Corpo perfeito – Vigorexia

[et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”]

A Vigorexia deve ser considerada um quadro do tipo obsessivo-compulsivo, tanto pela obsessão em musculatura, como pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, além de eventual distorção do esquema corporal.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”3_5,2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

A obsessão ou adicção ao exercício físico, chamada de Vigorexia ou Overtraining é um transtorno no qual as pessoas realizam exercícios físicos ou práticas esportivas de forma continua, com valorização obsessiva a ponto de exigir intenso treinamento de seu corpo, muitas vezes sem se importar com eventuais consequências ou contraindicações. Uma outra patologia solidamente associada à Vigorexia e presente nas classificações internacionais é o Transtorno Dismórfico Corporal.

A vigorexia, os transtornos alimentares, entre outros quadros emocionais costumam ter forte relação com alguns valores culturais. A sintomatologia psiquiátrica igualmente pode variar de acordo com a época e com os valores culturais. A busca do corpo perfeito é bastante estimulado por valores culturais.

Uma boa parte dos casos de Vigorexia  é fruto da sociedade consumista, competitiva, frívola e, até certo ponto, cultuadora da imagem corporal. A Vigorexia e, em geral, os Transtornos Alimentares exemplificam bem a influência sociocultural na eclosão de alguns transtornos emocionais. Com toda certeza, a Vigorexia é uma das mais recentes patologias psiquiátricas estimuladas pela cultura.

A Vigorexia, classificada como Dismorfia Muscular e dentro dos transtornos do espectro obsessivo compulsivo, é mais comum em homens e se caracteriza por preocupação excessiva em ficar forte e ter o corpo perfeito a todo custo.

Os portadores desse transtorno costumam ser bastante musculosos, mas mesmo assim passam horas na academia malhando insatisfeitos com seus corpos.

 Uma das observações psicológicas desses pacientes é que normalmente eles são insatisfeitos com seus corpos, recorrendo assim aos exercícios excessivos e à fórmulas mágicas para acelerar o fortalecimento, como por exemplo os esteroides anabolizantes.

As pesquisas sobre dependência (ou adicção) a quaisquer coisas caminham, hoje em dia, através da psiquiatria, da psicologia experimental e da neurobiologia, no sentido de serem identificados fatores emocionais e biológicos que contribuem para alterar o equilíbrio do prazer (homeostasia hedonista), levando assim à dependência ou adicção. A palavra “adicção“, em português, é um neologismo técnico que quer dizer, de fato, dependência.

O termo Vigorexia, romanticamente chamada de Síndrome de Adônis, foi primeiramente assim denominado pelo psiquiatra americano Harrisom G. Pope, da Faculdade de Medicina de Harvard, Massachusetts. Os estudos de Pope foram publicados na revista Psychosomatic Medicine com a observação de haver cerca de um milhão de norte-americanos, entre os nove milhões de adeptos à musculação, possivelmente acometidos da patologia emocional. As duas rexias, Anorexia e Vigorexia foram consideradas por Pope como doenças ligadas à perda de controle de impulsos narcisistas.

Apesar de todas as características clínicas da Vigorexia, vários autores não a consideram uma nova doença ou uma entidade clínica própria, mas sim uma manifestação clínica de um quadro já amplamente descrito: o Transtorno Dismórfico Corporal. Dentro do Transtorno Dismórfico Corporal a vigorexia tem foco na musculatura e seria o chamado Transtorno Dismórfico Muscular (ou Vigorexia).

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

O principal sintoma da vigorexia é a pessoa continuar achando que seu corpo é inadequado apesar de estar em ótima forma física. É uma espécie de Dismorfofobia (ou dismorfia corporal) Outros sintomas são:

Dor muscular por todo o corpo
Cansaço ao extremo
Irritabilidade
Depressão
Anorexia/ Dieta restritiva
Insônia
Aumento da frequência cardíaca 
Menor desempenho sexual

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

 

Ortorexia

Seguindo a moda das “exias”, como Anorexia, Vigorexia, etc, descreve-se também outra patologia atrelada aos valores culturais: trata-se do exagero com as dietas naturalistas. Essa obsessão dietética pode revelar sintomas do transtorno recém batizado de Ortorexia Nervosa. A palavra é um neologismo baseado no grego, em que orthos significa “correto” e “verdadeiro”, e orexis quer dizer apetite.

Trata-se de um quadro onde o portador é alguém muito preocupado com os hábitos alimentares saudáveis e dedica grande parte do tempo a planejar, comprar, preparar e fazer refeições. A diferença entre essa Ortorexia e a Síndrome do Gourmet, é que nestaúltima  não há nenhuma preocupação com os alimentos “politicamente corretos”. Além desse traço obsessivo alimentar, o paciente dispõe de um autocontrole rigoroso para não se render diante das tentações da mesa.

Aliás essas pessoas sentem-se superiores a quem se esbalda nos pecados das impurezas de um filé ao ponto ou de uma guloseima em calda de chocolate. Com o tempo essas pessoas acabam adotando comportamentos nutricionais cada vez mais restritivos, com prejuízo da sociabilidade ou, o que é pior, passam a ter uma desagradável iniciativa de convencer todo mundo a entrar para sua turma. Isso gera conflitos e dificuldades de relacionamento, com risco da pessoa ficar falando sozinha.

Como provável indício (pródromo) da Ortorexia surge, por exemplo, a macrobiótica ou similar, ou uma exclusividade no consumo de frutas, legumes, folhas. Na base da personalidade dessas pessoas está uma forte inclinação obsessiva, tanto na Ortorexis quanto na Vigorexia para a preocupação exagerada e tirânica com a perfeição alimentar e bons hábitos. Nesse sentido, entraria a alimentação considerada politicamente correta e pretensamente saudável.

Esses excessos de retidão dietética podem colocar a saúde da pessoa em risco, devido à grande perda de peso e carência de componentes nutritivos. Alguns autores, de modo geral, acham cedo classificar esses casos como uma doença psíquica, preferindo considerá-los como variantes sintomáticos dos Transtornos Alimentares, da Anorexia ou da Vigorexia (Transtorno Dismórfico Corporal), ambos situados dentro do Espectro Obsessivo-compulsivo.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Vigorexia ou Síndrome de Adônis

Nas sociedades civilizadas algumas pessoas se submetem à verdadeira escravidão aos padrões de beleza. Isso tem sido responsável por aumento da incidência dos Transtornos Dismórficos, sejam Corporais (associados à Anorexia e Bulimia) ou Musculares (Vigorexia).

Seria desejável ao ser humano moderno estar moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se convertesse em uma obsessão. Decididamente o ideal desejável e sadio não é o mesmo padrão imposto pelas revistas de beleza e pelos modelos publicitários, mas antes disso, é estar satisfeito consigo mesmo e aceitar-se como é. Por outro lado, quem na adolescência não se sentiu complexado, alguma vez ao menos, pelo tamanho de seu nariz? Quem não sofreu com a acne na puberdade?

Tais complexos acabam gerando insegurança social, podem agravar a introversão e timidez. A atitude habitual, apesar de inocente, é acreditar que a timidez e insegurança sociais seriam resolvidas caso a pessoa fosse bela, forte, um modelo de homem perfeito, um corpo escultural. Nasce aí a obsessão de beleza física e perfeição, as quais se convertem em autênticas doenças emocionais, acompanhadas de severa ansiedade, depressão, fobias, atitudes compulsivas, repetitivas (olhadas seguidas no espelho) e que conduzem ao chamado Transtorno Dismórfico Corporal.

O termo Dismorfia Corporal foi proposto em 1886 pelo italiano Morselli. Freud descreveu o caso “Homem Lobo”, uma pessoa que, apesar de ter um excesso de pelos no corpo, centrava sua excessiva preocupação na forma e tamanho de seu nariz. Ele o via horrível, proeminente e cheio de cicatrizes.

Embora exista um grande número de pessoas mais ou menos preocupadas com sua aparência, para ser diagnosticado Dismorfia, deve haver sofrimento significativo e uma reiterada obsessão com alguma parte do corpo que impeça uma vida normal. Quando esse quadro todo se fixa na questão muscular, havendo uma busca obsessiva para uma silhueta perfeita, o transtorno se chamará Vigorexia ou Transtorno Dismórfico Muscular.

A Vigorexia, como vimos pode ser sinônimo de Dismorfia Muscular (ou Transtorno Dismórfico Muscular) e não é por casualidade que o nome Vigorexia rime com Anorexia. As duas doenças promovem a distorção da imagem que os pacientes têm sobre si mesmos: os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, os vigoréxicos nunca se acham suficientemente musculosos. Alguns autores já estão atribuindo o aparecimento da Vigorexia à moda de um estilo de vida tipo “vigilante da praia“.

Não se trata simplesmente de fazer exercícios para receber o diagnóstico de Vigorexia. Os exercícios orientados, com indicação médica ou terapêutica, recreativos e/ou de condicionamento continuam sendo muito bem vindos na medicina e na psiquiatria.

Entretanto, as pessoas que treinam exaustivamente e não apenas para se sentirem bem, mas para ficarem estupendos e perfeitos, são sérios candidatos ao diagnóstico de Vigorexia. Normalmente essas pessoas estão dispostas a manter uma dieta rigorosa, a tomar fármacos e a treinar duro para conseguir seu objetivo. Elas perdem a noção de sua própria corporeidade e nunca param ou ficam satisfeitos.

Os sintomas da Vigorexia se evidenciam pela obsessão em tornar-se musculosos. Essas pessoas olham-se constantemente no espelho e, apesar de musculosos, podem ver-se enfraquecidos ou distantes de seus ideais. Sentir-se assim “incompletos”, faz com que eles invistam todo tempo disponível em exercícios e ginásticas para aumentar sua musculatura.

É difícil estabelecer limites entre um exercício saudável e um exercício obsessivo, mas é bom lembrar que os vigoréxicos, além da musculação continuada, comem de forma atípica e exagerada. Essas pessoas se pesam várias vezes por dia e fazem continuadas comparações com outros companheiros de academia. A doença vai derivando num quadro obsessivo-compulsivo, de tal forma que eles se sentem fracassados, abandonam suas atividades e se isolam em academias dia e noite.

Alguns anoréxicos podem chegar a ingerir mais de 4.500 calorias diárias (o normal para uma pessoa é 2.500), e sempre acompanhado por numerosos e perigosos complementos vitamínicos, hormonais e anabolizantes. Tudo isso é feito com o propósito de aumentar a massa muscular, mesmo tendo sido alertados quanto aos graves efeitos colaterais desse estilo de vida.

A Vigorexia deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo-compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela flagrante distorção do esquema corporal.

Todavia, apesar de ser clinicamente característica, a Vigorexia não está ainda incluída nas classificações tradicionais de transtornos mentais, embora possa ser considerada uma espécie de Dismorfia Corporal, já que também é conhecida com o nome de Dismorfia Muscular.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”3_5,2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Consequências da Vigorexia

Uma das consequências da Vigorexia ou overtraining, diz respeito ao excesso de treinamento e às reações corporais que avisam, por assim dizer, que algo está errado. São reações semelhantes ao estresse tais como: insônia, falta de apetite, irritabilidade, desinteresse sexual, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de concentração entre outras.

Além da obsessão com o corpo perfeito, a Vigorexia também produz uma importante mudança nos hábitos e atitudes dos pacientes, notadamente na questão alimentar. 

A vida do anoréxico gira em torno dos cuidados com seu corpo, sua dieta é minuciosamente regulada, eliminando-se totalmente as gorduras e, ao contrário, consumindo-se excessivamente as proteínas. Esse desequilíbrio alimentar acaba por sobrecarregar o fígado obrigando-o a desempenhar um trabalho extra.

A Vigorexia causa problemas físicos e estéticos, como por exemplo, a desproporção displásica, também entre o corpo e cabeça, problemas ósseos e articulares devido ao peso excessivo, falta de agilidade e encurtamento de músculos e tendões.

A situação se agrava quando surge o consumo de esteroides e anabolizantes com o fim de conseguir “melhores resultados”. O consumo destas sustâncias aumenta o risco de doenças cardiovasculares, lesões hepáticas, disfunções sexuais, diminuição do tamanho dos testículos e maior propensão ao câncer da próstata.

Emocionalmente, segundo estudos de Pope, a Vigorexia pode ter como consequência um quadro de Transtorno Obsessivo-compulsivo, fazendo com que os pacientes se sintam fracassados e abandonem suas atividades sociais, inclusive de trabalho, com o propósito de treinar e exercitar-se sem descanso.

Costuma haver algum grau significativo de comprometimento social e/ou ocupacional nos pacientes portadores de Vigorexia, e sua qualidade de vida pode ser agravada ainda por procedimentos potencialmente iatrogênicos e onerosos, como tratamentos cirúrgicos e dermatológicos desnecessários.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Personalidade da Vigorexia

Podemos encontrar, entre portadores de Vigorexia, pessoas que buscam a figura perfeita, influenciadas por modelos culturais atuais, ou esportistas que querem obsessivamente chegar a ser os melhores, exigindo insensatamente de seu organismo até sua meta ser alcançada. Recentemente temos visto também, entre os vigoréxicos, pessoas portadoras de personalidade introvertida, cuja timidez ou retraimento social favorecem uma busca do corpo perfeito como compensação aos sentimentos de inferioridade.

Estas pessoas possuem alguns traços característicos de personalidade, costumam ter baixa autoestima e muitas dificuldades para integrar-se socialmente, costumam ser introvertidas e podem, com frequência, rejeitar ou aceitar com sofrimento a própria imagem corporal.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”2_5,3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Em geral, como vimos, a obsessão com o próprio corpo se parece muito com o mesmo fenômeno observado na anorexia nervosa.

O fisiculturismo é um dos esportes que mais comumente se relaciona com este tipo de transtorno, mas isso não significa que todos fisiculturistas tenham Vigorexia.

Os vigoréxicos praticam seus esportes e ginásticas sem levar em conta ou sem se importarem com as condições climáticas, condições físicas limitadoras ou mesmo inadequações circunstanciais do dia-a-dia, chegando a sentirem-se incomodados ou culpados quando não podem realizar essas atividades.

Os critérios de diagnóstico para a Vigorexia ainda não estão claramente estabelecidos por tratar-se de um transtorno tornado frequente mais recentemente, portanto não incluído nas classificações CID e DSM, ainda não reconhecido como um uma doença clássica e característica pelas classificações internacionais.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Sintomas e Patologia da Vigorexia

Psiquiatricamente o quadro mais diretamente associado à Vigorexia, como visto acima, é o Transtorno Dismórfico Muscular, uma patologia psíquica das pessoas excessivamente preocupadas com a própria aparência, constantemente insatisfeitas com seus músculos e continuadamente em obsessiva busca da perfeição.

O sintoma central parece ser uma distorção na percepção do próprio corpo e deste sintoma decorrem os demais, como por exemplo, a obsessão pelos exercícios e dietas especiais. Esse tipo de sintoma básico (percepção distorcida do próprio corpo) também é o sintoma principal dos transtornos alimentares.

Mangweth e cols, compararam 27 homens com diagnóstico de transtorno alimentar (sendo 17 com anorexia nervosa e 10 com bulimia nervosa), com 21 atletas masculinos e 21 homens normais não-atletas, usando um teste computadorizado da imagem do corpo, o “matrix somatomorphic”. Quando era pedido para todos eles escolherem o corpo ideal que gostariam de ter, os homens com transtornos alimentares selecionaram uma imagem com a gordura de corpo muito próxima àquela escolhida pelos homens atletas e do grupo de controle.

Entretanto, havia grande diferença entre esses grupos quanto à percepção da imagem corporal, principalmente no tanto de gordura que a pessoa acredita ter. Os homens com transtornos alimentares se percebiam ser quase duas vezes mais gordos que realmente eram, e as pessoas do grupo controle não mostraram nenhuma tal distorção. Estes resultados foram muito semelhantes aos estudos realizados com mulheres portadoras de anorexia e bulimia, as quais também mostram uma percepção anormal da gordura corporal.

Há, nos vigoréxicos, uma inclinação patológica para o que se considera o protótipo do homem moderno, supostamente (e erroneamente, segundo pesquisa de Pope) desejável pelas mulheres. Há uma busca obsessiva em se tornar o modelo de homem, com um corpo fibroso, definido, musculoso, e devidamente glorificado pela televisão, pelo cinema, pelas revistas e passarelas de moda. A Vigorexia representa bem a sociedade onde “uma imagem vale mais que mil palavras”, tornando os homens obcecados por seus corpos perfeitos.

A mesma preocupação e distorção com o esquema corporal constatado na Anorexia observa-se na Vigorexia. Na Anorexia as pacientes – geralmente mulher – acham-se ainda gordas, apensar de notavelmente magras e, na Vigorexia, acham-se fracas, apesar de notavelmente musculosas.

O problema é mais comum ter início na adolescência, período onde, naturalmente, as pessoas tendem a ser insatisfeitas com o próprio corpo e se submetem exageradamente aos ditames da cultura. Na adolescência existe uma pressão para as meninas se manterem magras e uma cobrança para que os meninos fiquem fortes e musculosos. A importância da identificação da Vigorexia precocemente, é no sentido de evitar que os adolescentes façam uso de drogas para obter os resultados desejados (ou fantasiados).

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”1_2,1_2″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”1_2″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ text_font_size=”11px” sticky_enabled=”0″]

Referências
Choi PY, Pope HG Jr, Olivardia R. – 
Muscle dysmorphia: a new syndrome in weightlifters – Br J Sports Med. 2002 Oct;36(5):375-6; discussion 377.
Diaz Marsa M, Carrasco JL, Hollander E.- 
Body dysmorphic disorder as an obsessive-compulsive spectrum disorder- Actas Luso Esp Neurol Psiquiatr Cienc Afines 24(6): 331-7, 1996 (in Spanish)
Grant JE, Kim SW, Eckert ED- 
Body dysmorphic disorder in patients with anorexia nervosa: prevalence, clinical features, and delusionality of body image- Int J Eat Disord 32(3): 291-300, 2002
Hollander E, Allen A, Know J, Aronowitz B, Schmeidler J, Wong C, Simeon D- 
Clomipramine vs desipramine crossover trial in body dysmorphic disorder: selective efficacy of a serotonin reuptake inhibitor in imagined ugliness- Arch Gen Psychiatry 56(11): 1033-9,1999
Hollander, E.- 
Obsessive-compulsive disorder-related disorders: the role of selective serotonergic reuptake inhibitors- Int Clin Psychopharmacol 11(Suppl 5):75-87, 1996
Kanayama G, Cohane GH, Weiss RD, Pope HG. – 
Past anabolic-androgenic steroid use among men admitted for substance abuse treatment: an underrecognized problem? – J Clin Psychiatry.64(2):156-60, 2003.
Kanayama G, Pope HG, Cohane G, Hudson JI. – 
Risk factors for anabolic-androgenic steroid use among weightlifters: a case-control study – Drug Alcohol Depend.71(1):77-86, 2003.
Mangweth B, Hausmann A, Walch T, Hotter A, Rupp CI, Biebl W, Hudson JI, Pope HG Jr. – 
Body fat perception in eating-disordered men – Int J Eat Disord. 35(1):102-8, 2004.
Mangweth B, Hudson JI, Pope HG, Hausmann A, De Col C, Laird NM, Beibl W, Tsuang MT. – 
Family study of the aggregation of eating disorders and mood disorders – Psychol Med. 33(7):1319-23, 2003.

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_2″ _builder_version=”4.7.4″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

para referir:
Ballone GJ – Vigorexia – o corpo perfeito. in. PsiqWeb, Internet – disponível em http://www.psiqweb.net, 2016

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]