Parkinsonismo pode ser um efeito colateral dos antipsicóticos usados para o tratamento da Esquizofrenia e outras psicoses, ou outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central. Geralmente acontece após a primeira semana de uso dos antipsicóticos.
Clinicamente há um tremor de extremidades, hipertonia e rigidez muscular, hipercinesia e fácies inexpressiva. O tratamento com anticolinérgicos (antiparkinsonianos) é eficaz. Para prevenir o aparecimento desses desagradáveis efeitos colaterais usamos a Prometazina – Fenergam® ou Biperideno – Akineton® por via oral.
O quadro neuro-motor é bastante semelhante à Doença de Parkinson, porém, decorrente do uso de medicamentos, normalmente, neurolépticos (antipsicóticos).
Muitas vezes, pode haver o desaparecimento de tais problemas após 3 meses de utilização do neuroléptico, como se houvesse uma espécie de tolerância ao seu uso. Esse fato favorece uma possível redução progressiva na dose do anticolinérgico que comumente associamos ao antipsicótico no início do tratamento.
Alguns autores preferem utilizar os antiparkinsonianos apenas depois de constatados os efeitos extra-piramidais, entretanto, não pensamos assim. Estabelecendo-se um plano de tratamento para a esquizofrenia, sabendo antecipadamente da cronicidade desse tratamento e, principalmente, se as doses a serem empregadas tiverem que ser um pouco mais incisivas, será quase certa a ocorrência desses efeitos colaterais. Já que o paciente deverá utilizar esses neurolépticos por muito tempo, será sempre desejável que tenham um bom relacionamento com eles. Ora, nenhum paciente aceitará como bem vindo um medicamento capaz de fazê-lo sentir-se mal, como é o caso dos efeitos extra-piramidais