Disartria consiste na dificuldade de articular as palavras, normalmente resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação. A perturbação é mais acentuada quando se trata de pronunciar as consoantes labiais e linguais, as quais são omitidas ao dizer as palavras, ou a pessoa titubeia ao pronunciá-las.

A alteração torna-se mais evidente quando se utilizam as frases de prova, como por exemplo, pedindo ao paciente que pronuncie “sou caricaturista, vou caricaturar-me no caricaturista”, ou “artilheiro de artilharia”, “ministro plenipotenciário“.

Desta feita a Disartria acaba sendo sempre conseqüência de alguma alteração neurológica e, normalmente, as pessoas portadoras de lesões suficientes para produzir Disartria acabam por mostrar outras alterações ao exame clínico.

Assim sendo, a Disartria pode ser encontrada nos traumatismos crânio-encefálicos, nas patologias tumorais do cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, nas lesões vasculares encefálicas, na intoxicação alcoólica, na esclerose em placas, na paralisia pseudobulbar, nas paralisias periféricas do grande hipoglosso, pneumogástrico e facial.