[et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_row column_structure=”2_3,1_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”2_3″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]
Ansiedade pela sobrevivência social e econômica
Ansiedade é um estado emocional normal. Uma das características da sobrevivência da espécie humana e de muitas outras espécies do reino animal é a capacidade de se adaptar às circunstâncias, o que requer uma mudança no desempenho do indivíduo. Essa mudança no desempenho é proporcionada pela ansiedade.
O potencial ansioso humano sempre esteve fisiologicamente presente em toda história da civilização e sempre carregou consigo o sentimento do medo, sua sombra inseparável. É muito difícil dizer se o estresse que acometia o homem pré-histórico diante de um urso invasor de sua caverna era diferente daquilo que sente hoje um cidadão comum diante do assaltante que invade seu lar. Provavelmente não.
Fazem parte da natureza humana os sentimentos determinados pela necessidade (de adaptação), pela ameaça, pelo desconhecido e pela perspectiva de sofrimento. A ansiedade passou a ser problemática quando o ser humano colocou-a não a serviço de sua sobrevivência, como fazia antes, mas a serviço de sua existência, com o amplo leque de exigências desta existência. Na questão do emprego, trata-se da sobrevivência social e econômica, tão importante quanto a sobrevivência que nossos ancestrais tinham que conquistar diante do urso invasor de sua caverna.
O estresse passou a ser o representante emocional da ansiedade, que é mais orgânica que psíquica. E a ansiedade é a representação orgânica do medo e da necessidade adaptativa. O fato de um evento ser percebido como estressante não depende apenas da natureza ameaçadora deste evento, como acontece no mundo animal, mas depende sim do significado atribuído à este evento pela pessoa, de seus recursos, de suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento. O próprio significado da entrevista para emprego é diferente entre as diferentes pessoas, logo, determinará diferentes níveis de ansiedade.
Ansiedade Patológica
A ansiedade é patológica quando deixa de ser útil e passa a causar sofrimento excessivo ou prejuízo no desempenho da pessoa. Porém, a ansiedade experimentada na entrevista para emprego comumente se refere a um estado emocional normal, já esperado, um tipo de emoção capaz de melhorar o estado de alerta, que faz a pessoa se adaptar à essa exigência da vida. É assim para a maioria das pessoas.
A ansiedade produzida pela preocupação de que alguma coisa possa dar errada é útil dentro da circunstância apropriada, melhora o desempenho e por isso não representa inconveniente maior. Trata-se da mesma ansiedade que os pilotos experimentam antes da decolagem ou aterrisagem de seus aviões, ou os atletas antes da competição e assim por diante.
A ansiedade patológica, por sua vez, é desproporcional à exigência, prejudica a adaptação e piora o desempenho. Os pacientes com transtorno do pânico, por exemplo, ficam imobilizados e completamente rendidos diante de determinadas situações ou momentos. Da mesma forma que os pacientes fóbicos ou aqueles que sofrem de crises de ansiedade generalizada. Se a ansiedade for muito intensa durante uma entrevista de emprego o desempenho pode ficar irremediavelmente comprometido. As pessoas que experimentam uma crise de ansiedade aguda podem apresentar uma grande variedade de sintomas:
[/et_pb_text][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″ text_font_size=”12px”]Alguns sintomas físicos possíveis na ansiedade intensa | |
Sudorese | Sensação de desmaio |
Tremores | Medo de perder o controle |
Falta de ar | Formigamentos |
Desconforto no peito | Calafrios |
Desconforto na barriga | Ondas de calor |
Náuseas | Vermelhidão na face |
Tontura | Mãos frias |
Transtorno de Ansiedade Generalizada
A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma expectativa apreensiva ou preocupação excessiva, ocorrendo na maioria dos dias e com duração de, pelo menos, 6 meses. A pessoa portadora de Transtorno de Ansiedade Generalizada considera difícil controlar essa preocupação excessiva, a qual é acompanhadas de pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais:
Inquietação,
Fatiga,
Dificuldade em concentrar-se,
Irritabilidade,
Tensão muscular e
Perturbação do sono
Embora os pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada nem sempre sejam capazes de identificar suas preocupações como “excessivas”, mesmo assim relatam sofrimento subjetivo por causa delas, têm dificuldade em controlá-las ou experimentam prejuízo social ou ocupacional por causa disso.
A intensidade, duração ou freqüência da ansiedade ou preocupação excessivas são claramente desproporcionais ao evento estressor e a pessoa considera difícil evitar que essas preocupações interfiram na atenção e nas tarefas que precisam ser realizadas. Normalmente ela tem dificuldade em parar de se preocupar.
Ansiedade, Estresse e Esgotamento
são termos de uso corrente entre as pessoas participantes daquilo que se chama vida moderna. Ninguém gosta de pensar na Ansiedade, no Estresse, noEsgotamento ou na Depressão como sendo formas de algum transtorno mental, é claro. Isso pode parecer muito próximo do descontrole, da piração ou da loucura e, diante da possibilidade de sermos afetados, pelo menos alguma vez na vida, pelo Estresse, pelo Esgotamento ou pela Depressão, então será melhor não considerá-los como formas de algum transtorno emocional.
Devemos considerar o Estresse uma ocorrência fisiológica e normal no reino animal. O Estresse é a atitude biológica necessária para a adaptação do organismo à uma nova situação. Em medicina entende-se o Estresse como uma ocorrência fisiológica global, tanto do ponto de vista físico quanto do ponto de vista emocional. As primeiras pesquisas médicas sobre o Estresse estudaram toda uma constelação de alterações orgânicas produzidas no organismo diante de uma situação de agressão.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure=”1_2,1_2″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_column type=”1_2″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]Medo da ansiedade ser percebida
Todas as pessoas sofrem certa ansiedade quando percebem que precisam dominar alguma coisa ou situação. Mas existem pessoas que têm uma ansiedade exagerada. Para essas pessoas o medo de não conseguir ter necessário autocontrole e deixar se dominar pela ansiedade já é um dos principais fatores que geram a própria ansiedade. Isso quer dizer que a ideia de que o “outro” está observando (e julgando) sua ansiedade é mais que suficiente para aumentar o estado ansioso e, aí sim, perder mesmo o controle.
Para aprender a ter algum domínio sobre a ansiedade a pessoa excessivamente ansiosa deve prestar muita atenção ao último parágrafo acima. O medo maior que provoca a ansiedade no momento da entrevista nem sempre é não conseguir o emprego, mas sim, medo do entrevistador perceber a ansiedade do entrevistado. Na realidade, o medo mesmo é a dúvida sobre o que o entrevistador pensará do entrevistado ansioso. Esse é o grande fantasma da entrevista para emprego.
Assim, os pontos chaves da ansiedade desencadeada pela entrevista de emprego em pessoas naturalmente ansiosas são: o medo de não conseguir controlar a ansiedade e o medo daquilo que o entrevistador possa estar pensando sobre o estado emocional ansioso do entrevistado.
O medo de não conseguir controlar a ansiedade acaba gerando mais ansiedade, entretanto, ele será muito menor se o entrevistado fizer algumas considerações para si próprio, se ele tiver consciência de algumas coisas. Primeiro, saber que a ansiedade é absolutamente esperada para aquele momento, inclusive isso vale para pessoas sabidamente calmas e tranquilas.
[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_2″ _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]Ter consciência do medo
Segundo, o medo será também muito menor se o entrevistado tiver nítida consciência de que ele é naturalmente ansioso, sempre foi ansioso e, portanto, não será exatamente hoje, nesse momento estressante, que ele irá se manter sem ansiedade.
A consciência sobre a própria ansiedade, que faz parte da personalidade do entrevistado, fará com que a expectativa e a dúvida sobre ter ou não ansiedade naquele momento não existirá. Não existirá porque o entrevistado não tem mais dúvida; ele sabe que certamente ficará ansioso. Não há dúvidas sobre isso, porém, ficar muito ansioso é uma característica da personalidade, logo, não há muito que se fazer para mudar esse traço de personalidade.
As pessoas com essa característica devem manter em mente o fato de terem sobrevivido até hoje desse jeito, isso nunca impediu sua sobrevivência e, na maioria das vezes, nem sequer comprometeu um desempenho satisfatório em inúmeras áreas de atividades em sua vida.
A dúvida sobre o que, exatamente, pode estar pensando o entrevistador acerca da ansiedade do entrevistado, como vimos, gera mais ansiedade ainda. Muito bem. Vamos então acabar com essa dúvida se a ansiedade foi ou não percebida pelo entrevistador.
Entrevista
Se o entrevistado disser espontaneamente (de preferência) ou responder ao entrevistador que, de fato, está muito ansioso, a tal dúvida deixará de existir em parte. Aquela parte da dúvida se o entrevistado está ou não ansioso acabou; o entrevistador sabe agora que o entrevistado está ansioso porque isso já foi dito.
Resta parte da dúvida sobre o que o entrevistador está pensando de uma pessoa assim tão ansiosa como é o entrevistado confesso. Aí entra a sinceridade como fator decisivo: “- sempre que vou lidar com alguma coisa muito importante para mim, de fato fico ansioso”. Pronto. Agora ele sabe porque o entrevistado está ansioso e que a entrevista é muito importante para ele. E isso não é defeito.
Se apesar de tudo isso a ansiedade continua incontrolável e limitante para algum aspecto da vida, então a pessoa deve procurar tratamento adequado. O tratamento deve ser, preferentemente, uma associação de medicamentos inicialmente, para controle mais rápido dessa emoção, juntamente com tratamento psicoterápico, mais longo que o primeiro.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ column_structure=”3_5,2_5″ sticky_enabled=”0″][et_pb_column type=”3_5″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]para referir:
Ballone GJ – Ansiedade na entrevista de emprego – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.net, 2020.