Segundo o Dicionário de Psicologia Prática, Reflexo é a palavra utilizada para designar qualquer relação de estímulo-resposta. Um exemplo de reflexo é o fato de que a comida na boca de um homem faminto provoca rapidamente um fluxo de saliva. A isto se chama reflexo salivar.
O reflexo pode ser explicado como um movimento inconsciente que depende da medula espinhal e é independente do cérebro. Em 1928, estudando certas reações fisiológicas, Pavlov elaborou interessante teoria sobre os reflexos. Quando o alimento é apresentado a um cão que não foi alimentado por muitas horas, a salivação ocorre naturalmente isto é, sem condicionamento.
Este tipo de comportamento foi chamado por Pavlov reflexo incondicionado. Se um jato de ar é dirigido contra o globo ocular, o pestanejo ocorre naturalmente.
Se a mão entra em contato com um objeto muito quente, a rápida retirada da mão segue-se seguramente. Estes são outros exemplos de reflexos incondicionados. Portanto, a salivação, o pestanejo e a retirada da mão são respostas chamadas reflexos incondicionados. De modo similar, a apresentação do alimento, o jato de ar e o objeto quente são chamados estímulos incondicionados.
O estímulo incondicionado provoca uma resposta incondicionada. No entanto, Pavlov queria demonstrar que uma mesma resposta pode ser dada a estímulos diferentes. Apresentando o som de uma campainha quase ao mesmo tempo que o alimento, Pavlov condicionou o cão a salivar quando soava a campainha. A isto chamou de reflexo condicionado, sendo que o som da campainha era o estímulo condicionado e a salivação a resposta condicionada.
Pavlov demonstrou também que um estímulo neutro associado a um estímulo incondicionado provoca uma resposta condicionada. Um exemplo disto é a experiência de John Watson, um psicólogo norte-americano. Ele condicionou uma criança de onze meses a ter medo de um rato branco, apresentando-lhe o animal ao mesmo tempo que fazia produzir um som extremamente forte. Antes da experiência a criança nunca tinha visto um rato, (considerado um estímulo neutro quanto ao medo) e não manifestou medo quando o viu.
Somente após ter associado com o som forte, (estímulo incondicionado) foi que o rato se tornou um estímulo condicionado. Neste exemplo, o som forte representou um estímulo incondicionado e o medo a resposta condicionada. Este é, portanto, um outro tipo de reflexo condicionado.