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As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas chamadas neuropeptídios, as quais levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele. Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.
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O ritmo alucinante da vida de hoje, a transitoriedade das coisas, das pessoas e dos valores, a valorização dos bens materiais, o individualismo crescente, competitividade, falta de solidariedade e a premência do tempo e do sucesso estão fazendo surgir novos tipos de doenças agravadas, desencadeadas ou determinadas pelas sobrecargas emocionais.
A doença coronariana, produtora do Infarto do Miocárdio, por exemplo, tem sido uma das patologias mais estudadas, tendo em vista a altíssima incidência em que acomete pessoas dos países mais civilizados. A ciência tem demonstrado uma grande variedade de fatores causais envolvidos no desenvolvimento dessas doenças psicossomáticas. Mas as emoções não acometem apenas o sistema cardiocirculatório. Cada vez mais se constatam diversos órgãos e sistemas sob as influências patológicas das emoções.
Alguns estudos consideram a participação de fatores constitucionais ou biológicos um dos elementos mais importantes no desenvolvimento da doença psicossomática dermatológica, outros enfatizam a importância prevalente dos fatores ambientais, enfim, quanto a ordem de importância desses fatores não há ainda um consenso. Certeza mesmo fica por conta da constatações da importância dos fatores emocionais.
Estudos da década de 1980 (Eliot R S – Stress and cardiovascular disease: mechanisms and measurement – Ann. Clin. Res. no. 19, pp 88-95, 1987) constatavam que até metade dos pacientes coronarianos não apresentavam os clássicos fatores de risco ambientais atribuídos ao desenvolvimento da doença, tais como, vida sedentária, tabagismo, antecedentes familiares, etc. Assim sendo, quais seriam os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da doença nesses pacientes? Seriam emocionais?
No final do século passado (1999) no Congresso da American Academy of Dermatology, em São Francisco (Estados Unidos). Finlay, da Universidade de Wales (Escócia), pesquisou respostas à seguinte pergunta: “o que é pior: a psoríase, diabetes, a asma ou a bronquite?” formulada aos pacientes portadores de psoríase e de alguma dessas outras patologias. Concluiu que o pior é a psoríase, e o trabalho foi publicado no Brit.J.Dermatology (132: 236 – 244).
O paciente com doença de pele
Daí surgiu a idéia de se realizar um questionário que avaliasse a qualidade de vida do paciente com doença de pele, informando as restrições que este sofre no trabalho, lazer, vida sexual e outros aspectos da vida social. Em decorrência do questionário criou-se o Dermatology Life Quality Index (DLQI), desenvolvido por Finlay e Khan, já traduzido em 12 línguas composto por 10 perguntas rápidas – levam 2 minutos para serem respondidas. A Dermatite Atópica, Psoríase, Eczema e Acne, são as doenças que mais afetam a vida dos pacientes.
Dermatitis Artefata ou Dermatite por Auto-Mutilação são próprias de pacientes com distúrbios emocionais que se auto-infligem lesões. Geralmente são portadores de Transtornos Obsessivos-Compulsivos e Esquizofrenia. Também tem a Tricotilomania, que é o hábito compulsivo de arrancar cabelos ou pelos em geral compulsivamente.
A depressão, estresse e a ansiedade exacerbam vários tipos de doenças em geral e dermatológicas em particular, concluiu-se no Congresso da American Academy of Dermatology de 1999. Esses fatos, sugeriam a necessidade de se criar uma subespecialidade, para se conhecer melhor essas doenças psicossomáticas da pele. Foram feitas referências ao primogide e aos anti-alérgicos e anti-pruriginosos.
Os Transtornos Obsessivos-Compulsivos afetam 2 a 3% da população e até 14% dos pacientes que se apresentam com coceiras no consultório do dermatologista. Esse tema foi apresentado aos especialistas através de uma técnica de psicodrama, insistindo no fato de que os dermatologistas dão pouca atenção aos aspectos psicossomáticos da especialidade. Um dos expositores, sugeriu que o especialista encarasse com bom humor essas histórias, pois isso melhora a relação médico/paciente (JAMA 4/6/1997; 227:1660- 63).
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A pele e as emoções
A pele e o sistema nervoso, do qual o cérebro é o órgão central, têm a mesma origem durante a formação do embrião. Ambos derivam do ectoderma, o folheto externo do embrião que, na sua evolução, dobra-se sobre si mesmo formando um tubo, chamado tubo neural.
As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas, chamadas neuropeptídios, que levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele. Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue
ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.
No embrião a parte que fica por fora vai formar a pele e a parte interna vai desenvolver o sistema nervoso. Portanto, desde o início, a pele está em ligação direta com o sistema nervoso, enviando-lhe constantemente informações sobre o meio externo.
A medicina psicossomática atribui especial importância para um atendimento abrangente do ser human. A dermatologia interdisciplinar preocupa-se com os pacientes que desenvolveram alguma doença crônica, especialmente no grupo das psicodermatoses.
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Comunicação pele-sistema nervoso
Do cérebro e da medula espinhal partem nervos, que se ramificam como os galhos de uma árvore e se dirigem a todos os pontos do organismo, incluindo a pele. Na pele, filetes nervosos chegam à derme, aos vasos e à camada mais superficial, a epiderme.
As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas, chamadas neuropeptídios, que levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele. Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue
ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.
A comunicação entre mente, sistema nervoso e pele é constante e imediata, provocando alterações muito sutis, na maioria das vezes invisíveis e não percebidas pelas pessoas, como as alterações na produção
do suor.
Dermatoses psicossomáticas na infância
Crianças também convertem tensões emocionais em doenças. Com frequência os pediatras encontram manifestações cutâneas de conflitos emocionais, de temores e preocupações. Há pais que ficam surpresos, quando se afirma que a dermatose apresentada pela sua criança é reflexo de estados emocionais. Às vezes, argumentam que a criança não tem motivo de estresse, porque não lhe falta nada, como se o sistema emocional precisasse de motivos para externar sua tonalidade afetiva.
Esses pais entendem que só o mundo dos adultos oferece ameaças ou motivos de pressão. É preciso lembrar, porém, que as crianças têm seu mundo mental e que são vulneráveis ao que se passa ao seu redor, porque dependem inteiramente dos adultos, não tendo como se defender. Para uma criança, as coisas que se passam com ela e os fatos que atingem os adultos dos quais dependem significam ameaças incontornáveis.
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PSORÍASE
A prevalência da Psoríase na Europa é de 1,5% a 2% da população geral. Nos Estados Unidos é de 0,5% a 1,5%. A doença é rara em negros, índios e amarelos e não existe entre esquimós. A Psoríase desenvolve-se com maior frequência entre 20 e 40 anos. Entretanto, será mais grave quando surge em crianças e isso ocorre em sua forma denominada de Psoríase Familial, que acomete a pessoa desde criança. Essa forma familial está intimamente associada a problemas imunológicos, tal como complexo de histocompatibilidade nas moléculas W6; DR7; B1 e B57. A forma não familial se desenvolve mais tarde.
Muito provavelmente a questão emocional atua como um importante fator desencadeante da Psoríase em pessoas com uma certa predisposição genética para a doença. Fala-se em componente genético porque cerca de 30% das pessoas que têm Psoríase também têm familiares acometidos por ela. A Psoríase não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas, como popularmente pode-se pensar.
Fisiologia
Quanto a relação entre psoríase, aspectos psicológicos, estresse e eventos de vida, foi verificado que pesquisadores concordam que a psoríase tem etiologia desconhecida. No entanto destacam que existem fatores genéticos, endógenos e ambientais relacionados ao aparecimento e à piora da doença. A literatura mostra que os aspectos psicológicos e o estresse podem colaborar para o surgimento, recidiva ou piora do quadro clínico.
Dermatologistas e psicólogos concordam quando o assunto é o tratamento da psoríase, salientando que, além da intervenção clínica medicamentosa, é recomendável a psicoterapia cognitivo-comportamental como estratégia para a melhora ou controle da doença. Pesquisas na área são sugeridas para estabelecer correlações entre as variáveis investigadas no presente artigo.
Ortonne e colaboradores, patologistas do Hospital Saint Louis (Paris), afirmam que a Psoríase é uma dermatose inflamatória resultante de um desequilíbrio epidérmico, caracterizado pela proliferação exagerada e diferenciação anormal dos queratinócitos (células da epiderme responsáveis pela queratina) e, também, por uma ativação anormal do sistema imunológico. Na opinião desses pesquisadores, trata-se de uma dermatose de causas multifatoriais, implicando inclusive em mecanismos patogênicos hereditários, emocionais e ambientais.
Um grande número de fatores desencadeantes ou agravantes da Psoríase têm sido identificados em pacientes predispostos geneticamente. Entre esses fatores se incluem as infecções estreptocócicas e virais, o estresse, outros fatores emocionais, alcoolismo e fumo.
Cerca de 30% dos portadores de psoríase relatam casos na família”. Além da predisposição genética acredita-se haver relação da doença com infecções, uso de medicamentos, situações de estresse e traumas emocionais. Organicamente, tensões subjetivas funcionam como um gatilho que pode desencadear a psoríase.
Formas Clínicas
A Psoríase pode se manifestar de várias maneiras e graus. Ela se apresenta desde sob a forma de mínimas lesões até uma forma mais severa, chamada de Psoríase Eritrodérmica, onde a pele de todo corpo pode estar comprometida. Entretanto, a forma mais freqüente de apresentação é a Psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões na pele de cor avermelhada e descamativas bem delimitadas e de evolução crônica.
As escamas desse tipo de Psoríase geralmente são esbranquiçadas e localizadas mais freqüentemente nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco. As lesões de Psoríase geralmente não têm sintomas, mas pode haver discreta coceira no local. Quando as placas regridem, costumam deixar uma área de pele mais clara no local afetado.
Sendo a Psoríase uma doença de natureza crônica, é comum ocorrerem fases de melhora e de piora, possivelmente oscilando ao sabor das oscilações emocionais. Outra característica importante é o chamado fenômeno de Koebner, caracterizado pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões.
Apresentações menos comuns são; a Psoríase Ungueal, com lesões apenas nas unhas, a Psoríase Pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a Artrite Psoriásica que se caracteriza por inflamação articular que pode causar até a destruição total da articulação, normalmente afetando os dedos das mãos. Os graus de severidade da Psoríase são divididos em leve, moderada e grave sendo um dos mais graves a chamada Psoríase Inversa, onde as lesões são planas, inflamadas, atingindo grandes áreas.
Outra forma de apresentação é a Psoríase Gutata, com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), freqüentemente associada com infecções de garganta. O diagnóstico da Psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado por uma biópsia, a qual revela sempre um quadro bem característico.
Estresse
O estresse crônico pode estar correlacionado a transtornos físicos, tais como: úlcera, hipertensão arterial, doenças do sistema gástrico, respiratório ou derma- tológico. A reação do estresse também pode prejudicar o sistema imunológico, diminuindo a capacidade do organismo em combater bactérias e vírus invasores. Assim, o estresse é considerado um elo muito intenso entre mente e corpo.
Emocionalmente nota-se que portadores de psoríase, mais que outros pacientes com doenças de pele, sentem-se desprezíveis, sujos e intocáveis. Temem ser isolados, rejeitados e apresentam fantasias de abandono. O público leigo costuma acreditar que tlavez a psoríase seja uma doença transmissível, agravando ainda mais a discriminação.
No caso da psoríase, os sentimentos de rejeição e de estigmatização podem estar presentes no cotidiano do paciente, podendo comprometer sua adaptação social, com os consequentes problemas sócio-ocupacionais e significativos sintomas de irritabilidade e de angústia.
Os fatores emocionais e o alto grau de estresse são comprovadamente responsáveis pelo agravamento e/ou reaparecimento da psoríase. Quase todos portadores da doença mostram ser sensíveis, preocupados, inconformados, ansiosos, nervosos e irritados.
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Vitiligo – despigmentação da pele
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Também no couro cabeludo há um distúrbio curioso: arrancamento compulsivo de cabelos e pelos ou tricotilomania. Nesta alteração as áreas em que os cabelos foram arrancados são irregulares ou têm um desenho caprichoso e possuem também cabelos normais que ainda não foram arrancados. Surge de um tique nervoso, que a criança desenvolve de puxar os cabelos por causa da tensão emocional. As sobrancelhas e os cílios também são arrancados, muitas vezes isoladamente.
As unhas são o tecido fortemente agredido. É muito grande o número de crianças que aprende a desviar suas tensões para as unhas e cria o hábito de roê-las (onicofagia).
Isso pode se transformar em uma verdadeira compulsão e só a custa de muito esforço ou de psicoterapia será resolvido.
As peles hipersensíveis ou alérgicas sofrem uma influência imediata e intensa dos estados de tensão vividos pela criança.
Um paciente com dermatite atópica ou sujeito a crises de urticária terá sua condição agravada e crises serão desencadeadas por influência de tensões emocionais.
É muito difícil evitar a agudização dos processos porque algumas crianças recebem, muitas vezes, a carga das tensões familiares. São verdadeiros pára-raios emocionais da família e, não tendo como resolver os problemas familiares desviam a pressão para seu próprio organismo. Uma pele hipersensível é o órgão de choque para descarregar essas tensões.
Outras manifestações cutâneas relacionadas às emoções ocorrem, dependendo da reação momentânea da criança.
É, pois, importante levar em consideração o estado emocional da criança para evitar doenças psicossomáticas e para aliviar a carga que as emoções podem acrescentar a doenças existentes
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VITILIGO
Vitiligo é uma descoloração da pele em certas áreas, de causa desconhecida e, embora não provoque danos à saúde, é um problema com pouquíssimas alternativas de tratamento. Portanto, o Vitiligo é uma patologia de despigmentação, onde manchas branco leitosas na pele, especialmente nos pés, mãos, órgãos genitais e face. Normalmente são bilaterais, mas também se apresentam únicas, isoladas ou disseminadas.
As manchas do Vitiligo se formam devido à diminuição ou ausência das células responsáveis pela pigmentação que dá cor à pele, os chamados melanócitos. Além dessa ausência ou diminuição dos melanócitos, o Vitiligo geralmente está associado também à ausência da própria melanina, que é a substância secretada pelos melanócitos.
Causas
A origem do Vitiligo é desconhecida. Algumas pesquisas já tentam relacioná-lo a problemas endócrinos, tendo em vista o fato de alguns pacientes apresentarem alterações de tireóide e diabetes, também à fatores imunológicos, do tipo auto-imune e, sobretudo, emocionais. Este último aspecto aparece como hipótese causal tendo em vista ser muito comum a associação entre acontecimentos importantes na vida do paciente e o aparecimento ou o agravamento dessa doença, assim como sua oscilação em função do estresse.
Ainda que o elemento emocional não esteja relacionado ao surgimento das manchas, alguns pacientes referem problemas emocionais consideráveis depois do aparecimento das lesões, acompanhado de substancial piora do quadro clinico. Nossa sociedade costuma ser bastante rigorosa quanto à perfeição estética dos seres humanos.
Clínica
O Vitiligo tem curso crônico, com tendência ao aumento progressivo das lesões. Não há como prever o tipo e extensão da evolução da doença. Ela pode permanecer estável durante anos e voltar a se desenvolver ou regredir espontaneamente. Inclusive não é raro que, num mesmo paciente, possam ocorrer regressão de algumas lesões enquanto outras se desenvolvem.
As manchas típicas do Vitiligo são brancas, com ausência de pigmento (melanina) e podem apresentar um fino halo mais pigmentado, de pele mais escura, ao seu redor. Essas manchas atingem principalmente a face, extremidades dos membros, genitais, cotovelos e joelhos, mas pode chegar a acometer quase toda a pele. Quando atinge áreas pilosas os pelos também perdem a coloração e ficam brancos. Os ferimentos na pele podem dar origem a novas lesões.
Tratamento
Apesar do Vitiligo não causar nenhum prejuízo à saúde física, as alterações estéticas muitas vezes causam distúrbios psicológicos que podem prejudicar o convívio social e o agravamento da própria doença. Quando necessário, o tratamento emocional dos pacientes pode ser fundamental para um bom resultado do tratamento do Vitiligo.
Como o Vitiligo se apresenta de forma e intensidade variada em cada paciente, o tratamento dermatológico deve também ser individualizado, de acordo com cada caso. Alguns medicamentos com ótimos resultados em alguns pacientes podem não ter efeito nenhum em outros. Muitas vezes, os resultados parecem estar mais relacionados ao paciente tratado do que ao tratamento em si. A repigmentação das lesões se dá a partir dos folículos pilosos, formando-se pontilhado de cor normal dentro das manchas. Estes pontos aumentam progressivamente juntando-se uns com outros para fechar a lesão.
A cura do Vitiligo tem sido uma busca incansável no mundo todo. Qualquer que seja o tratamento idealizado para o Vitiligo, este será sempre demorado e exigirá paciência. No caso das crianças portadoras, é importante que os pais tentem se controlar para não transmitir sua ansiedade para elas, fazendo-as pensar que sofrem de uma doença grave, o que só trará dificuldades ao tratamento . É importante lembrar que o Vitiligo não traz nenhuma alteração de saúde apesar do grande distúrbio estético.
Uma consideração importante, segundo Shirley Schnaider Borelli, é que “o paciente bem amado ou bem tocado do ponto de vista emocional apresenta melhores respostas aos tratamentos“. A autora refere ter observado pacientes que usaram as mesmas técnicas e não responderam a elas da mesma forma e após abordagens psicoterápicas passaram a apresentar uma pigmentação exuberante em todas as áreas do corpo.
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DERMATITE ATÓPICA
A Dermatite Atópica é um transtorno crônico e recorrente da pele que se caracteriza por lesões com vermelhidão, prurido intenso, e frequentemente ressecamento em diferentes partes do corpo. A Dermatite Atópica se apresenta em episódios agudos, por tempos e intensidade variáveis e, geralmente, também com períodos sadios de duração variável.
Além disso, a Dermatite Atópica pode decorrer de uma reatividade muito alta da pele a estímulos físicos e irritantes diretos e de maior suscetibilidade a certo tipo de infecções cutâneas, como por exemplo, aos fungos ou ao estafilococo. As pessoas com Dermatite Atópica são, em resumo, portadoras de pele muito delicada ou sensível.
Tem-se podido demonstrar uma tendência genética hereditária nesta doença, frequentemente ligada a outras doenças de forte componente imunológico, tais como Asma Brônquica e Rinite Alérgica. Por isso se aventa a possibilidade de demonstrar a participação de reações alérgicas como a causa da grande maioria dos casos com este transtorno, ainda que tenhamos de esclarecer outros muitos fatores que influenciam a evolução e severidade da Dermatite Atópica.
Antigamente a Dermatite Atópica era conhecida como “neurodermatitis“, sugerindo, como já se demonstrou, que este tipo de pele teria uma reação anormal a certos estímulos cutâneos devido a alterações nas terminações nervosas sensitivas. Essas terminações nervosas normalmente controlam, por exemplo, a sudorese, a dilatação dos capilares ou a secreção das glândulas sebáceas da pele.
O Estresse e a Dermatite
Atualmente se sabe, que, ainda que o estresse ou as emoções intensas podem exacerbar ou produzir um novo broto de Dermatite Atópica, isso não quer dizer que esta seja a causa do transtorno em si. Isto é, o estresse é mais outro dos fatores que influem neste transtorno,assim como também o são: o excesso de suor, de sol, de frio, o roçar com roupas ásperas, o contacto direto com sustâncias irritantes como os solventes, sabões, detergentes, combustíveis, e certos metais.
Quanto aos fatores alérgicos, os alimentos são os mais freqüentemente relacionados com a sensibilização cutânea, sejam eles ingeridos ou mantidos contato diretamente na pele. Também são muito frequentes os sensibilizantes cutâneos diretos de diversos tipos: cremes lubrificantes; com antibióticos; alguns sabões e detergentes; materiais plásticos como o látex, nylon, a lycra ou o dacróm, e alguns metais como o níquel e o zinco, utilizados em guarda-roupas.
A maioria dos casos de Dermatite Atópica se apresenta por brotos agudos de irritação de algumas zonas da pele e os locais afetados variam muito, dependendo da idade da pessoa doente. Em lactentes frequentemente as lesões acometem as nádegas, frente, peito, escápula, superfícies laterais externas de pernas e braços e parte interna dos punhos. Em crianças escolares as lesões tendem a aparecer mais nas pregas da pele do pescoço, braços, e do joelho. Na etapa de adulto, pode seguir com predomínio nas pregas, mas aparecem também em forma de lesões fixas crônicas em diferentes partes do corpo, em o tórax, braços ou pernas e pode afetar também as mãos, sobre todo em mulheres.
A característica principal e distintiva de qualquer das formas da Dermatite Atópica é o prurido, o qual pode ser intenso e em ocasiões difícil de controlar. Algumas vezes estes episódios desaparecem expontaneamente se não forem muito intensos, não precisando de medicamentos ou cremes empecias. Entretanto, na maioria das vezes se necessitam de tais medicazmentos.
A evolução da Dermatite Atópica, na maioria dos casos, é para a remissão total das recaídas, mas o processo normalmente leva anos, muitos ou poucos, segundo a severidade inicial do transtorno. As recaídas podem durar poucos dias ou manter-se por tempos muito prolongados, dependendo da causa e da severidade e extensão das zonas afetadas em cada caso. Nos casos mais severos, com lesões na maior parte do corpo e que respondem mal aos tratamentos convencionais, a melhora com o passar do tempo pode ser pouca e muito poucas são também as probabilidades de que se cure totalmente com qualquer tipo de tratamento.
Estes casos mais severos de Dermatite Atópica podem ser extremamente sensíveis a uma grande variedade de alérgenos e podem acompanhar-se de outras anormalidades do sistema imunológico, pelo que requerem intervenção de um especialista em imunologia, pois requerem estudos especiais adicionais e tratamentos mais agressivos.
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para referir:
Ballone GJ – Dermatologia e emoções – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.net, revisto em 2020
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