Trata-se de uma qualidade de valorização da realidade que as pessoas experimentam de acordo com seu afeto (humor). Avaliar a realidade sob o ponto de vista anímico implica em impregná-la com a tonalidade afetiva da personalidade do sujeito (entendendo-se por personalidade uma constituição dinamicamente atualizada).

Uma outra categoria de valorização da realidade além da anímica é a categoria vital . Esta forma vital é objetiva, constante, concreta e continua de valorizar o mundo, enquanto a categoria anímica é dinâmica e o significado da realidade assim avaliada muda de acordo com a tonalidade afetiva que o sujeito dá ao mundo.

A pessoa aqui e agora pode ser entendida como uma resultância daquilo que ela trouxe ao mundo com aquilo que o mundo lhe deu (fenótipo = genótipo + ambiente). Então, o aqui-e-agora da pessoa é seu Fenótipo. Pois bem. Para categoria anímica de valorizar a realidade interessa a pessoa aqui e agora (seu fenótipo).

O humor, responsável por esse tipo de valorização do real, seria o perfil afetivo atual, o que representa o resultado de seus elementos constitucionais influenciado pelas vivências e pelo destino. Vale aqui o ditado segundo o qual “cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça“.

Pequenas variações anímicas se dão ao longo dos dias ou das horas, grandes e sólidas variações anímicas se dão ao longo dos anos. Fossemos adequar essa categoria anímica de valorizar a realidade na teoria jungueana, possivelmente estaríamos falando da reversão das fases natural para a fase cultural da pessoa onde, depois de aproximadamente 30 anos para mulheres e 40 para os homens, os valores sofreriam grande e substancial alteração; muito daquilo anteriormente importante deixa de sê-lo e vice-versa.