Os Barbitúricos compõem um grupo de substâncias depressoras do Sistema Nervoso Central, quimicamente derivados do ácido barbitúrico. Entre eles se incluem o fenobarbital, dial, amobarbital, pentobarbital e secobarbital. Eles são usados como antiepilépticos (anticonvulsivos), anestésicos, sedativos, hipnóticos e – menos comumente – como ansiolíticos ou drogas anti-ansiedade. Na psiquiatria, alguns deles têm aplicação como anti-impulsivos.

Os barbitúricos foram descobertos no começo do século XX. Em 1903, o Veronal foi o primeiro Barbitúrico lançado no mercado farmacêutico, mostrando-se um promissor hipnótico em substituição aos medicamentos menos eficientes até então existentes. Assim, os barbitúricos foram amplamente empregados como hipnóticos até o aparecimento das benzodiazepinas (diazepam), na década de 60. A partir daí, as indicações dos Barbitúricos se restringiram.

Até algum tempo atrás, sedativos (e até alguns analgésicos leves) continham barbitúricos em pequenas quantidades em suas fórmulas e não estavam sujeitos aos controles de venda, podendo ser livremente adquiridos em farmácias. Era o caso da Cibalena, Veramon, Optalidon, Fiorinal etc., que continham o butabarbital ou secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas. O abuso de barbitúricos foi muito mais freqüente até a década de 50 do que é hoje em dia.

Como efeitos físicos e psíquicos os Barbitúricos são capazes de deprimir (diminuir) varias áreas do cérebro. As pessoas podem ficar sonolentas, sentindo-se menos tensas, com uma sensação de calma e de relaxamento. A capacidade de raciocínio e de concentração também ficam afetadas. Com doses maiores, causam sensação de embriaguez, a fala fica “pastosa”, a pessoa pode sentir dificuldade de andar direito, a atenção e a atividade psicomotora são prejudicadas (ficando perigoso operar máquinas, dirigir automóveis etc.).

Os Barbitúricos têm uma pequena margem de segurança entre as dosagens terapêutica e tóxica e são freqüentemente letais em superdose. Devido à sua maior margem de segurança, os benzodiazepínicos têm substituído amplamente os barbitúricos como sedativos/hipnóticos, ansiolíticos e mesmo como anti epilépticos.  A tolerância aos barbitúricos se desenvolve rapidamente e o risco de uso nocivo ou de dependência é alto.

Os pacientes que usam estas drogas por períodos prolongados podem tornar-se dependentes, mesmo quando a dose prescrita não é ultrapassada. Assim sendo, eles podem desencadear síndromes de abstinência quando de sua privação ou, mais traumático ainda, podem induzir à convulsões quando interrompidos bruscamente.