O Ácido Desoxi-Ribonucleico, conhecido pelas iniciais ADN ou, em inglês, Deoxyribonucleic acid (DNA), é o responsável pela divisão e reprodução celular. O DNA se localiza nos cromossomos, dentro do núcleo da célula. Ele é composto por substâncias menores, os quatro nucleotídeos – adenina, guanina, citosina e timina. Tem a forma de uma escada retorcida, como uma fita enrolada, helicoidal, que se divide no meio no momento de se reproduzir, fazendo com que características de uma geração sejam transmitidas aos seus descendentes. O DNA é considerado o código da vida.

Todas as células de animais ou vegetais surgiram a partir de uma única célula inicial por um processo de divisão. Nos animais, o óvulo fecundado divide-se e forma duas células-filhas idênticas, cada uma das quais contém um jogo de cromossomos igual ao da célula mãe. Depois, cada uma das células-filhas volta a se dividir formando quatro, depois 8, 16, e assim por diante.

Essa fase da divisão celular é chamada de mitose, onde se duplica o número de cromossomos, ou seja, o número de moléculas de ADN. E cada um dos jogos de cromossomos duplicados constituirá o patrimônio genético de cada uma das duas células-filhas formadas.

Essa divisão de mitose vai até se formar todo o organismo. O Genoma Humano, que reúne todos os nossos genes, é formado por 23 pares de cromossomos. Desses, 22 pares são numerados pelos biólogos numa seqüência de tamanho, do mais largo até o menor. O par restante é o cromossomo sexual: 2 grandes cromossomos X para a mulher (XX), e 1 X e um pequeno Y para o homem (XY). O corpo humano tem mais ou menos 100 trilhões de células, a maioria com menos de um décimo de milímetro.

Dentro de cada célula há um núcleo, com 2 conjuntos de genoma humano. Um vem da mãe e o outro do pai, que se juntam na hora da concepção. Por isso, tanto o espermatozóide quanto o óvulo devem ter metade desses cromossomos, porque quando eles se juntam, metade de um com a metade de outro, germinam uma célula que conterá o número normal das demais células do organismo que se formará. Essa divisão especial, onde cada gameta (óvulo e espermatozóide) recebem apenas metade dos cromossomos chama-se meiose.

Atualmente o DNA tem estado mais em evidência devido aos testes de paternidade. Desde que começaram a ser realizados no Brasil, no início da década de 90, os testes de paternidade por exame de DNA têm sido encarados como uma resposta infalível para uma eterna dúvida: quem é o pai da criança?
O teste é realmente um instrumento de resultados assombrosos. Realizado com apuro técnico, atinge índices de acerto superiores a 99,99%, uma margem de erro de menos de um em cada 10.000 testes. Mas, infelizmente, nem todos os resultados merecem igual credibilidade.