Glioma é um tumor do tecido nervoso (neuroglia) em qualquer estágio de desenvolvimento.
O termo é também usado de forma mais abrangente, incluindo todos os tumores primários do cérebro e medula espinhal (melhor denominados astrocitoma, ependimoma, neurocitoma, etc).
Em crianças, os tumores de tronco cerebral surgem, geralmente, sob a forma de gliomas intrínsecos e difusos de tronco cerebral, esses tumores compreendem 10% de todos os tumores pediátricos de Sistema Nervoso Central. Esses tumores se associam a um prognóstico bastante desfavorável, devido a impossibilidade de abordagem cirúrgica e constituem um desafio para futuras pesquisas em neuro-oncologia. Seu tratamento clássico envolve a radioterapia craniana.
Existem também os gliomas supratentoriais, os quais compreendem entre 30% e 35% dos tumores pediátricos de Sistema Nervoso Central. A maior incidência se dá entre 2 e 4 anos de idade e na adolescência. Histologicamente, podem ter padrões que variam desde os gliomas de baixo grau até os de alta malignidade ou anaplásicos.
O prognóstico depende do grau de diferenciação e do grau de ressecção cirúrgica obtida. Os pacientes com gliomas de baixo grau podem ser tratados com cirurgia exclusiva, caso tenha sido obtida uma remoção completa do tumor. É o caso dos astrocitomas pilocíticos, os quais podem chegar a 90% de sobrevida de 5 anos, após sua remoção total. O uso de quimioterapia para pacientes com lesão residual pós operatória vem sendo atualmente preconizado.
A radioterapia nesses tumores de baixo grau é reservada apenas para situações de progressão de doença. Já para tumores de alto grau de malignidade a taxa de sobrevida é baixa, mesmo com o uso de quimio e radioterapia, sendo de 20% a 46% em 5 anos.