O conceito de Assembléias Neuronais é relativamente novo e serve como uma valiosa hipótese acerca da formação da consciência no ser humano. O mecanismo responsável para a formação da consciência no ser humano não encontra nenhuma explicação, plenamente satisfatória até o momento.
A consciência reflete sempre a individualidade e unidade do ser humano e, sem dúvida, seu aspecto mais relevante é sua característica unitária, onde todas as nossas percepções, pensamentos e emoções são integrados e fundidos num mesmo e determinado momento.
Depois de muitos séculos tentando delimitar um sítio cerebral específico para a sede da consciência, tudo indica que esta não esteja circunscrita à nenhuma área cerebral específica, mas se espalha difusamente pelo cérebro, sendo, simultaneamente, uni-temporal e múltiplo espacial. Essa visão global da consciência se alicerça na recente teoria das Assembléias Neuronais.
Um grupo de físicos israelenses do Instituto Weizmann, dirigidos por Amiram Ginvald, trabalhando com contrastes sensíveis à voltagem elétrica capazes de visualizar os neurônios se acendendo em larga escala, verificaram que mesmo um simples estímulo visual não provoca uma simples resposta cerebral, e sim uma resposta que cresce gradualmente à medida que mais e mais neurônios vão sendo recrutados. Isso confirma, de certa forma, as hipóteses da Dra. Greenfield, quando propôs a teoria das assembléias neuronais.
A teoria baseada nas Assembléias Neuronais representa um modelo muito convincente para a formulação de uma hipótese a respeito da consciência. Segundo essa teoria, o pensamento consciente é gerado quando vários neurônios de diversas colunas se unem funcionalmente e, atuando harmonicamente e em conjunto, constroem uma assembléia, iniciando assim a formação de um determinado estado consciente.
Essa teoria tem sido corroborada por constatações de que os neurônios são capazes de se associarem rapidamente, formando grupos (assembléias) funcionais para realizarem uma determinada tarefa. Uma vez que esta tarefa esteja terminada, o grupo se dissolve e os neurônios estão novamente aptos a se engajarem em outras assembléias, para cumprirem uma nova tarefa.
Há, ainda, um aspecto quantitativo acerca dessa Assembléia Neuronal, segundo a qual, quanto maior o número de neurônios recrutados, maior será o tamanho dessa assembléia e, em conseqüência, maior será essa determinada e recém criada consciência, em termos de intensidade e tempo de duração. Contrariamente, se for pequeno o número de neurônios recrutados, a consciência resultante será pequena em intensidade e duração.
Veja mais sobre Consciência em Psicopatologia