Automutilação é o dano permanente infligido por alguém a alguma parte do próprio corpo. É diferente da Auto-escoriação, onde o dano não é permanante.  A Automutilação pode ser parte de certas alterações psiquiátricas ou de síndromes tradicionais nas quais a pessoa obtém algum alívio através de autoflagelação, sem que isso seja aceito pela cultura.

Em algumas culturas, certas formas de Automutilação, sob certas condições, são acetáveis ou mesmo desejáveis (por exemplo, auto-flagelação, escarificações, rituais, laceração do couro cabeludo ou amputação de parte de um dedo em caso de morte de um membro da família).

Ainda culturalmente vários jovens do mundo todo estão aderindo à uma espécie de Automutilação chamada de Cutting, que é a prática de se fazerem marcas no próprio corpo com estiletes, giletes e afins. A modalidade já começa a despertar a atenção de educadores e comunidade médica, especialmente porque pesquisas recentes apontam um aumento do número de adolescentes adeptos de algum tipo de Automutilação. Entre as hipóteses psicológicas que explicariam a prática do Cutting, seria abusca de uma forma de estar no controle de sua própria dor.

Entretanto, na maioria dos casos, a Automutilação está ligada ao Transtorno de Personalidade Borderline, caracterizado pelo humor instável, baixa tolerância à frustração, histórico de relacionamentos complicados, medo de abandono e impulsividade prejudicial.

O Transtorno de Personalidade Borderline é o diagnóstico do DSM-IV mais freqüentemente associado à automutilação, que pode variar desde cortes superficiais até ferimentos graves resultando, inadvertidamente, em suicídio.

Felizmente a diminuição da Automutilação foi observada com o uso de uma substância neuroléptica (antipsicótica) chamada Risperidona. Na pesquisa, o desaparecimento desse sintoma foi completa em todos os casos, destacando-se que em um deles houve uma interrupção breve da medicação com reaparecimento do sintoma. Isso sugere que, assim como a resposta benéfica aparece precocemente no uso, provavelmente ainda dentro da primeira semana, também a reagudização é precoce quando ocorre a interrupção do tratamento.