Bradicinesia e Hipocinesia são quadros psicomotores onde ocorre um início vagaroso dos movimentos, com perda de movimentos suplementares harmoniosos. Movimentos automáticos, como colocação da mão na face durante a fala, cruzar as pernas ou os braços, estão muito diminuídos ou ausentes. Os olhos se movem para o lado sem movimento associado da cabeça, saliva não é rapidamente deglutida, piscar dos olhos é infrequente.
Em casos extremos, desenvolve-se a acinesia, ou seja, a perda completa de movimentos sem perda da força muscular. Em termos fisiopatológicos, bradicinesia pode ocorrer quando há lesão do circuito cortico-estriato-pálido-talâmico por degeneração neuronal, por depleção de transmissor (dopamina), e por bloqueio ou perda de receptores. Considerando-se que os neurônios do neostriado recebem dupla inervação dopaminérgica e colinérgica com efeitos antagônicos, acredita-se que a perda da influência inibitória da dopamina leve a uma excitação por conta da acetilcolina. A acetil colina tem efeito basicamente inibitório, então o deficit de dopamina se manifesta por perda da inibição da inibição, resultando em última instância, em acinesia.
A Doença de Parkison é uma degeneração subcortical progressiva do sistema extrapiramidal clinicamente caracterizada por bradicinesia, rigidez e tremor de repouso. Distúrbios neuropsicológicos podem ocorrer em 20% a 90% dos casos caracterizando-se por déficit cognitivos do tipo subcortical com alentecimento progressivo dos processos mentais, tendência a depressão e apatia em intensidade variável.