Síndrome do X Frágil

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A síndrome do X frágil é a segunda causa única mais comum de deficiência intelectual. Essa síndrome resulta de uma mutação no cromossomo X no que é conhecido como o sítio frágil (Xq27.3)

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A Deficiência Mental tem sido detectado em 2-3% de todas as crianças e, embora os problemas genéticos sejam a causa da expressiva maioria dos casos, atualmente não se consegue atribuir uma alteração genética específica em mais de 50-70% dos casos. Entre as causas genéticas especificamente associadas à Deficiência Mental, a Síndrome do X Frágil é a mais prevalente.

Os autores divergem entre 6 e 25% entre todos os casos de Deficiência Mental que estariam associados à Síndrome do X Frágil. Essa incidência tem aumentado com o passar dos anos devido aos avanços da Citogenética Bioquímica e Molecular.

Apesar de enorme prevalência da Síndrome do X Frágil entre os grandes transtornos do rendimento intelectual, parece que as escolas especiais e os profissionais especialmente dedicados a essa área têm tido mais preparo (e/ou preferência) para lidar com crianças com Síndrome de Down e com Autismo Infantil.

Há muita variabilidade na expressão genética como na expressão genotípica da síndrome. Acredita-se que a Síndrome do X Frágil ocorra em 1 de cada 1 mil homens e 1 de cada 2 mil mulheres.

O fenótipo típico inclui cabeça e orelhas grandes e compridas, estatura baixa, articulações hiperex- tensíveis e macro-orquidismo pós-puberal. O diagnóstico não necessita de todas características simultaneamente.

A deficiência intelectual associada varia de leve a grave. O perfil comportamental dos portadores dessa síndrome inclui taxa elevada de TDAH, transtornos de aprendizagem e transtorno do espectro autista.

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Incidência
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 10% da população de países em desenvolvimento, são portadores de algum tipo de deficiência, sendo que metade destes são portadores de Deficiência Mental, propriamente dita.

Calcula-se que o numero de pessoas com retardo mental guarda relação com o grau de desenvolvimento do país em questão e, segundo estimativas, a porcentagem de jovens de 18 anos e menos que sofrem retardo mental grave se situa em torno de 4,6%, nos países em desenvolvimento, e entre 0,5 e o 2,5% nos países desenvolvidos.  

Esta grande diferença entre o primeiro e o terceiro mundo demonstra que certas ações preventivas, como por exemplo a melhora de a atenção materno-infantil e algumas intervenções sociais específicas, permitiria um decréscimo geral dos casos de nascimentos de crianças com Deficiência Mental

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Sob circunstâncias normais, cada célula do corpo humano contém 46 cromossomos, ou seja, 23 pares de cromossomos. Esses cromossomos consistem no material genético (DNA) necessário à produção de proteínas para o desenvolvimento do organismo, seja desenvolvimento físico, mental, metabólico… enfim, são proteínas responsáveis por todo funcionamento e estrutura da pessoa. Vinte e dois desses 23 pares de cromossomos são iguais no homem e na mulher, mas o outro par restante (portanto 2 cromossomos) são os chamados cromossomos sexuais, denominados X e Y. Se o embrião tiver a constituição XY será homem e se tiver a constituição XX será mulher.

A Síndrome do X Frágil é uma condição genética herdada, produzida pela presença de uma alteração molecular ou mesmo de uma quebra na cadeia do cromossomo X, no ponto denominado q27.3 ou q28, condição esta associada a problemas de conduta e de aprendizagem, bem como a diversos graus de deficiência mental.

Apesar dessa condição cromossômica ter sido mais precisamente elucidada em maio de 1991, quando se sequenciou o gene responsável pela anomalia, o mesmo ponto frágil do cromossomo X já havia sido descrito em 1969 por Herbert Lubs, o qual descobriu a alteração numa família de dois irmãos com retardo mental. No final da década de 70 esta condição foi denominada Síndrome do X Frágil por Grant Sutherlan, enquanto as primeiras publicações científicas apareceram no final dos anos 70.

A doença é muito mais freqüente em meninos que em meninas, talvez porque nos homens há apenas 1 cromossomo X, portanto, sendo este X defeituoso, não haveria outro X sadio para compensar como ocorre nas mulheres que têm 2 cromossomos desse tipo.

A alteração molecular fundamental desta síndrome se estabelece no gene denominado FMR1. A mutação consiste na repetição de uma sequência de DNA em maior número que nos indivíduos normais, os quais apresentam de 6 a 54 copias. Nas pessoas que são apenas portadoras dessa anomalia cromossômica, mas sem a doença franca e clinicamente manifesta (normalmente mulheres), esta sequência se repete de 55 a 230 vezes, e nas pessoas afetadas pela doença a amplificação aumenta até 4000 copias.

A mutação sendo completa, confere a este gene a ausência de seu produto proteico, o FMRP. Esta proteína está presente em muitos tecidos e, mais abundantemente, no citoplasma de neurônios. Ela é também de primordial importância para a conexão sináptica. É muito provável que a causa da deficiência mental produzida por essa doença seja consequente à carência dessa proteína na junção sináptica.[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type=”2_5″ _builder_version=”4.6.6″ _module_preset=”default”][et_pb_text _builder_version=”4.7.7″ _module_preset=”default” hover_enabled=”0″ sticky_enabled=”0″]

Um dos sintomas da Síndrome do X Frágil é o déficit no desempenho linguístico. Este déficit inclui fala perseverante rápida com anormalidades na combinação de palavras para formar frases e sentenças.

Pessoas com a Síndrome do X Frágil aparentam ter habilidades relativamente fortes em atividades de coordenação, na comunicação e socialização. A habilidade em jogos eletrônicos é muito boa entre os pacientes. Parece que o desempenho intelectual declina na puberdade.

Além da Deficiência Intelectual, hiperatividade, problemas emocionais e comportamentais, ansiedade e alterações de humor, as pessoas com a Síndrome do X Frágil e com Autismo Infantil mostram o que se poderia chamar de defesa táctil, que significa que eles não fazem contato visual e não gostam de contato físico, revelando assim uma hipersensibilidade ao toque e ao som. Esses pacientes não tocam e detestam ser tocados.

Quanto evitar ser tocado, um estudo realizado em ratos com a chamada Síndrome do X Frágil mostrou que a área do cérebro responsável pela sensação ao toque é formada tardiamente no desenvolvimento cerebral.

Esses resultados podem ajudar a explicar por que algumas pessoas têm hipersensibilidade ao contato físico, segundo pesquisadores da revista científica Neuron.

 

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Espectro Autista
A Síndrome do X Frágil é uma alteração do desenvolvimento causado por um gene mutante no cromossomo X que interfere na produção de uma proteína chamada proteína do X-frágil e deficiência intelectual.

Sob condições normais esta proteína coordena a formação de outras proteínas necessárias à formação das sinapses no cérebro. Na Síndrome do X Frágil, assim como no Autismo Infantil existe verdadeira repulsa ao toque. 

A Síndrome do X Frágil responde por 3 a 4% dos casos de autismo, é causado por uma repetição trinucleotídea instável na região 5’ do gene de retardo mental do X frágil 1 (FMR1) em Xq27.3.

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Características clínicas
Os sinais da Síndrome do X Frágil são algo diferentes entre portadores homens e mulheres, assim também como é diferente a freqüência dessa ocorrência entre os dois sexos: 1 a cada 660 nascimentos em homens e 1 para cada 1.250 nascimentos em mulheres.

 Nos homens:
1 – Região frontal algo protuberante.
2 – Fascies alongada
3 – Orelhas grandes e possível implantação baixa.
4 – Leve prognatismo  (mandíbula para frente).
5 – Macroorquidismo (aumento dos testículos).
6 – Retardo no aparecimento da linguagem.
7 – Severos problemas de atenção.
8 – Instabilidade de conduta, oscilando de amigável a violento.
9 – Pode coexistir um quadro de Autismo Infantil.
10 – Personalidade retraída, grave desde a primeira infância
11 – Pode ter mutismo, indiferença interpessoal e atos repetitivos.
12 – Pobre contato visual (olhar evasivo).
13 – Onicofagia (comer unhas), desde muito cedo.
14 – Flacidez muscular, em geral motivo da 1a. consulta.
15 – Insuficiência intelectual de leve a profundo.
16 – Convulsões em 20% dos casos.

Nas mulheres
Conforme tem observado alguns autores, é frequente encontrar meninas com a síndrome, porém, clinicamente normais ou quase normais, sendo as dificuldades de aprendizagem e/ou de conduta a causa da maior parte das consultas, O prognóstico intelectual depende da porcentagem de células afetadas. Se, por exemplo, apenas 4% das células são afetadas a criança terá uma intelectualidade normal.

De um modo geral, pode-se dizer que a maioria (dois terços) das meninas é assintomática. A importância no diagnóstico da Síndrome do X Frágil em mulheres está mais relacionada ao planejamento genético e aos transtornos de conduta do que à Deficiência Intelectual.

Alguns estudos apontam que 1 entre 259 mulheres de todas as raças é portadora de cromossomo X frágil e, embora assintomáticas, essas mulheres podem passar esse gene aos filhos homens, os quais têm probabilidade muito grande de manifestar a doença. Em Homens as estatísticas dos portadores falam em 1 entre 800. Esses números sugerem que, embora a doença franca e manifesta seja muito mais frequente em homens, as mulheres são muito mais acometidas como portadoras, embora sem a doença manifesta.

Outra ocorrência clínica associada à Síndrome do X Frágil é a grande incidência de anormalidades eletroencefalográficas que esses pacientes apresentam. Essa anormalidade elétrica já havia sido notada há tempos, entretanto, só recentemente se reconheceu que a ocorrência simultânea de Síndrome do X Frágil e de epilepsia era muito maior nos portadores masculinos da doença. A mulher portadora dessa carga genética têm a mesma incidência de EEG anormal que a população geral.

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Critérios de diagnóstico

– Começo antes dos 30 meses.
– Progressiva ausência de respostas às pessoas.
– Déficit grosseiro no desenvolvimento da linguagem.
– Transtornos da linguagem (ecolalia, p.ex.).
– Distúrbios da fala (abaixo)
– Sintomas semelhantes ao autismo:
– Respostas bizarras aos estímulos,
– Resistência a mudanças,
– Apego anormal a objetos inanimados…

Alterações da Fala e Linguagem
Muitas crianças portadoras de Síndrome do X Frágil apresentam alterações da fala e da linguagem. A maioria delas não consegue elaborar frases curtas antes dos 2 e meio anos de idade. Normalmente a alteração da linguagem é detectada antes mesmo do diagnóstico da Síndrome do X Frágil. As alterações comuns da fala incluem a ecolalia (repetição de fonemas).

Características da fala:
1 – Fala rápida, ecolalia
2 – Ritmo desordenado
3 – Dispraxia verbal
4 – Volume alto
5 – Habilidade sintática preservada
6 – Dificuldade na relação semântica temporal, sequencial conceitual
7 – Boa capacidade imitativa de sons
8 – Bom senso de humor
9 – Uso freqüente de frases automáticas

Características Cognitivas
Os graus de deficiência das crianças portadoras da Síndrome do X Frágil são muito variados. Alguns casos podem, inclusive, ser percebidos como deficientes apenas por seus pais. Os graus mais leves são compatíveis com bom desempenho verbal e apreensão rápida dos estímulos ambientais, consequentemente a aprendizagem nesses casos é boa. Normalmente as meninas com essa síndrome, como dissemos, podem ter um funcionamento mental absolutamente normal.

O aprendizado dos portadores da Síndrome do X Frágil com retardo mental dá-se predominantemente por estimulação visual e a maioria deles têm dificuldades variáveis para a solução de problemas. O aprendizado está comprometido na maioria deles.

O teste de DNA para o diagnóstico da Síndrome do X Frágil foi desenvolvido a partir de 1992. Trata-se de um exame de sangue capaz de detectar a presença da síndrome na criança.

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Deficiência Intelectual e nível socioeconômico
Em algumas pesquisas, a maioria das crianças que frequentam classes especiais para os deficientes mentais educáveis tem origem em camadas socioeconômicas mais baixas, segundo Laura Vanina Stefanini. Têm-se realizado numerosas investigações para avaliar os efeitos relativos da hereditariedade e do ambiente sobre o funcionamento mental dessas crianças.

Autores mais antigos (mas nem por isso menos verdadeiros) acreditam que a hereditariedade seja um fator determinante. Acham que grande quantidade de pessoas subnormais se encontra em zonas de baixo nível socioeconômico, transmitindo com mais freqüência os fatores genéticos da Deficiência Mental. Haveria assim, nas zonas socioeconômicas pouco desenvolvidas, uma necessidade de desempenho social menos exigente, fazendo com que esses casos de Deficiência Mental leve ou moderada passassem muito menos percebido. Havendo migração dessas pessoas para centros mais desenvolvidos as deficiências seriam mais frequente e facilmente detectadas.

Outros investigadores, mais ambientais, têm comprovado que as crianças provenientes de zonas menos desenvolvidas seriam submetidas a um ambiente sem muitos estímulos, o que resultaria em desenvolvimento mental mais acanhado. Pesquisando um grupo de crianças cujas madres tinham um QI baixo, ou cujos pais tinham e um status socioeconômico mais baixo, mas que foram adotados por outras famílias de ambientes mais desenvolvidos. Essas crianças alcançaram níveis mentais dentro do normal, sugerindo que a estimulação ambiental influía mais que o dote genético (veja a Fonte). 

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Tratamento da Síndrome do X Frágil
Herman Bleiweiss é um dos autores que defendem tratamentos não apenas baseados na estimulação precoce dos portadores da Síndrome do X Frágil mas, principalmente, baseados na utilização de neurotransmissores.

Esse autor diz que para uma abordagem terapêutica eficaz o diagnóstico deve ser completado, obrigatoriamente, com um estudo dos neurotransmissores. Isso é imprescindível para saber que tipo de alteração bioquímica se deve corrigir. Dependendo dos resultados desses estudos, inicia-se um tratamento que se ajustará às particularidades de cada caso.

Já houve tentativas de tratamento da Síndrome do X Frágil através de altas doses de ácido fólico, o qual melhorava sobremaneira o aspecto proteico de tecidos in vitro. Entretanto, as alterações de reparo cromossômico com ácido fólico eram apenas constatadas em microscópios óticos, mas a nível molecular essas melhoras não aconteciam.

Geralmente as crianças com convulsões ou eletroencefalograma positivos são tratadas com anticonvulsivantes, mas no caso da Síndrome do X Frágil os anticonvulsivantes podem agravar o quadro por diminuir ainda mais os níveis de ácido fólico.

O tratamento das psicopatologias que eventualmente estão junto com a Síndrome do X Frágil merece uma avaliação à parte, talvez pelo diferente metabolismo cerebral desses pacientes. Havendo Esquizofrenia, por exemplo, notadamente do tipo Esquizoafetivo, o tratamento mais eficiente é aquele que associa neurolépticos, valproato de sódio e lítio.

Tanto os adultos quanto as crianças portadores da Síndrome do X Frágil apresentam frequentemente problemas comportamentais. Esses problemas estariam relacionados à falta da proteína FMR1, proteína esta produzida pelo gene também denominado FMR1, o qual é seriamente afetado nessa doença. Essa proteína está normalmente presente em todos os neurônios e na sua falta, podem ocorrer alterações na própria estrutura cerebral, alterações nos níveis de AMP cíclico e alterações nos neurotransmissores.

Graças à essas últimas alterações é que se pode pleitear o tratamento da maioria dos sintomas comportamentais desses pacientes. Por outro lado, não são todos os portadores da Síndrome do X Frágil que apresentam problemas comportamentais mas também não são todos que respondem ao tratamento da mesma forma.

Evidentemente é importante lembrar que a medicação não é o único tratamento útil para os portadores dessa síndrome, sendo desejável que se utilize também a terapia psicomotora e da fala, bem como os recursos da pedagogia especializada.

Afortunadamente a maioria dos sintomas comportamentais, como por exemplo a hiperatividade, impulsividade, oscilações do humor, alterações da atenção, agressividade, ansiedade e comportamento obsessivo respondem bem ao tratamento medicamentoso.

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Problemas de Atenção e Hiperatividade
Quase um terço das meninas e quase todos os meninos afetados pela Síndrome do X Frágil apresentam significativas alterações da atenção e hiperatividade. Na Europa e EUA a medicação de escolha para esses quadros é na base de psicoestimulantes; metilfenidato (Ritalina®), dextroamfetamina (Dexedrine®), ou pemolina (Cylert®), lisdexanfetamina (Venvanse®). A eficácia desses produtos está na estimulação que produzem nos sistemas noradrenérgico e dopaminérgico, melhorando assim a atenção e a coordenação motora. Os psicoestimulantes fazem ainda com que a criança tenha maior controle nos impulsos, controle do comportamento e melhora da autoestima.

Calcula-se que os psicoestimulantes tenham efeito benéfico em 60 a 70% dos casos de Síndrome do X Frágil em idade escolar. Apesar das melhoras, os psicoestimulantes podem ter alguns efeitos colaterais que devem ser bem observados, como é o caso do aumento da pressão arterial, alterações do sono (insônia), tiques motores e mesmo irritabilidade se as doses forem altas.

Uma alternativa aos psicoestimulantes tem sido a clonidina, medicamento usado também para o tratamento da hipertensão arterial. Esse medicamento pode melhorar muito o comportamento hiperativo mas não é tão eficiente quanto aos psicoestimulantes para os problemas de atenção.

A clonidina pode ser usada até em crianças pré escolares a partir dos 3 anos de idade. Com a clonidina se elevam os níveis de noradrenalina tanto no Sistema Nervoso Central (SNC) quanto a nível periférico. Pode ainda ser usada em associação com psicoestimulantes, notadamente com o metilfenidato (Ritalina®).

A segunda opção aos psicoestimulantes recai sobre os antidepressivos tricíclicos, preferentemente a imipramina ou clomipramina, as quais acabam por controlar também a enurese noturna desses pacientes, comumente associada à Síndrome do X Frágil. Os antidepressivos tricíclicos só não são primeira escolha devido ao aumento da agressividade registrada em alguns casos. A utilização de ácido fólico nos portadores de Síndrome do X Frágil tem sido muito controversa, resultando em benefícios de alguns casos e sendo indiferente em outros.

 Oscilações do Humor e Agressividade
Oscilações do humor e rompantes agressivos são comuns em meninos com Síndrome do X Frágil. A agressividade predomina nos pacientes adolescentes e adultos jovens, incluindo aqui também as meninas. Os antipsicóticos e tranquilizantes (benzodiazepínicos) prescritos para esses casos no passado mostraram-se ineficazes.

Atualmente os estabilizadores do humor são indicação formal para esses tipos de problemas afetivos e do comportamento agressivo. Para tal tem-se usado a carbamazepina (Tegretol®), o ácido valpróico (Depakote® ou Depakene®), a oxcarbazepina (Trileptal®). Como primeira alternativa a esses estabilizadores para problemas afetivos e do comportamento agressivo do humor, pode ser tentada a fluoxetina (Prozac®) ou outros inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como por exemplo a sertralina (Zoloft®, Novativ®, Tolrest®).

 Ansiedade e Comportamento Obsessivo
A ansiedade é também um problema comum nos pacientes com Síndrome do X Frágil, manifestando-se particularmente quando eles se defrontam com situações novas. Ataques de Pânico podem ocorrer tanto em pacientes meninos como meninas. Para esses casos tem-se preferido os benzodiazepínicos. Talvez devido ao seu efeito (discreto) na recaptação da serotonina a buspirona tem tido um efeito muito melhor que os benzodiazepínicos na ansiedade desses pacientes.

Igualmente para a ansiedade, também se recomenda como alternativa da buspirona os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina, como dissemos, a fluoxetina (Prozac®) ou outros farmacologicamente similares, como por exemplo a sertralina (Zoloft®, Novativ®, Tolrest®). A imipramina e a clonidina podem ser úteis quando a ansiedade é consequência de hiperatividade. Esses antidepressivos são também muito valiosos no tratamento do comportamento obsessivo, notadamente a clomipramina (Anafranil®).

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para referir:
Ballone GJ – Síndrome do X Frágil – in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.net, revisto em 2019.

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