Trata-se da capacidade de ajustamento e adaptação à realidade, à resolução de problemas e à interação com os desafios. Uma capacidade de reação individual que reflete a interação de múltiplos fatores, incluindo bagagem genética, história pessoal do aprendizado, desenvolvimento e estrutura de personalidade.
A ansiedade fisiológica e normal comum à todos seres humanos tem uma função adaptativa (de enfrentamento), entretanto, até certo ponto. Até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. À partir de um ponto limítrofe, sendo a ansiedade excessiva, ao invés de contribuir para a adaptação, produziria exatamente o contrário, ou seja, traria a falência da capacidade adaptativa. Nesse ponto crítico, onde a ansiedade foi tanta que já não favorece a adaptação, ocorre o esgotamento da capacidade adaptativa.
Assim sendo, ultrapassando-se o ponto máximo para o desempenho, a capacidade para a adaptação cai vertiginosamente, caracterizando-se o Esgotamento. Trata-se de um termo leigo mas conceitualmente muito verdadeiro. O esgotamento ocorre quando a pessoa não dispõe de estabilidade emocional suficientemente adequada para adaptar-se a vários aspectos da vida cotidiana. Os estímulos estressores, nesse caso, seriam estressores exclusivamente para essa determinada pessoa, portanto, objetivamente falando, são estímulos não obrigatoriamente traumáticos para todos, mas sim, mais traumáticos para as pessoas mais sensíveis, mais ansiosas ou mais esgotadas.
Essas falências adaptativas estão incluídas nos Transtornos de Ajustamento, onde se vê que o esgotamento aparece quando a pessoa não dispõe de estabilidade emocional suficientemente adequada para adaptar-se a vários aspectos da vida cotidiana.