Canibalismo é a atitude de um animal comer outro da mesma espécie. Quando esse canibalismo se dá entre seres humanos chama-se de Antropofagia. O sentido etimológico original da palavra “antropófago” (do grego anthropos, “homem” + phagein, “comer”)

Evidentemente, na avaliação do comportamento canibal, não podemos considerar o ato humano isoladamente mas sim, sempre inserido em um determinado contexto. Existem atitudes perfeitamente aceitas em certas culturas e consideradas aberrantes em outras. A Antropofagia é um desses casos; aceita em algumas culturas (e algumas épocas) e até entendida como uma atitude nobre, de vencedores.

Encontram-se evidências arqueológicas da prática de canibalismo em algumas comunidades da África, América do Sul e do Norte, ilhas do Pacífico Sul e nas Antilhas. Canibais famosos foram os astecas, no México, que sacrificavam seus prisioneiros de guerra e comiam alguns deles. Eles comiam os prisioneiros de guerra e outras vítimas, numa prática conhecida como exocanibalismo ou exofagia, ou seja, canibalismo praticado em indivíduos de tribos diferentes. O canibalismo que consiste no ato de consumir parte dos corpos de seus parentes e amigos mortos é chamado de endocanibalismo.

Atualmente, entretanto, na quase totalidade dos casos é indício de severa patologia mental, embora existam poucos casos de canibalismo de humanos na sociedade ocidental moderna  ligados a situações limites de sobrevivência e de opção de vida ou morte.

Sabemos que, de acordo com determinadas exigências situacionais extremas, indivíduos psiquicamente normais podem atuar maneira tal que, em outras circunstâncias mais amenas, seriam considerados francamente patológicos. Veja-se, por exemplo, o caso da antropofagia registrada em desastres dantescos.