Dedução e Indução são métodos de conhecimento e costumam estar atrelados à vocação das pessoas, algumas são predominantemente dedutivas, outras indutivas. Enquanto na dedução o raciocínio parte do geral e/ou universal para o particular, na indução vai do particular para o geral. Um exemplo de Dedução: de “todos os homens são mortais” (uma afirmação de caráter geral), podemos deduzir que “Sócrates é mortal” (uma afirmação particular).

Um exemplo de Indução: quando percebemos que “João morreu”, “Maria morreu”, “Pedro morreu”, e todos os outros seres humanos morreram (ou seja de várias constatações individuais), podemos concluir que “todos os seres humanos são mortais” (afirmação geral).

Em geral, embora isso não seja tão certo quanto parece, a indução é o processo mais natural das ciências empiricas. Por isso um pouco mais sobre ela:
Chama-se Indução ou Conclusão indutiva a passagem de um conjunto finito de casos para um conjunto maior, eventualmente infinito, de casos. Ou: da constatação de casos singulares para a afirmação de uma lei geral. O método indutivo consiste na obervação de casos particulares para o estabelecimento de hipóteses de caráter geral.

Conclusões Indutivas são perigosas, pois generalizações de premissas verdadeiras podem levar a uma falsa conclusão. O primeiro a perceber o caráter incerto de conclusões indutivas foi Aristóteles, mas o primeiro a formulá-lo de forma mais precisa foi David Hume (1711-1776).

Para Hume, a formulação do problema acentua o caráter temporal das induções: De afirmações sobre o passado e o presente não podem ser deduzidas prognoses absolutamente seguras sobre o futuro. Ou seja, mesmo que todos os cisnes até hoje observados sejam/tenham sido brancos, não se pode afirmar com absoluta convicção que todos os cisnes sempre serão brancos. Um exemplo mais humorístico oferece Bertrand Russell: um peru que todas as manhãs recebia ração estaria errado ao supor que no dia 24 de dezembro também receberia ração: neste dia ele foi para a panela.