Fantasia é um Mecanismo de Defesa que proporciona uma satisfação ilusória para os desejos que não se podem realizar- o inconsciente cria uma satisfação-substituta que fica em lugar da realidade. É um mecanismo defensivo que alivia a tensão, permitindo uma liberação ilusória da realidade não-satisfeita, ou uma satisfação imaginária dos desejos, cuja satisfação real tenha sido proibida pela repressão.

A  fantasia é uma síntese integrada de idéias, sentimentos, interpretações e memória, predominando elementos instintivos e afetivos. Através da satisfação-substituta e omitindo a realidade, a fantasia pode ajudar a resolver os conflitos e prevenir a progressão da angústia. Freud demonstrou que os sonhos e a fantasia são processos que visam a avaliar a angústia.

Quando em doses moderadas a fantasia pode contribuir para a adaptação do indivíduo, já que proporciona a eliminação da angústia e permite que o indivíduo enfrente de novo o problema respectivo.

Entretanto, uma dose constante e profunda de fantasia e devaneio pode fazer com que a pessoa se desvie da realidade, acostumando-se a um mundo irreal e quando ela “acordar para a vida” sentirá mais dificuldades para enfrentar os problemas concretos.

Da mesma forma como a moderação e o exagero, na fantasia, podem ser benéfica e prejudicial respectivamente, também existem fantasias que poderiam ser classificadas de “positivas” (que permitem autodefesa e auto-afirmação), e fantasia “negativas” (que levam o indivíduo a imaginar prolongadamente aspectos contrários ou infelizes da vida, possibilidades de erros, dificuldades às vezes até impossíveis).