Anticolinérgicos são substâncias extraídas de plantas ou sinteticamente produzidas que possuem em comum uma série de efeitos no corpo humano. Estão entre as plantas anticolinérgicas a Saia Branca, Lírio, Trombeta, Trombeteira, Zabumba, Cartucho, Estramônio e outras.

Essas plantas produzem duas substâncias responsáveis pelos efeitos anticolinérgicos; a atropina e a escopolamina, que anulam os efeitos de um neurotransmissor chamado acetilcolina.

Entre as substâncias sintéticas, temos os medicamentos comercialmente vendidos com o nome de Artane® , Akineton® , ambos usados na Doença de Parkinson, além de colírios para glaucoma e outros. etc.

Os sintomas provocados pelo uso dos anticolinérgicos são: pupilas dilatadas, visão borrada, secura na boca e narinas, dificuldade respiratória, aumento do número de batimentos do coração, diminuição de pressão sanguínea, intestino preso e aumento da temperatura corporal.

Em doses elevadas o uso desses produtos torna-se perigoso pois a temperatura se eleva muito, a pressão pode cair muito e chegar ao coma até a morte. Os sintomas anticolinérgicos aparecem em cerca de dez minutos após à ingestão da substância. Juntos com álcool podem produzir alucinações (viagens), euforia e excitação. Por conta disso oferecem risco de uso abusivo e ilegal.

Quimicamente os anticolinérgicos são também denominados antimuscarínicos, que são fármacos que antagonizam a ação da acetilcolina nos receptores muscarínicos. São utilizados, freqüentemente, no tratamento da Doença de Parkinson e dos sintomas extrapiramidais produzidos por medicamentos antipsicóticos.

Algumas vezes os anticolinérgicos são administrados junto com antipsicóticos, desde o início do tratamento, com objetivo de evitar o aparecimento de sintomas extrapiramidais. A literatura cita que os anticolinérgicos podem também ter efeitos levemente antidepressivos.