Neurastenia é uma condição mental caracterizada por um estado de astenia física e psíquica, pela incapacidade de fazer qualquer esforço, por preocupações com a saúde, por uma irritabilidade marcante, cefaléia e distúrbios no sono. A neurastenia por ocorrer como conseqüência de esgotamento emocional, evoluindo de maneira mais ou menos longa, mas com possibilidade de cura na maioria dos casos.
A Neurastenia constitui uma forma neurótica difícil de precisar, devido à complexidade e variabilidade dos sintomas. Alguns estudiosos chegam a enquadrá-la na psicastenia, enquanto outros estabelecem numerosas distinções. De uma maneira geral, costuma-se distinguir entre uma neurastenia endógena. que se desenvolve s6bre um terreno constitucional com predisposição específica, e uma neurastenia adquirida em conseqüência de traumas emotivos, cansaço excessivo, etc.
Apresentam-se como sintomas característicos da Neurastenia a insônia, pouca resistência à distração, à irritabilidade, à depressão mental e as dores de cabeça. Tratando-se principalmente de um distúrbio da personalidade, o comportamento do indivíduo sofre transformações que dificultam sua adaptação social e levam-no a uma marginalidade, assim como à ocorrência de fobias, desconfiança, tendência para mistificação. Segundo alguns psicanalistas, a Neurastenia seria uma regressão à personalidade infantil. Insistem também no caráter narcisista da neurastenia.
A Neurastenia é uma síndrome descrita freqüentemente em muitas partes do mundo, caracterizada por fadiga e fraqueza, é classificada no DSM-IV como Transtorno Somatoforme Indiferenciado, se os sintomas persistirem por mais de 6 meses.
Segundo a CID.10, existem variações culturais consideráveis para a apresentação deste transtorno, sendo que dois tipos principais ocorrem, com considerável superposição. No primeiro tipo, a característica essencial é a de uma queixa relacionada com a existência de uma maior fatigabilidade que ocorre após esforços mentais freqüentemente associada a uma certa diminuição do desempenho profissional e da capacidade de fazer face às tarefas cotidianas.
A fatigabilidade mental é descrita tipicamente como uma intrusão desagradável de associações ou de lembranças que distraem, dificuldade de concentração e pensamento geralmente ineficiente.
No segundo tipo, a ênfase se dá mais em sensações de fraqueza corporal ou física e um sentimento de esgotamento após esforços mínimos, acompanhados de um sentimento de dores musculares e incapacidade para relaxar. Em ambos os tipos há habitualmente vários outras sensações físicas desagradáveis, tais como vertigens, cefaléias tensionais e uma impressão de instabilidade global.
São comuns, além disto, inquietudes com relação a uma degradação da saúde mental e física, irritabilidade, anedonia, depressão e ansiedade menores e variáveis. O sono freqüentemente está perturbado nas suas fases inicial e média mas a hipersonia pode também ser proeminente.