Os Benzodiazepínicos são um grupo de drogas  usadas, primordialmente, como sedativos/hipnóticos, relaxantes musculares e antiepilépticos, e outrora denominados de “tranquilizantes menores”. Acredita-se que estes agentes produzam efeitos terapêuticos ao potencializar a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um importante neurotransmissor inibidor. Os benzodiazepínicos, segundo a duração de sua ação, são classificados em benzodiazepínicos de ação longa ou de ação curta.

Os Benzodiazepínicos foram introduzidos como alternativas mais seguras que os barbitúricos. Eles não suprimem o sono REM na mesma extensão que os barbitúricos, mas tem um potencial significativo para induzir dependência se o uso for indevido.

Mesmo quando os Benzodiazepínicos são consumidos em doses terapêuticas, sua interrupção abrupta pode induz uma síndrome de abstinência em até 50% das pessoas tratadas por seis meses ou mais.

Os sintomas de abstinência parecem ser mais intensos com as preparações de ação curta; com os Benzodiazepínicos de ação longa os sintomas de abstinência aparecem uma ou duas semanas depois da interrupção e duram mais, mas são menos intensos. Como com outros sedativos, é necessário um programa de desintoxicação lenta para evitar complicações graves como as convulsões da abstinência.

Os Benzodiazepínicos são utilizados nas mais variadas formas de ansiedade e, infelizmente, sua indicação não tem obedecido, desejavelmente, a determinadas regras. Os Benzodiazepínicos são apensas ansiolíticos e nada mais que isso. Não são antineuróticos, antipsicóticos ou anti insônia, como pode estar pensando muitos clínicos e pacientes.

A melhor indicação para os Benzodiazepínicos são nos casos onde a ansiedade NÃO faz parte da personalidade do paciente ou ainda, para os casos onde a ansiedade NÃO seja secundária a outro distúrbio psíquico. Resumindo, serão bem indicados quando a ansiedade estiver muito bem delimitada no tempo e com uma causa bem definida.

Naturalmente podemos nos valer dos Benzodiazepínicos como coadjuvantes do tratamento psiquiátrico, quando a causa básica da ansiedade ainda não estiver sendo prontamente resolvida. No caso, por exemplo, de um paciente deprimido e, conseqüentemente ansioso, os Benzodiazepínicos podem ser úteis enquanto o tratamento antidepressivo não estiver exercendo o efeito desejável. Trata-se, neste caso, de uma associação medicamentosa provisória e benéfica ao paciente. Entretanto, com a progressiva melhora do quadro depressivo não haverá mais embasamento para a continuidade dos Benzodiazepínicos.

ALPRAZOLAM – Frontal, Tranquinal
BROMAZEPAM – Brozepax, Deptran, Lexotam, Nervium, Novazepam, Somalium, Sulpam BUSPIRONA – Ansienon, Ansitec, Bromopirim , Brozepax, Buspanil, Buspar
CLOBAZAM – Frizium, Urbanil
CLONAZEPAM – Rivotril
CLORDIAZEPÓXIDO – Psicosedim
CLOXAZOLAM – Elum, Olcadil
DIAZEPAM – Ansilive, Calmociteno, Diazepam, Diazepan, Kiatriun, Noam, Somaplus, Valium
LORAZEPAM – Lorium, Lorax, Mesmerin