As alterações articulares da fala não são monopólio da Disartria. Elas também podem dificultar a expressão oral dos afásicos, tanto surgindo espontaneamente como mediante a solicitação do exame. Essas alterações serão determinadas pelos testes de repetição de palavras e frases. Vistas pelo ângulo neurológico, as anomalias podem apresentar um aspecto paralítico, quando falta a articulação e há anasalamento. A falta de articulação das palavras chama-se Anartria e pode mostrar um aspecto distônico, com contrações excessivas, sincinesias ou, ainda, um aspecto apráxico.

Analisadas sob um ângulo fonético, as alterações articulares se caracterizam também pela redução da formação e diferenciação dos fonemas, semelhantes às simplificações fonéticas da criança (“bibiloteca”, “espetaco”, fessado”…). Outros elementos de diferenciação entre Afasia e Disartria são as alterações evidenciadas no uso voluntário e automático da linguagem. As alterações articulares da Disartria estão ausentes na formas automáticas do falar, como no canto, por exemplo.