Fixação é o Mecanismo de Defesa que consiste numa parada no processo de desenvolvimento da personalidade, em uma etapa sem independência completa, madura e uniforme. É um mecanismo que foi primeiramente estudado por Freud, explicando que certas situações infantis (de frustração ou de satisfação intensa, especialmente em algumas partes do corpo) podem continuar provocando e proporcionando experiências de alívio ou então de ansiedades exageradas.
Da infância até a fase adulta, deve haver um desenvolvimento, uma diferenciação e uma maturidade progressiva nos vários aspectos (instintivo, emocional etc.) da personalidade. Esse desenvolvimento progressivo deve verificar-se não apenas nos aspectos psicossexuais da personalidade, mas também nos métodos de pensamento, na maneira de encarar situações difíceis e frustrações, na maneira de manejar a realidade, e ainda na maneira de controlar e de exprimir as emoções e os instintos. Entretanto, nesse processo de desenvolvimento pode acontecer de surgir uma parada, o que provoca uma etapa incompleta da evolução do indivíduo, permanecendo então alguns elementos imaturos na sua personalidade.
A Fixação mostra que o indivíduo, não podendo satisfazer normalmente e no tempo certo suas necessidades, vai então continuar procurando essa satisfação através da sua existência. Dentre as causas da fixação podem-se citar: frustrações exageradas que ocorrem ou podem ocorrer na infância; satisfação exagerada durante a infância (portanto, é causa oposta à anterior); educação descontinuada e marcada por atitudes contrárias entre si, isto é, educação caracterizada por alternações anárquicas de um extremo ao outro, quer dizer, da frustração forte à satisfação excessiva.
Esses fatores podem provocar um despreparo no indivíduo para manter o desenvolvimento normal da personalidade, sobrevindo por isso o mecanismo da Fixação. A rigidez a que o indivíduo fica preso, pela fixação, o impede de fazer os ajustamentos adaptativos que as variações de situações da vida normalmente exigem de todos nós.