O Determinismo, mais precisamente Determinismo Antropológico, é a doutrina que afirma que todo agir humano é determinado por variáveis biológicas, ou seja, que como somos hoje-aqui-e-agora depende exclusivamente de componentes biológicos de nossa personalidade. Isso significa que todas as suas vontades e ações não são livres (no sentido de uma determinação racional e espontânea) de uma determinação do sujeito, e sim resultado de mecanismos biológicos.
O caso mais evidente do determinismo biológico é o determinismo genético, o qual afirma que uma pessoa é completamente determinada pelos seus gens: poderia exemplificar extremistamente, dizendo que se a pessoa gosta de sorvete de chocolate ou morango, isso é, em última análise, segundo o determinista genético, fixado pelos seus gens. Exageradamente poderíamos dizer que se um cientista decifrasse todos os gens, ele poderia dizer se a pessoa é mais inclinada à morango ou chocolate. Um argumento contra tal determinismo seria a demonstração que gêmeos univitelinos também podem ser bastante diferentes.
Uma outra forma de determinismo biológico é defendido por Pavlow, segundo seu esquema de reações instintivas aprendidas. Este modelo não é um puro biologismo, porque afirma a influência do meio na determinação de um indivíduo.
É necessário se perceber, que Determinismos são defendidos em diferentes graus. Uma coisa é afirmar que algumas características básicas são dadas geneticamente, outra coisa seria afirmar que tudo (até mesmo a decisão sobre a cor da camisa) é resultado de mecanismos biológicos.
Formas alternativas de Determinismo seriam: determinismo ambiental (Skinner), determinismo sócio-econômico(Marx), determinismo psicológico, ou até mesmo um determinismo teológico: Deus determina o seu comportamento. Estes modelos podem ser até mesmo complementares: poderia se dizer que o comportamento humano é determinado pelas variáveis gens + ambiente, ou gens + estrutura psicológica, etc.
Contra o determinismo é defendida a tese do Libertacionismo: O ser humano é livre para determinar suas ações. É a opinião do senso comum.