrar-se à sua vida normal. Estas atividades incluem:
1. – liberar-se dos laços com a pessoa falecida,
2. – reajustar-se ao ambiente onde a pessoa falecida já não está e
3. – formar novas relações.
Liberar-se dos laços com a pessoa falecida implica em modificar a “energia emocional” (o tônus afetivo) investida na pessoa perdida. Isto não quer dizer, de forma alguma, que se tenha deixado de amar a pessoa desaparecida, mas que é possível dirigir os sentimentos e afetos a outros em busca de uma satisfação emocional.
A morte desperta com frequência evocações de perdas ou separações do passado. Bowlby descrevia três fases do processo de luto:
1. – tentativa de recuperar a pessoa perdida,
2. – desorganização e desespero e, finalmente,
3. – reorganização da vida.
Durante o processo de reajuste emocional e ambiental (reorganização da vida) tem-se que modificar as regras, os valores, a própria identidade e as habilidades para ajustar-se a um mundo onde o falecido já não está. Ao modificar a energia emocional, a energia que uma vez se concentrava na pessoa falecida agora se concentra em outras pessoas ou outras atividades. Esse esforço adaptativo costuma requerer muita energia física e emocional e, não é raro, as pessoas atravessam esse período experimentando uma fadiga avassaladora. Nessa fase, em se tratando de um estado depressivo ou mesmo um Transtorno de Ajustamento, pode estar indicado um tratamento psiquiátrico medicamentoso e/ou psicoterápico.
A experiência de Perda e Pesar não é somente pela pessoa que faleceu, mas também por todos os planos, idéias e fantasias que não se levaram a cabo com a pessoa desaparecida. De qualquer forma, os processos de Perda e Pesar fazem parte normal do universo existencial humano e são normais na medida em que sugerem às pessoas a necessidade apegarem-se a outras para favorecer a sobrevivência emocional e física ou reduzir o risco de dano.
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Lidando com as Fases da Doença Grave
Entender como outras pessoas enfrentam as doenças graves poderia ajudar ao paciente de câncer e sua família a preparar-se para lidar com suas próprias doenças. Pode-se dizer que a doença grave consta de quatro fases:
1. – a fase antes do diagnóstico,
2. – a fase aguda,
3. – a fase crônica, e
4. – a fase final de recuperação ou morte.
A primeira fase anterior ao diagnóstico é quando o paciente se da conta ou suspeita de que corre o risco de desenvolver uma doença grave como o câncer. Esta fase se estende por todo período em que a pessoa é submetida à exames e termina no momento em que recebe o diagnóstico.
A fase aguda sucede durante o diagnóstico, quando a pessoa se vê forçada a entender o diagnóstico e tem que tomar uma serie de decisões acerca de seu cuidado médico.
A fase crônica se define como o período entre o diagnóstico e os resultados do tratamento, quando então os pacientes tentam lidar com as demandas da vida cotidiana ao mesmo tempo em que recebem tratamento e tentam aceitar seus efeitos secundários.
Há alguns anos o período entre o diagnóstico de câncer e a morte era de alguns meses, geralmente passados no hospital. Entretanto, atualmente as pessoas podem viver muitos anos depois de receber um diagnóstico de câncer e de se submeterem a tratamento especializado. Frequentemente nem morrem desse câncer ora diagnosticado.
Em seguida vem a fase de recuperação, durante a qual, as pessoas têm que enfrentar os efeitos psicológicos, sociais, físicos, religiosos e monetários do câncer.
A fase final ou terminal de uma doença grave ocorre quando a morte se converte em algo iminente e evidente. Neste momento se alteram os objetivos e, ao invés de se tentar a cura ou prolongar a vida do paciente, os esforços se concentram em ajudar a pessoa a se sentir mais confortável e mais aliviada de sofrimentos. As tarefas durante esta fase final, com freqüência, se enfocam no aspecto religioso. Trata-se da medicina paliativa onde aliviar é objetivo principal.
Quando a etapa final caminha para a morte
Os cuidados à uma pessoa com câncer começam depois do diagnóstico, muitas vezes antes dos sintomas se manifestarem. Esses cuidados continuam até que o paciente se cure, entre em remissão ou faleça. As decisões que afetam a etapa final da vida devem tomar-se com antecipação, antes de que sejam necessárias e antes que o paciente não tenha condições de opinar sobre elas.
Estes temas não são nem um pouco agradáveis ou fáceis de tratar. Muitas vezes eles refletem o caráter filosófico, moral, religioso ou espiritual do paciente e de sua família. É importante favorecer ao paciente a comunicação de seus sentimentos sobre esses temas à equipe médica e aos familiares para que se possa levá-los a cabo. Não compete à equipe médica questionar assuntos de ordem filosófica, moral e religiosa cultuados pelo paciente.
Entretanto devido à natureza delicada dessas decisões, o que se observa na clínica cotidiana é que quase nunca esses temas são tratados pelo médico ou pelos familiares e, às vezes, nem pelo paciente. Este último costuma sentir-se constrangido em abordar os problemas sobre sua eventual morte.
Normalmente as pessoas envolvidas com a doença grave e o tratamento pensam que sempre haverá tempo para falar sobre essas coisas mais tarde, porém, quando chega o momento de tomar decisões, o paciente e a família não serão mais capazes de fazê-lo e quem acabará decidindo serão pessoas que, em alguns casos, nem conhecem os verdadeiros desejos do paciente.
O primeiro passo a dar, quando se precisa tomar decisões na etapa final da vida, é outorgar ao paciente ou a quem ele decidir, poderes (legais ou de fato) relacionados aos cuidados de sua saúde. Preferentemente o paciente deve ter o direito de decidir. No caso de não poder fazê-lo, deve poder escolher uma pessoa de sua confiança para tomar as decisões. Nos EUA existe um formulário chamado Health Care Proxy (HCP), através do qual se outorga um poder legal relacionado aos cuidados da saúde a quem quer que o paciente decida.
Também deve ser respeitada a vontade do paciente em casos especiais, como por exemplo, em relação às ordens para não ressuscitá-lo em situações específicas. Isso significa dar instruções aos médicos e outras pessoas cuidadoras para que não tomem medidas extremas com o propósito de prolongar a vida do paciente, no caso, por exemplo, do coração deixar de bater ou dele deixar de respirar. Quando esse tema for abordado e havendo vontade expressa do paciente, está será sempre soberana em relação às tentativas de ressucitamento.
É aconselhável que os pacientes com idéias claras e lúcidas sobre esses assuntos conversem com seus médicos e com as pessoas encarregadas de sua saúde antes de perder-se a faculdade plena de tomar decisões.
Apesar dos familiares e pacientes se sentirem usualmente incomodados com assuntos dessa natureza, os médicos e o pessoal da enfermagem não podem, de forma alguma, furtar-se dessa importante responsabilidade. Nos serviços que dispõem de apoio psicológico e/ou psiquiátrico, bem como de medicina paliativa, os profissionais dessas áreas podem prestar relevante ajuda nesses momentos.
Existem algumas propostas e alguns programas em vários países que dão a honrosa oportunidade dos pacientes poderem morre em suas casas. Essa é mais uma questão sobre a qual o paciente deve ser intensamente consultado.
As pessoas que se encontram em processo de morrer podem avançar para o final de sua vida de maneiras diferentes e a morte pode acontecer em um prazo curto ou prolongado. Em alguns casos o trajeto para morte pode pode prolongar-se durante anos, outras vezes pode ocorrer rapidamente. Em vítimas de acidente automobilístico, por exemplo, a fase crônica é curta ou nem existe. A trajetória do tipo altos e baixos, comumente observado em pacientes bastante graves, os quais podem apresentar melhoras rápidas e significativas para, em seguida, voltar a piorarem rapidamente e morrerem.
As mortes associadas aos casos graves de câncer têm processos longos, muitas vezes com dores e sofrimentos a longo prazo e perda do controle sobre as funciones mentais e corporais. As mortes por câncer se caracterizam por uma demanda física e mental à qual estão expostos tanto os pacientes como seus familiares, estendendo-se durante largos períodos de tempo.
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Medo paralisante ou apatia amotivacional
Nos dias de hoje o câncer deve ser visto como uma doença grave, mas para a qual existe tratamento e que quanto mais precoce for realizado, maior chance de cura trará.
Muita coisa evoluiu na área da oncologia, porém o comportamento social continua o mesmo, com a doença sendo vista como algo vergonhoso que deva ser escondido.
Essa atitude deve mudar e o medo paralisante da doença deve dar lugar a uma postura correta de prevenção.
Chamamos esse medo de paralisante porque ele impede o paciente de procurar atendimento profissional, mas ao mesmo tempo)ele não o impulsiona a deixar de usar as substâncias fortemente relacionadas ao aparecimento do câncer na boca, que são o fumo e o álcool.
A prevenção é possível e desejável, mas ela requer ação, tanto dos pacientes, como dos profissionais, para não falar do governo. Aí teríamos um caminho ainda mais longo a percorrer.
O câncer e seus tratamentos constituem uma fonte de estresse, capaz de desencadear desordens de ajustamento nestes indivíduos.
A mensuração da qualidade de vida deve ser incorporada aos estudos clínicos, porque a sua inclusão tende a melhorar as indicações terapêuticas.
Terapias Alternativas para o Câncer??
O Conselho Federal de Medicina condena o uso de Terapias Alternativas para o tratamento de casos de câncer.
O Conselho Federal de Medicina cuida da boa prática médica, o que significa zelar para que pacientes não corram riscos nem sejam submetidos a procedimentos que possam vir a agravar seus males. A proliferação das chamadas terapias alternativas vem preocupando o CFM há tempos.
Quase diariamente surgem novas práticas, muitas das quais usadas por charlatões que só podem ser consideradas como falsa medicina.
São terapias sem base científica, remédios miraculosos que não passaram por qualquer análise, práticas curandeiristicas que levam o procedimento médico de volta a Idade Média.
Praticamente, todas as chamadas terapias alternativas jogam com a credibilidade popular, com a crendice e a falta de informação que infelizmente atinge gravemente nossa sociedade.
Ao mesmo tempo, o uso dessas terapias por médicos fere o Código de Ética Médica e mancha a dignidade da categoria que tem, por obrigação moral, utilizar todos os meios científicos em favor da saúde dos pacientes.
Práticas sem comprovação de eficácia podem, ao contrário do que se acredita, agravar o estado do paciente, mascarar doenças ou provocar efeitos colaterais adversos. Cromoterapia, iridologia, florais de Bach, aromaterapia, fitoterapia e outras tantas práticas não têm, comprovadamente, nenhuma base científica. Não foram testadas e não se conhece os riscos a que submetem o paciente.
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Ainda sobre terapias alternativas
O Conselho Federal de Medicina não é o único a manifestar preocupação com o uso das terapias alternativas. Muitas associações médicas do Brasil e do mundo alertam para o perigo do uso dessas práticas. A comunidade científica deve fiscalizar bem de perto a chamada medicina alternativa.
Não pode haver dois tipos de medicina — a convencional, absolutamente vinculada aos avanços técnicos e aos métodos regulares e comprovados da pesquisa científica e uma outra medicina dita alternativa que não se preocupa com a lisura, empenho e técnica científica .
Os defensores das terapias alternativas têm por hábito citar testemunhos de pessoas que teriam sido beneficiadas com sua utilização, mas sempre relutam em testá-las cientificamente para comprovar que realmente funcionam. Fogem das pesquisas que obedecem a metodologia científica internacionalmente reconhecida.
Afirmativas, especulações e testemunhos de pessoas que não se consegue constatar ou confirmar cientificamente não são provas de eficácia e segurança.
Há necessidade de que se aceite cientificamente unicamente a terapia pesquisada e testada de acordo com os padrões internacionalmente recomendados.
A credibilidade das terapias alternativas se baseia no fato dos seres humanos gostarem sempre de receber notícias bombásticas, de preferência alguma coisa emancipada da dureza inexorável de uma realidade difícil de suportar. Este seria o mundo ideal, sempre cor de rosa, porém o mundo real é o que vivemos e é formado por alegrias, tristezas, vitórias, derrotas, saúde, doença, amor e desencontros, vida e morte.
Viver no mundo ideal é fácil e, portanto, sem méritos, diria até fútil, cheio de imaturidade.
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Imunidade e Doença Mental
As diferenças individuais no comportamento, nos estilos pessoais de enfrentamento dos conflitos, nos traços de personalidade e psicológicos podem acompanhar diferentes características imunológicas. Amkraut, em 1972, percebeu que ratos dotados de maior comportamento de luta espontânea mostravam maior resistência imunológica à indução de vírus tumorais. Kamen-Siegel constatou em idosos que um estilo pessimista em relação à vida se correlacionava com baixa imunidade.
De um modo geral, as anormalidades imunológicas que ocorrem junto com transtornos psicoemocionais devem ser dividido em dois grupos; aquelas associadas às desordens afetivas e aquelas associadas à esquizofrenia. Aparentemente, no caso das desordens afetivas (depressão) a baixa imunidade apareceria como conseqüência e, no caso da esquizofrenia, como causa ou comorbidade. De qualquer forma, a constatação da contribuição de processos imunológicos em doenças mentais e vice-versa é muito problemática.
Não obstante, desde a década de 1980 tem-se documentado muito bem elementos importantes entre funções imunológicas e depressão (Miller). Em casos de estados depressivos mais graves, a função dos Linfócitos T declina de uma forma idade-dependente. Isso significa que pessoas jovens e com testes psicológicos sugestivos de depressão não tiveram déficit no funcionamento de células T mas, pessoas mais velhas e com os mesmo resultados nesses testes para depressão, sofrem diminuição significativa da imunidade (idade-dependente).
A reativação de vírus latentes também pode ocorrer na depressão. Essas experiências forma mais comumente constatadas com o vírus do Herpes Simples. A depressão não é associada apenas à diminuição ou supressão da imunidade, mas também com sinais de ativação alterada do Sistema Imunológico. Essas alterações são o que ocorre nas chamadas Doenças Autoimunes. Também se constata que os tratamentos efetivos para a depressão costumam ser acompanhados, gradualmente, do retorno da normalidade imunológica.
Quanto às anormalidades imunológicas que se tem encontrado em pacientes com esquizofrenia, a situação é bastante ampla e diferente do que acontece na depressão. Alguns autores até chegaram a questionar se a esquizofrenia não poderia ter uma fisiopatologia autoimune (Henneberg).
Também tem havido várias opiniões sobre evidências da esquizofrenia ter uma origem viral ou pós-viral, o que faria com que ela tivesse uma forte influência imunológica. Na esquizofrenia haveria uma alteração nos níveis de um tipo de imunoglobulinas, constatáveis no soro e no líquido cefalorraquidiano dos pacientes (Kurstak). Mas essas informações são polêmicas e pouco coerentes.
Essa hiopótese da esquizofrenia como uma doença autoimune ainda é bastante polêmico. A idéia baseia-se em numerosos informes de anticorpos anticerebrais na sorologia de pacientes com esquizofrenia. Tais estudos foram iniciados há tempos por Fessel (1965), cuja iniciativa consistia em tentar reproduzir sintomas de esquizofrenia pela administração de injeções de imunoglobulinas de pacientes esquizofrênicos em macacos.
Apesar da predisposição genética e psicológica como fatores estimulantes da esquizofrenia, alguns trabalhos têm insistido na patologia imunológica dos neuroreceptores e neurotransmissores, ambos da serotonina e dopamina. Anticorpos poderiam atuar bloqueando ou estimulando esses receptores ou os próprios neurotransmissores, tal como ocorre nos casos de Miastenia Grave e na Doença de Graves, respectivamente. Na esquizofrenia postulava-se que um anticorpo poderia atuar como agonista do neurotransmissor dopamina (Tachibana).
Hirata-Hibi observou anormalidades morfológicas em linfócitos de muitos pacientes com esquizofrenia, particularmente naqueles com os chamados Sintomas Negativos da Esquizofrenia, além da constatação dessas alterações celulares em alguns membros de suas famílias.
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As crianças e o pesar pela morte de um ente querido.
A reação de uma criança pela morte de um ente querido pode ser muito diferente da reação das pessoas adultas. As crianças de idade pré-escolar acreditam que a morte é temporária e reversível; esta crença está reforçada pelos personagens em desenhos animados que “morrem e revivem” várias vezes.
As crianças entre cinco e nove anos começam a pensar mais como adultos acerca da morte mas, todavia, não podem imaginar que eles ou alguém que eles conheçam possa morrer. Acrescenta-se ao choque e à confusão da criança que tenha perdido seu irmão, irmã, pai ou mãe, a falta de atenção adequada de outros familiares que choram essa mesma morte e que não podem assumir adequadamente a responsabilidade de cuidar emocionalmente da criança.
Os pais devem estar conscientes de quais são as reações normais das crianças ante a morte de um familiar, assim como dos sinais de perigo emocional. De acordo com os psiquiatras de crianças e adolescentes é normal, durante as semanas seguintes à morte, que algumas crianças sintam uma tristeza profunda ou que acreditem que o ente querido continua vivo. Entretanto, a negação da morte por longo período, que serve para evitar as demonstrações de tristeza, não é saudável e pode resultar em problemas mais severos no futuro.
Não se deve obrigar uma criança assustada a ir ao velório ou ao enterro, entretanto, recomenda-se que a faça participar de alguma cerimônia como, por exemplo, ascender uma vela, fazer uma prece ou visitar a sepultura.
Uma vez que a criança aceite a morte será normal que manifeste sua tristeza, de vez em quando, ou mesmo por um período de tempo mais longo ou, às vezes, em momentos inesperados. Seus parentes devem procurar passar todo o tempo possível com a criança e fazê-la saber claramente que tem permissão para manifestar seus sentimentos livremente e abertamente.
Se a pessoa morta era essencial para a estabilidade do mundo da criança a raiva, ira ou revolta são reações naturalmente esperadas. Esta ira pode se manifestar em jogos violentos, pesadelos, irritabilidade ou em uma variedade de outros comportamentos inadequados. Não é raro que essa criança se mostre com intolerância para com outros membros da família.
Depois da morte de um dos pais, muitas crianças agem como se tivessem idade menor (regressão). A criança temporalmente age de maneira mais infantil, exige comida na boca, quer atenção, carinho e fala como um bebê.
As crianças menores acreditam que eles sejam a causa do que sucede em seu redor. O pequeno pode crer que seu pai, irmão, mãe, etc., tenha morrido porque alguma vez ele pode ter desejado isso. A criança se sente culpada porque acredita que seu desejo se realizou.
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Alguns sinais de perigo emocional para crianças:
· Um período prolongado de depressão durante o qual a criança perde interesse por suas atividades e eventos habituais
· Insônia, perda do apetite e medo de ficar sozinho
· Regressão a uma idade mais precoce por um período longo de tempo
· Imitação excessiva da pessoa morta
· Dizer freqüentemente que quer ir-se com a pessoa morta
· Isolamento dos amiguinhos
· Deterioração pronunciada do rendimento nos estudos ou negar-se ir à escola.
Estes sintomas de aviso podem indicar a necessidade de ajuda profissional. Um psiquiatra de crianças e adolescentes pode ajudar a criança a lidar melhor com a morte, bem como assistir sua família para que ajudem a criança durante o processo de pesar e luto.
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para referir:
Ballone GJ – Câncer e Emoção – in. PsiqWeb, Internet, disponíve em www.psiqweb.net, revisto em 2020.
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Referências:
1. – Bowlb J: Processes of mourning. International Journal of Pschoanalsis.42: 317-340, 1961.
2. – Corr CA, Nabe CM, Corr DM: Death ande Ding, Life ande Living. 2nde ed., Pacific Grove: Brooks/Cole Publishing Compan, 1997.
3. – Lindemann, E: Smptomatolog ande management of acute grief. Centenar Meeting of the Americam Pschiatric Associatiom (1994, Philadelphia, Pa). Americam Journal of Pschiatr 151(6, Suppl): 155-160, 1994.
4. – Rando TA: Grief, Ding ande Death: Clinical Interventions for Caregivers. Champaign: Research Press Compan, 1984.
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