O conceito psicológico do Complexo foi criado por Jung para compreender os vários grupos de conteúdo psíquico que, desvinculando-se da consciência, passam a atuar no inconsciente, com existência relativamente autônoma, a influir sobre a conduta. E, embora possa ser negativa, essa influência também assumem características positivas, quando se tornam o estímulo para novas possibilidades criativas.

Os Complexos podem estimular uma possibilidade de atuação nova e diferente, podem funcionar como um estímulo para que o indivíduo se esforce mais para sua própria realização. A patologia só aparece quando os complexos exigem uma quantidade muito grande de energia psíquica para si. Para que um complexo seja assimilado é necessário que o indivíduo compreenda os conflitos em termos intelectuais, mas que também exteriorize os afetos envolvidos, através de descargas emocionais que eram realizadas pelos antigos através de danças e cantos repetidos.

O termo Complexo, segundo Jung, representa um agrupamento de elementos psíquicos que envolvem conteúdos de tonalidade fortemente emocional. Aparentemente os conteúdos de um complexo podem ser conscientes ou inconscientes, mas geralmente são adquiridos na infância ou no desenvolvimento da personalidade, por cristalização perpétua de fagulhas emocionais das relações humanas num círculo familiar e social.

Há quem defina o Complexo como grupos de idéias coloridas emocionalmente, parcial ou totalmente reprimidas. Pode-se, em geral, dizer que os Conflitos psíquicos fundamentais, provocados geralmente durante as etapas de desenvolvimento infantil, podem gerar Complexos.

Muitos Complexos são provocados por situações sexuais, econômicas, sociais, culturais, podendo-se, deste modo, distinguir complexos de superioridade, inferioridade e outros. Conseqüentemente, embora a infância seja a fase mais própria à germinação de complexos, eles podem ser provocados e manifestarem-se em qualquer fase da vida.