Compulsões são perturbações do ato voluntário, na medida em que se constituem numa atitude impositiva, quase automática e irresistível. Normalmente o ato compulsivo está presenta no Transtorno Obsessivo-Compulsivo; primeiramente tem-se uma ideia obsessiva, involuntária e absurda, depois, para aliviar a ansiedade produzida por essa ideia, vem o ato compulsivo.
A Compulsão pode ser entendida como um ato ou comportamento repetitivo e estereotipado, como por exemplo, lavar as mãos, verificar se as janelas ou o gás estão fechados, se as luzes estão apagadas, rezar) que uma pessoa se sente insistentemente obrigada a realizar, apesar da consciência da inutilidade do ato ou de sua indesejabilidade. A Compulsão é o equivalente motor (atitude ou ato) e comportamental da obsessão (que está na área das ideias).
Quando aplicado ao uso de substâncias psicoativas, o termo refere-se a uma necessidade poderosa de consumir a substância (ou substâncias) em questão, atribuída mais a sentimentos internos do que a influências externas.
O usuário da substância pode identificar a necessidade de usar a droga como prejudicial ao seu bem-estar e pode ter uma intenção consciente de refrear-se. Esses sentimentos são menos característicos da dependência do álcool e de droga do que do transtorno obsessivo-compulsivo.
No Transtorno Obsessivo-Compulsivo, acompanhando a manifestação central ou a ideia obsessiva, deve haver sempre um sentimento de medo eou ansiedade. Tal sentimento desagradável, freqüentemente leva a pessoa a tomar medidas contra a ideia ou impulso inicial, gerando assim o ato compulsivo ou compulsão.
Um exemplo é a Ideia Obsessiva de sujeira ou contaminação, seguida pela compulsão em lavar as mãos repetidas vezes. Comparados à compulsão, os tiques nervosos são menos complexos e não visam a neutralizar a ansiedade resultante de uma obsessão.