behaviorismo é uma técnica de terapia e abordagem da pessoa baseada no comportamento. Essa tendência surgiu com John Watson em 1912 começando assim o período conhecido como o do behaviorismo clássico que durou, mais ou menos, até 1930.

A partir desse ano até 1940 surgiu o neo-behaviorismo, mais minucioso experimentalmente e baseado na teoria do comportamento adaptado de Pavlov. Um dos neo-behavioristas mais importante foi Skinner.

Pavlov descreveu o processo do condicionamento clássico o qual consiste na substituição de estímulos: “Um estímulo, antes neutro, adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo”. Skinner chama o experimento pavloviano de condicionamento do tipo S e o seu de tipo R.

No primeiro tipo as respostas são eliciadas (respondentes) e no segundo, emitidas (operantes). O reforço no condicionamento operante é dado após a resposta exigida, quando aparece a resposta condicionada. A ação do organismo produz o agente que reforça. Portanto, o condicionamento do tipo S diz respeito a respostas do sistema nervoso autônomo e o do tipo R ao comportamento motor (músculos estriados).

Tipos de Reforços

a) Reforço Positivo: é aquele que apresentado a uma situação favorece o surgimento da resposta operante.  Água e alimento, por exemplo.
b) Reforço Negativo: é um estímulo que, removido, fortalece a probabilidade de uma resposta operante.  Choque elétrico, calor ou frio intenso, barulho etc.
c) De Intervalo: é o reforço intermitente apresentado em intervalos fixos de tempo (de 5 em 5 minutos, por exemplo).
d) De Razão: o reforço é apresentado em intervalos de tempo padrão, após um número x de respostas.

No experimento do rato na caixa, um pedaço de queijo reforça a pressão da barra. Ele só aparece quando o rato pressionar a barra e se for suspenso, dar-se-á a extinção do operante. O rato também pode discriminar: só recebe alimento quando a barra é pressionada e uma lâmpada acende; quando pressiona no escuro, não. Por discriminação, só pressionará com a lâmpada acesa.

A teoria de Skinner teve pronta aceitação porque na prática o reforço é dado justamente pela ação do indivíduo. O pai só elogia o filho quando este dá a resposta esperada; o filho, fazendo o desejado pelo pai recebe o prêmio, a recompensa ou reforço positivo. E vai aprendendo a buscar o incentivo positivo com diferentes tipos de comportamento.

Uma série de operantes podem ser estabelecidos, com reforços primários e secundários (alimentos e palavras, por exemplo), formando encadeamentos. Através de sucessivas aproximações é possível obter-se uma seqüência desejada.

Para o behaviorismo, o organismo se parece com um responding (um ser respondente) às condições (estímulos), produto de processos ambientais e internos. O objeto da Psicologia tinha sido até então a alma, ou a consciência, a mente.

A personalidade para o behaviorista é um conjunto, um sistema de hábitos condicionados através de reforços positivos e negativos. A maior importância é dada aos fatores ambientais e a hereditariedade é relegada para segundo plano.

Para o behaviorismo ou neo-behaviorismo o ser humano é produto do ambiente e essa afirmação é valida no sentido bem radical.

Podemos resumir a posição de Skinner nas seguintes declarações: Quando ocorrer uma reação, reforce-a e o sujeito tenderá a reagir de novo da mesma maneira. Negue o reforço ou castigue o sujeito e a reação tenderá a desaparecer.

O reforço operante é um meio extremamente possante para “modelar a personalidade”. Skinner e outros o usaram em grande número de problemas práticos, incluindo aprendizagem programada e o tratamento de distúrbios comportamentais.