A ameaça de alguns eventos psíquicos (pulsões, inclinações, impulsos, emoções…) podem causar excesso de ansiedade e angústia. Segundo Freud, haveriam dois modos de diminuir essa angústia. O primeiro modo seria lidando diretamente com a situação que desencadeia a emoção angustiante. Resolvemos problemas, superamos obstáculos, enfrentamos ou fugimos de ameaças, e chegamos a termo de um problema a fim de minimizar seu impacto. Desta forma, lutamos para eliminar dificuldades e diminuir probabilidades de sua repetição, reduzindo, assim, as perspectivas de ansiedade adicional no futuro.
A outra forma de defesa contra a ansiedade deforma ou nega a própria situação. O Ego protege a personalidade contra a ameaça, falsificando a natureza desta. Os modos pelos quais se dão as distorções são denominados Mecanismos de Defesa.
Os principais Mecanismos de Defesa psicológicos descritos são: repressão, negação, racionalização, formação reativa, isolamento, projeção, regressão e sublimação (Anna Freud, 1936; Fenichel, 1945). Todos estes mecanismos podem ser encontrados em indivíduos saudáveis, e sua presença excessiva é, via de regra, indicação de possíveis sintomas neuróticos.
Freud não pretendeu que suas observações sobre Mecanismo de Defesa fossem inteiramente originais. Ele citava outras observações sobre o tema