A  é uma substância da família das Xantinas, capaz de estimular levemente o Sistema Nervoso Central, vasodilatador e diurético.  A cafeína é encontrada no café, chá chocolate, guaraná, Coca Cola e outros refrigerantes.  Em alguns desses casos a cafeína está junto com outras xantinas, tais como teofilina ou teobromina.

Denomina-se cafeinismo o uso excessivo crônico ou agudo de cafeina (por exemplo, consumo diário de 500 mg ou mais) com eventual toxicidade.  Os sintomas incluem inquietação, insônia, rubor facial, contração muscular, taquicardia, perturbações gastrintestinais (por exemplo, dores abdominais), tensão, pensamento e fala acelerados e desorganizados e, algumas vezes, exacerbação de uma ansiedade preexistente ou estados de pânico, depressão ou esquizofrenia. Os transtornos por uso de substâncias da CID-10 incluem os transtornos causados pelo uso e a dependência de cafeína (classificadas em F15).

Na terapêutica psiquiátrica biológica a Cafeína já foi usada (às vezes ainda é) com resultados contraditórios no tratamento do Transtorno Hipercinético (Déficit de Atenção por Hiperatividade).  Nos EUA a cafeína como tratamento para do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade foi totalmente abandonada devido às facilidades para a prescrição do Metilfenidato (Ritalina®). No Brasil a Ritalina® é muito mais difícil de ser prescrita por razões eminentemente burocráticas, havendo necessidade de receituário especial para entorpecentes (de cor amarelo) que só a secretaria da saúde fornece.

De modo geral, de modo acanhado, a cafeína pode ser muito utilizada com o mesmo propósito estimulante do metilfenidato. A grande maioria das crianças portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade responde razoavelmente ao uso da cafeína, formulada em farmácias de manipulação na dose de 10 mg/kg/dia, dividido em 3 tomadas.